Extinção do Permiano-Triássico
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A extinção do Permiano-Triássico ou extinção Permo-Triássica foi uma extinção em massa que ocorreu no final do Paleozóico há cerca de 251 milhões de anos. Foi o evento de extinção mais severo já ocorrido no planeta Terra, resultando na morte de aproximadamente 96% de todas as espécies marinhas e 70% das espécies vertebradas terrestres. A extinção provocou uma mudança drástica nas faunas marinha e marca a fronteira entre o Permiano e o Triássico.
[editar] Efeitos na biodiversidade
Os principais grupos extintos neste evento foram:
- Trilobites
- Corais tabulados
- Amonóides goniatíticos
- Ostracodos leperditicopídeos
- Synapsida, classe de répteis mamalianos
Outros grupos que sofreram redução de biodiversidade incluem:
- Briozoários
- Braquiópodes
- Crinóides
[editar] Causas
Apesar do caráter drástico deste evento nas faunas marinhas, os grupos de animais e plantas de meio continental foram pouco ou nada afectados. Este facto sugere que a causa da extinção permo-triássica esteja relacionada com a evolução dos oceanos no final do Paleozóico. Através de dados geológicos interpretados à luz da teoria da tectônica de placas sabe-se que no Pérmico superior estava em curso a formação de um super-continente denominado Pangea. A aglomeração de várias massas continentais na Pangea causou uma diminuição significativa das linhas de costa e das áreas de ambientes marinhos pouco profundos, onde se encontram habitats muito ricos em termos de biodiversidade. Com o desaparecimento destes habitats, extinguiram-se muitas formas de vida marinha. Aliado a este efeito, há ainda evidências para uma regressão, ou dimunuição do nível do mar, acentuada em todas margens da recém-formada Pangea, o que contribuiu também para esta extinção.