Fasciolíase
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Fasciolíase é uma doença causada pelos parasita platelminte Fasciola hepatica e por vezes também pelo Fasciola gigantica. Este parasita aloja-se nos canais biliares e no fígado.
Índice |
[editar] Fasciola hepatica
As fasciolas são vermes platelmintes e como todos estes com corpo chato e sistema digestivo incompleto.
- Forma adulta: O F.hepatica tem cerca de 3-4 centímetros de comprimento, enquanto o F.gigantica pode chegar aos oito centimetros. Ambos têm corpo com forma de folha e cabeça mais alargada com um orgão de fixação semelhante a uma ventosa.
- Ovos: são amarelados com opérculo e cerca de um milímetro de diâmetro.
- Miracídio: é uma forma ciliada e portanto móvel.
- Cercária: forma larvar com cauda capaz de nadar.
[editar] Ciclo de Vida
Os adultos põem ovos dentro do ser humano, que são espelidos com as fezes. Em ambiente úmido os ovos libertam o miracídio após algumas semanas. Este nada livre na água procurando um caracol ou caramujo de água doce, o qual se encontrar penetra alojando-se nos seus tecidos e transformando-se em esporocitos, que se multiplicam assexualmente neste hospedeiro intermediário. Alguns convertem-se em larvas cercárias que saiem de novo para a água e vão-se encistar em plantas aquáticas. Estas plantas são depois ingeridas por animais (como humanos que comem por exemplo agriões), saindo os fasciola dos cistos no seu [intestino]]. Então penetram na mucosa do intestino, e migram, frequentemente pelo líquido peritoneal para o fígado, onde permanecem por cerca de dois meses, crescendo. Quando se tornam grandes de mais alojam-se nos canais biliares que siem deste orgão, onde se maturam nas formas sexuais adultas. Se houver pelo menos um macho e uma fêmea no mesmo individuos, produzem ovos, que saiem pelo término dos canais biliares, no duodeno, sendo expelidos com as fezes.
[editar] Epidemiologia
Haverá segundo a OMS mais de dois milhões de individuos infectados em todo o mundo.
O F.hepatica existe em todo o mundo. Na Europa, incluindo Portugal, o caracol transmissor é o Lymnaea truncatula e é transmitido para os humanos pelo consumo de agriões, infectando-se o gado pelo consumo de outras plantas aquáticas.
O F.gigantica existe apenas na África e na Ásia tropical.
[editar] Progressão e Sintomas
Em grande parte dos infectados é assintomática. Nos outros produz sintomas e sinais como febre, tremores, dor na zona do fígado (quadrante superior direito, junto às costelas), vómitos, hepatomegália, e eosinofilia (aumento nos leucócitos que combatem os parasitas: eosinófilos). Se existirem muitos ou por períodos prolongados pode surgir sintomas de obstrução dos canais biliares e de hepatite como icterícia (pele e conjunctiva do olho amarelas), diarreia ou anemia. Os parasitas podem também por vezes produzir áreas de necrose no fígado.
[editar] Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico definitivo só é possivel cerca de três meses após a infecção inicial, quando os ovos começam a ser excretados nas fezes e são visiveis em amostras fecais com ajuda de microscópio óptico. A sorologia tambem pode ser útil.
O tratamento é com triclabendazole.
[editar] Prevenção
Pode prevenir-se evitando o consumo de agriões crus, principalmente se cultivados em terra irrigada por rios ou adubada com estrume.