Fernão Gomes
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Fernão Gomes foi um mercador português e explorador de Lisboa. Em 1469, Afonso V, Rei de Portugal lhe concedeu o monopólio sobre o comércio na parte do Golfo da Guiné. Em troca, contra uma renda anual de 200 000 réis, Gomes tinha que explorar 100 léguas da costa da África por ano, durante cinco anos (mais tarde o acordo seria prolongado por mais um ano). O exclusivo do comércio da malagueta foi-lhe também concedido por 100 000 réis anuais.[1]
Assim, Gomes encarregou-se de promover a exploração da costa atlântica de África, e fê-lo mesmo para além do contratado com o soberano. Com o seu patrocínio, os portugueses chegaram ao Cabo de Santa Catarina, situado já no Hemisfério Sul, e encontraram também as ilhas do Golfo da Guiné. Gomes contou com a colaboração de navegadores como João de Santarém, Pedro Escobar, Lopo Gonçalves, Fernando Pó e Pedro de Sintra.
Ele descobriu Elmina em 1471,[2] onde uma fortaleza (Fortaleza de São Jorge e Mina) e a cidade foram construídos ao redor da indústria de mineração de ouro. [3]
Ao mesmo tempo, arrecadava proventos de vulto, designadamente com o comércio da Mina. Aliás, em memória do seu papel naquele entreposto, passaria depois a chamar-se Fernão Gomes da Mina, em 1474.
Com os lucros conseguidos no comércio africano, Gomes pôde auxiliar o monarca na conquista de Arzila, Alcácer Ceguer e Tânger. Nesta praça marroquina, foi feito cavaleiro. Mais tarde, em 1478, cumulado de honras e com um papel de enorme influência na economia do reino, foi nomeado para o conselho real.
[editar] Ver também
[editar] Referências
- ↑ Thorn, Rob. Descobrimentos após o Príncipe Henrique.
- ↑ O Contrato de Fernão Gomes (Português).
- ↑ Castelo de Elmina. Governo de Gana.