Festival do Jornal do Brasil
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O Festival de Cinema do Jornal do Brasil ou Festival JB - como ficou conhecido - teve início em 1965 consagrando-se como o mais importante encontro anual de realizadores brasileiros de filmes de curta metragem. Sempre realizado no Rio de Janeiro, o festival teve duas etapas: uma amadorística (65-70) e outra profissional (71-79). O Jornal do Brasil – um dos maiores do país – era o Jornal da cultura jovem com seu caderno B e a aura herdada do revolucionário SDJB.
Já em seu primeiro ano de vida, adotando o 16mm e sem limitar a duração, o festival atraiu uma considerável afluência de cineastas de todo o Brasil, com filmes em profusão de todos os formatos, temas e procedências. Assim foi até 1969, quando o festival JB estabeleceu um só tema: “vida” e a duração em um minuto. Em 70, atinge o fundo do poço, só aceitando filmes didáticos. Esse afunilamento refletia as pressões da ditadura – leia-se censura – sobre o festival. O INC – o Instituto Nacional de Cinema - era o bunker da ditadura militar junto ao cinema. As regras absurdas de suas concorrências excluíam sempre os realizadores de filmes culturais. Então, em 70, com a restrição para filmes didáticos, o festival JB ficou praticamente com a mesma cara do INC. Em 71 o festival JB dá uma guinada passando a profissional e 35 mm. Com essa mudança, esperava se livrar das contradições que lhe afligiam com o acúmulo de filmes curtos 16 sem escoamento possível. Ao contrário do que se esperava, com a entrada dos profissionais – alguns, cineastas consagrados internacionalmente - e filmes em 35, as contradições se agravam ainda mais, já que os filmes continuaram sem encontrar lugar no mercado de exibição. O Festival continuou existindo como o grande encontro anual de curta metragistas brasileiros até 1979.
[editar] Bibliografia
- Contribuição à história do curta metragem brasileiro (2003) - editado pelo NUCINE - Oswaldo Caldeira, Sergio Sanz e Manfredo Caldas.
- O cinema em festivais e os caminhos do curta metragem no Brasil (1978)- Editora Artenova/Embrafilme - Miriam Alencar.