Flagger
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Flagging (termo originário da língua inglesa) é a denominação utilizada no Brasil para uma dança na qual se utilizam bandeiras. A pessoa que a pratica é conhecida como flagger.
Esta arte traduz-se pela ondulação de bandeiras de forma peculiar e ritmica, geralmete encontrada em eventos de cultura alternativa, festas e raves. Sua origem remonta a China antiga, cerca de 3 mil anos atrás. Nessa ótica oriental, as bandeiras fazem parte do folclore chinês, traduzindo colorido para as celebrações e ainda são utilizadas nos dias atuais. Ainda nesse contexo, eram usadas milenarmente para aquecimentos em lutas de espadas, pois seus movimetos eram muito similares aos correspondentes do Kung Fu e outras artes marciais. A arte em si prega a auto-expressão.
O mesmo flagger pode ser chamado de flagwaver (ou ondulador de bandeiras) por dar movimento suave e ondular ao tecido. Não há um tipo específico de tecido, no entanto a seda é a mais preferida, pois quando pintada adequadamente, mantém as cores mais vivas que nos demais tecidos, pela construção natural da vibra. Geralmente os mais coloridos são utilizados e em alguns casos com efeito fluorescente, por acenderem sob luz negra, muito presente em festas e raves.
As bandeiras geralmente são produzidas pelos próprios flaggers, pois é difícil de encontrá-las a venda, pois seu mercado é restrito. Segundo a tradição dessa cultura, doa-se um par de bandeiras inicial para o aprendiz, que assimila os primeiros movimentos de um mestre. Este tem como missão ensinar a arte, traduzindo-a como um rito de passagem. Por meio da prática, o aprediz ganha confiança e estilo próprio. Geralmente torna-se mestre, passando a arte adiante.
Os movimentos não são difíceis, mas requerem prática e determinação. Num contexto mais específico, a arte flagger traduz uma forma de meditação ativa, um contato com o mundo interior, pois os movimentos rítmicos e circulares criam uma atmosfera propícia para a meditação. Todos os flaggers que praticam a arte por mais de 6 meses geralmente já experimetaram alguma forma uma experiência próxima a meditação.
[editar] Histórico
Outra fonte histórica da arte relativamente recente remonta o século XII onde os agitadores de bandeiras ou flaggers eram portadores de estandartes das companhias militares de cidades espalhadas por toda a Europa sobretudo Itália e realizavam demonstrações de exercícios e manobras complexas com suas bandeiras geralmente após um acontecimento especial, como o fim de uma guerra.
Foi trazida recentemente trazida para o ocidente, chegando inicialmente aos Estados Unidos, em festas e celebrações da década de 1980. A arte flagger originou-se da arte com leques, do chamado fan dancing. As paletas dos leques foram removidas, sobrando apenas uma única, parecida com uma bandeira.
Posteriormente ocorreu uma adaptação no estilo inicial da bandeira propriamente dita. Nela foi removido o mastro e adaptado no local uma fileira de chumbos meticulosamente preparados que, quando os tecidos são rodados ou girados, ocasionava a abertura total do mesmo, como se tivessem mastros.
Com malabarismos, os efeitos óticos causam euforia e alegria para os espectadores. Normalmente nesse estilo são utilizadas duas bandeiras, as quais o acrobata ou flagger faz uso de ambas as mãos. Atualmente, os movimentos são tão livres que as bandeiras flamulam espetacularmente. Sem mastros, permite-se maior liberdade de movimentos e dança.
[editar] No Brasil
A principal origem dessa arte no Brasil remonta a Belo Horizonte, cidade do estado de Minas Gerais, por volta de 1998 ou 1999. Pela profusão de festas no país, a cultura se espalhou inicialmente para o Rio de Janeiro e posteriormente São Paulo, Brasília e Florianópolis.