Flor de Aragonita
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Flores de aragonita: Nestas formações o carbonato se precipita na forma de aragonita, os cristais são alongados, retilíneos, com pontas felpudas e se irradiam de uma base comum, como um feixe de agulhas soltas e paradas no ar. São de rara beleza e fragilidade.
Estes espeleotemas se incluem inquestionávemente entre as mais espetaculares ornamentações de caverna. Sua distribuição é restrita a poucos locais, mas geralmente ocorrem em grupos.
Apresentam-se como conjuntos de feixes de cristais alongados pontiagudos que divergem de um centro puntiforme nas paredes e tetos da caverna ou de eixos de radiação quando ocorrem recobrindo estalactites. Sua coloração vai do branco-puro ao transparente e desenvolvem-se por exsudação (sem formação de gotas), sendo os novos cristais depositados no contato do feixe cristalino com a rocha. Não possuem condutos centrais como as helictites.
Cristais de aragonita deste tipo são comumente encontradas crescendo sobre espeleotemas de calcita. Da mesma forma, pequenos cristais de calcita formados sobre outros de aragonita sugerem que soluções circulando por eles perderam a supersaturação (necessária para a precipitação da aragonita) e começaram a precipitar calcita.
Baseado nas observações anteriores e em diversas outras pesquisas, White (1976) resume as condições para a formação de flores de aragonita da seguinte forma: "É necessária a percolação lenta de soluções supermineralizadas e supersaturadas em um ambiente úmido, confinado e sob condições climáticas constantes".
Tais condições são respeitadas em alguns dos principais ambientes onde ocorrem as flores de aragonita em nossas cavernas: "Capela Sistina", "Golpe Final", e "Jardim de Alá", na Caverna Santana (Petar). Não parecem ser fundamentais, no entanto, para que existam flores de aragonita em profusão, elas aparecem em locais onde as condições citadas não comparecem em sua totalidade.