Força de Submarinos (Marinha do Brasil)
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A Força de Submarinos é uma unidade da Marinha do Brasil que coordena esses meios e as Organizações Militares que lhe são afetas. Foi constituída em 1914.
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[editar] Origens e história
A Marinha do Brasil demonstrou, desde o final do século XIX, interesse pelo novo tipo de embarcação que possibilitava atacar alvos de grande valor sem ser detectado. Inicialmente, foram feitas tentativas de projetar no Brasil uma nova embarcação, que por falta de recursos não lograram êxito.
[editar] Submarinos Italianos
Somente em 1910 foram encomendados na Itália três submarinos costeiros da classe Laurenti utilizado pela Regia Marina. Batizados de Foca 1, Foca 3 e Foca 5, foram os primeiros submarinos da Marinha Brasileira. Entregues de 1913 a 1914, estes submarinos tinham 370 toneladas, tinham propulsão diesel-elétrica e possuíam dois tubos lança torpedos. Mergulhavam a aproximadamente 40 metros e navegavam a até 9 nós submersos. Para apoiar os novos meios, foram criadas a Base de Submersíveis e a Escola de Submersíveis e incorporado o navio Ceará para treinamento, manutenção e salvamento.
Em 1929, foi incorporado o Submarino Humaytá da classe italiana Balilla. Este submarino foi o primeiro submarino oceânico do Brasil com 1.885 toneladas e alcance de 12.840 milhas náuticas. Outros três submarinos da classe italiana Perla (Tupy, Tymbira e Tamoyo) de 853 toneladas foram comprados em 1937. De construção italiana, estes quatro submarinos serviram para o treinamento das forças aliadas estacionadas no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.
[editar] Submarinos Americanos
Com a escassez de peças pelo colapso da indústria militar italiana e com a fartura de meios disponíveis no pós-guerra, o Brasil adquiriu grande número de unidades americanas usadas por um longo período.
Em 1957, chegaram os submarinos da Classe Gato, Humaitá e Riachuelo. Posteriormente, os mais avançados Rio Grande de Sul e Bahia da classe Balao. Todos estes submarinos eram obsoletos, com a incorporação das tecnologias da classe alemã Type XXI pelos aliados na classe Romeo e Guppy. Estas tecnologias somente chegariam ao Brasil com os submarinos da classe Guppy II e III na década de 70.
O Brasil só quebraria esta era com a chegada dos submarinos Humaitá, Tonelero e Riachuelo da classe inglesa Oberon.
[editar] Parceria Alemã
Por motivos estratégicos, pelo domínio tecnologia e a diminuição da dependência externa, e econômicos, pela nacionalização de componentes e incentivo a indústria nacional, a Marinha do Brasil iniciou o programa nacional de construção de submarinos.
Mesmo já tendo alcançado certo nível de experiência na manutenção de submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o alto nível tecnológico empregado nestes meios tornou necessária uma fase intermediária. Para isso, foram recebidas diversas ofertas internacionais que visavam a transferência de tecnologia de projeto e fabricação de submarinos. A oferta vencedora foi a do submarino alemão U-209-1400.
A primeira unidade, Tupi, foi construída no estaleiro HDW em Kiel, com o treinamento de técnicos brasileiros, e as demais, Tamoio, Timbira e Tapajó, no Arsenal de Marinha. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deu origem ao Tikuna.
Aguardando a viabilização de um projeto genuinamente nacional, um novo contrato foi assinado com o grupo alemão para a construção de um novo submarino da Classe U-214 e a modernização dos meios existentes.
[editar] A Força de Submarinos hoje
Atualmente (2006), a Marinha brasileira dispõe de cinco submarinos, assim distribuídos:
[editar] Classe Tupi
- S Tupi (S-30)
- S Tamoio (S-31)
- S Timbira (S-32)
- S Tapajó (S-33)
[editar] Classe Tikuna
- S Tikuna (S-34)
Entre os meios de que dispõe, inclui-se ainda o NSS Felinto Perry, embarcação de socorro submarino.
As Organizações Militares que lhe são afetas são:
- Base Almirante Castro e Silva (BACS) - base naval sediada no Rio de Janeiro;
- Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA) - responsável pela formação de submarinistas;
- Grupo de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) - responsável pela formação de combatentes.