Francesco Matarazzo
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Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate, 9 de março de 1854 — São Paulo, 10 de dezembro de 1937) foi um empresário ítalo-brasileiro que criou o maior complexo industrial da América Latina do início do século XX, tendo sido um dos marcos da modernização no Brasil.
Em 1881, aos 27 anos emigra para o Brasil, em busca de melhores condições de vida. No porto de Santos, perde parte da carga que trazia e, com o dinheiro que lhe sobra, estabelece na cidade de Sorocaba uma empresa de produção e comércio de banha de porco.
Em 1890, muda-se para São Paulo e funda, com os irmãos Giuseppe (José) e Luigi (Luís), a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversifica seus negócios e começa a importar farinha de trigo dos Estados Unidos. José participava da empresa com uma fábrica de banha estabelecida em Porto Alegre e Luís com um depósito-armazém estabelecido na cidade de São Paulo.
Em 1891, a empresa foi dissolvida e constituiu-se em seu lugar a Companhia Matarazzo S.A. que já conta com 43 acionistas minoritários. Essa sociedade anônima passa a controlar também as fábricas de Sorocaba e Porto Alegre
Em 1900, a guerra entre a Espanha e os países centro-americanos dificulta a compra do produto e ele consegue crédito do London and Brazilian Bank para construir um moinho na capital. A partir daí, seu império se expande rapidamente, chegando a reunir 365 fábricas por todo o Brasil. A renda bruta do conglomerado é a quarta maior do país, e 6% da população paulistana depende de suas fábricas, que, em 1911, passam a se chamar Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), uma sociedade anônima.
Sua estratégia de crescimento segue o lema "uma coisa puxa a outra". Para embalar o trigo, monta uma tecelagem. Para aproveitar o algodão usado na produção do tecido, instala uma refinaria de óleo, e assim por diante.
Em reconhecimento à ajuda que envia à Itália durante a Primeira Guerra Mundial, em 1917 recebe do Rei Vítor Emanuel III o título de conde. Em 1928 participa da fundação do Centro das Indústrias de São Paulo. Morre na capital paulista após uma crise de uremia.
Títulos de Nobreza Conte - Decreto Regio 25-6-1917, extensivo aos filhos homens em 2-12-1926; Cavaliere Magistrale del Sovrano Militare Ordine di Malta Cavaliere di Gran Croce del Gran Crodone dell’Ordine della Corona d’Italia Cavaliere del Lavoro Croce al Mertio Ungherese Cavaliere Ufficiale di prima classe dell’Ordine Cruzeiro do Sul