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Francisco de Sousa, Marquês das Minas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Francisco de Sousa ou Francisco de Souza (c. 15401611) fidalgo português foi o sétimo Governador do Brasil. Morto em junho de 1611 na Bahia) foi o primeiro Marquês das Minas, título dado por Filipe II de Portugal.

Foram seus pais D. Pedro de Souza, conde do Prado e alcaide-mor de Beja, e D. Violante Henriques, filha de Simão Freire de Andrade, senhor de Bobadela.

Índice

[editar] Dados biográficos iniciais

Capitão e governador do Brasil e das capitanias do Sul, foi almirante na armada com que o rei D. Sebastião de Portugal passou à África. Cavaleiro de muitas prendas, grande soldado, liberal e cortesão, foi comendador de Santo André de Ursilhão na Ordem de Cristo.

Diz «Nobreza de Portugal», Tomo II, página 742: «Era 3º senhor de Beringel e comendador de Santo André de Orelhâs na Ordem de Cristo. Foi capitão de um dos galeões de D. Sebastião na jornada à Africa. Governador da Bahia em 1591. Mais tarde capitão-general das capitanias de S. Vicente, Espírito Santo e Rio de Janeiro ou seja, as capitanias do Sul, com a administração das Minas, por ele descobertas, por cinco anos, com muito grandes poderes. Mas, antes de concluir esse governo, morreu pobre em 1611, não se tendo chegado a verificar a efetividade de mercê de Marquês da sua pessoa, mas sim em seu neto, o 3º conde do Prado, que ficou assim conhecido como 1º Marquês das Minas pelas circunstâncias expostas.»

Governou por dois períodos, no segundo tinha a promessa do título de Marquês das Minas que se haviam descoberto na capitania de São Vicente. Filho de D. Pedro de Sousa, conde do Prado e Beringel, alcaide-mor de Beja, e de Violante Henriques, filha de Simão Freire de Andrade, senhor de Bobadela. «Como o efeito não correspondeu à esperança, não teve o título e morreu muito pobre na capitania. Era cavaleiro de muitas prendas, grande soldado, grandmente liberal e cortesão. Foi almirante da armada que levou à Africa o rei D. Sebastião, de que era general seu tio Dom Diogo de Sousa.

Filipe II era afeiçoado ao conde do Prado, seu pai. D. Francisco se tornou palaciano prestigioso. Teve aproximação com Gabriel Soares de Sousa, senhor de engenho na Bahia, deslumbrado pela lenda do Sol na Terra, a montanha resplandescente descrita pelos tupiniquins nas nascentes do São Francisco.

Diz dele o historiador Afonso E. Taunay em «O Epos Bandeirante e São Paulo Vila e Cidade» in Ensaios Paulistanos, 1958, pg 627: «Foi D. Francisco de Sousa senhor de Beringel e sétimo Governador Geral do Brasil, em 1591, personalidade certamente de invulgares dotes de inteligência e energia. Veio para o seu governo disposto a executar largo programa visando sobretudo impulsionar as expedições de devassa do sertão e da descoberta de jazidas de metais preciosos. Organizou verdadeiro departamento técnico para a pesquisa de minerais.» E, adiante: «Causou (...) a mais profunda impressão na pequenina vila, verdadeira revolução de costumes entre seus governados como nos conta frei Vicente do Salvador

[editar] Na Bahia

D. Francisco chegou à Bahia em 9 de junho de 1591. Enviou ao interior Bento Maciel Parente, Diogo Martins Cão, e não obtendo resultado, decidiu organizar três grandes entradas em 1596. Cão partiu da serra dos Aimorés, Martim Correia de Sá partiu das costas de Parati e da vila de São Paulo partiu João Pereira de Sousa Botafogo capitão-mor de São Vicente desde 14 de março de 1595, que não a realizou por ter sido preso por ordem real no meio da bandeira. Domingos Rodrigues, fundidor de ferro trazido por D. Francisco do Reino, chefiou então parte dela, que se dirigiu para a bacia do rio São Francisco, em terra atualmente goiana, detendo-se nas regiões de Paraupava).

Trouxe com ele Diogo Quadros, reinol que teria grande papel em São Paulo.


[editar] Em São Paulo

D. Francisco chegou a São Paulo em maio de 1599 com grande comitiva. Visitou as minas de Araçoiaba de Afonso Sardinha o Moço; Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Ao chegar, encontrou em atividade mineração de ouro, mas em pequena escala, no litoral e vizinhanças da capital. Dizia-se que Brás Cubas, o fundador de Santos, descobrira ouro e metais. Em 1578 seria corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata da capitania de São Paulo, segundo súdito inglês residente em Santos.

Nomeou Diogo Gonçalves Laço capitão das minas de ouro e prata do Ibiraçoiaba: na ocasião, declarou seus descobridores Afonso Sardinha o Moço e Clemente Alvares. No regimento a Laço, ordenou aos dois Afonso Sardinha as diligências que Nicolau Barreto executaria no ano seguinte, acompanhado por Sardinha, o Moço, morto no sertão em 1604.

Enviou a primeira grande bandeira paulista, comandada por André de Leão, morador do Rio de Janeiro, ao trecho do rio Paraíba e, transposta a serra da Mantiqueira, entraram em território hoje mineiro, dizendo-se que pode ter chegado à bacia do São Francisco. Nela seguiu como prático o holandês Wilhelm Jost ten Glimmer, morador de Santos, que forneceria o roteiro da jornada a João de Laet (escritor holandês da «Descrição das Indias Ocidentais» em 1625). Como dirigentes, um morador de Santos e outro do Rio, conhecedores da penetração pelas vias do Quilombo e de Parati. A diretriz usual era a de Atibaia ou Sapucaí, através do vago «sertão de Parnaíba». As bandeiras quinhentistas ganhavam com mais facilidade a região do Guairá do que o próximo vale do Paraíba, pela profunda desigualdade da flora desses terrenos. Os santistas foram os primeiros a penetrar ali, seguindo o vale do rio Quilombo e se localizando em Moji das Cruzes, antiga sesmaria de Brás Cubas, o primeiro a tatear tal caminho para penetrar no sertão das Minas. Os de São Paulo obtinham comunicação penosa com Moji pela via do rio Anhembi. Graças a Dom Francisco, uma estrada ligou os dois núcleos de povoamento. Já os moradores do Rio conheciam bem o vale médio do rio Paraíba, pela via de Parati. Obscuras bandeiras de apresamento, porém, iam pentrando o interior, tanto que não se abandonava a esperança dos achados mineiros.

André de Leão permaneceu nove meses no sertão mas nada encontrou de jazidas. Em agosto de 1602 D. Francisco enviou a bandeira de Nicolau Barreto, com centenas de homens, autorizado a descobrir ouro e prata, mas retornaram em 1604 com desilusões. Voltou-se então o governador para «as minas de ferro e aço».

[editar] Retorno a Portugal

Dom Francisco voltou ao reino em 1602 com dois mineiros espanhóis, testemunhas do muito que fizera em São Paulo. Deixara fixadas com ciência perfeita do terreno duas grandes diretrizes da expansão paulista no século XVII que se iniciava: o centro de Minas e a região parano-paraguaia; e devassara o vale do rio Paraíba como caminho para atingir o centro mineiro. Usando, para o levantamento topográfico, seus engenheiros e norteadores indígenas nativos.

[editar] Volta ao Brasil

Em 2 de janeiro de 1608 D. Francisco conseguiu provisão de Filipe III que constituiu nas capitanias de São Vicente, Rio de Janeiro e Espírito Santo a «Repartição do Sul», em governo separado do Governo do Brasil, nomeando-o para chefiá-la (ele seria investido em 1609 mas pouco fez porque logo morreria). Era a segunda vez que se dividia em dois o governo do Brasil, a primeira vez fora sob Antônio Salema em 1573. Igualmente criada uma Ouvidoria Geral para o Sul, entregue a Sebastião Paruí de Brito. 16 alvarás e provisões da mesma época faziam concessões e graças.

Em junho de 1608, findo o governo de Martim Correia de Sá, o Rio de Janeiro foi entregue por seis anos a Afonso de Albuquerque, que estava ainda no poder em 1614. D. Francisco de Sousa, nomeado por carta patente de 2 de janeiro de 1608 para a Repartição do Sul, partiu de Lisboa em 22 de janeiro de 1609 e aportou em Pernambuco em 19 de fevereiro de 1609; seguiu para o Rio, mas passou a maior parte dos anos de 1609 e 1610 em São Paulo, até sua morte em 11 de junho de 1611.

Obteve como Governador das três capitanias do Sul do Brasil os privilégios anteriormente concedidos a Gabriel Soares de Sousa para a exploração das minas. Nenhum outro se entregaria à descoberta das minas com tanto ardor! Ao se empossar, internou-se por São Paulo, visitou pequenas explorações de aluvião nos vales do rio Tamandataí e do rio Tietê e fraldas dos montes de Jaraguá (a seis léguas da vila de Piratininga, tinha minas famosas, talvez exploradas por Afonso Sardinha) e de Japi, a serra do Paranapiacaba, Paranaguá e Curitiba. Citando a viagem feita por D. Francisco, frei Vicente do Salvador diz dos moradores de Piratininga : "Até então os homens e mulheres se vestiam de algodão tinto e se havia alguma capa de baeta e manto de sarge, se emprestavam aos noivos e noivas para irem à porta da igreja".

Voltou a São Paulo cercado de grande comitiva e firmou contrato de uma sociedade com Diogo Quadros e Francisco Lopes Pinto para exploração do que então denominavam engenho de ferro (sociedade para exploração do ferro fundido) renovando-se também tentativas para o estabelecimento do gênero no Araçoiaba. O engenho de Ibirapuera fabricou ferro por 20 anos e cessou ao morrer Francisco Lopes Pinto, que no entanto havia cedido sua parte, por três mil cruzados, ao filho de D. Francisco, D. Antônio de Sousa.

Mergulhado no isolamento da Araçoiaba ou serro de Nossa Senhora do Monte Serrate, desamparado de sua comitiva e do antigo fausto, D. Francisco morreu em 10 de junho de 1611 como o mais humilde e desbaratado dos seus antigos caminheiros do desconhecido. Houve fábulas sobre sua morte, pois D. Antônio de Añasco imagina que foi pela falsa notícia da morte do filho Antônio, colhido por piratas argelinos em alto mar; Frei Vicente do Salvador diz que morreu numa epidemia e tão pobre que nem uma vela teria se não fosse a piedade de um teatino; Antônio Pais de Sande diz que morreu de desalento por lhe terem os Paulistas matado o mineiro que enviara a Sabaraboçu, portador de amostras de prata e um roteiro que desapareceram... Foi ele o maior impulsionador em São Paulo das bandeiras que se seguiriam no decorrer do século XVII, pois deixara desenhadas as diretrizes. Deixou o governo a seu filho, continuador de sua obra, D. Luís de Sousa. Mas Lisboa despachou para substitui-lo, em 4 de novembro de 1611, Salvador Correia de Sá, que seria chamado o Velho, com ordenado de 600$000 ao ano.

[editar] Casamento e descendência

Casou com Leonor de Menezes ou de Castro, filha de Rodrigo de Castro, o Hombrinhos, capitão de Çafim, alcaide-mor e comendador de Zéa (irmão de D. Leonor de Castro, 4ª duquesa de Gandia, mulher do Duque Francisco de Borja, depois santificado como São Francisco de Borja, filhos de D. Avrão de Castro, senhor do morgado do Torrão, e de D. Isabel de Melo, filha de Nuno Barreto, alcaide-mor de Faro). Era mulher do Hombrinhos D. Ana d Eça, filha por sua vez de D. Estêvão de Castro e de Filipa de Eça.

Tiveram três filhos:

  • 1 - Antônio de Sousa, que continuou a sucessão;
  • 2 - João de Sousa, religioso de Santo Agostinho;
  • 3 - Angela, abadessa de Santa Clara de Beja.

Casou em segundas núpcias com sua sobrinha Violante de Mendonça Henriques [filha de Jorge Furtado de Mendonça e Mécia Henriques. Tiveram:

  • 1 - D. Luís de Sousa, Capitão Geral do Sul do Brasil. Morto em 24 de abril de 1613, casado no Brasil com Catarina Barreto, filha de João Pais Barreto, de Pernambuco, tendo sucessão do terceiro filho D. João de Sousa, que foi mestre de campo em Pernambuco onde casou com a prima irmã, filha de seu tio Filipe Pais Barreto e D. Beatriz de Albuquerque;
  • 2 - Margarida, primeira esposa de Luís de Castro do Rio, senhor de Barbacena, sem posteridade;
  • 3 - Mécia ou Maria, religiosa no convento da Madre de Deus em Lisboa.
  • 4 - D. Angela, abadessa de Santa Clara de Beja.

E, fora do casamento, teve a Frei Luís de Sousa, da Ordem de São Bento.


Seu neto foi FRANCISCO DE SOUSA com o mesmo nome, 3º conde do Prado e efetivamente 1º Marquês das Minas. Nasceu em Lisboa em 1610 e morreu em 23 de junho de 1674 em Lisboa, “de um acidente de apoplexia com tanta força que logo o privou dos sentidos e lhe deitou a língua pela boca fora, tão desmarcada e medonha que nunca lha puseram recolher sem lha cortar. A lingua, diziam, fora castigo doutro mal maior, como haver orado muitas vezes em favor dos judeus". (Monstruosidades do tempo e da fortuna). Era filho de D. Antonio de Sousa, comendador de Santa Marta de Viana na Ordem de Cristo e de sua mulher D Maria de Meneses.

Teve o título por decreto de 7 de janeiro de 1670 e renovado muitas vezes por ser de juro e herdade, sendo a ultima renovação em 2 de novembro de 1876 » diz o visconde de Sanchez de Baena, na «Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal", Tomo II, pgs 132-3). ~

Herdou a casa dos avós por morte do tio 2° Conde do Prado, senhor das vilas do Prado, Beringel e Sagres.

Comendador de Santa Marta de Viana, que herdou do pai, teve as comendas de Santa Maria de Azevo e outras na Ordem de Cristo. Alcaide-mor de Beja. Moço de câmara e gentil-homem do príncipe D Teodosio, vedor da Câmara de D João IV de Portugal, general de exército, tendo participado da Aclamação e guerras de 1640.

Foi um dos que aclamou D. João IV no 1º de dezembro de 1640, quando ainda duque de Bragança, tomou o trono. Nomeado por este soberano mestre-de-campo de um terço de Infantaria, tomou a praça de S. Julião da Barra no dia 11 de dezembro de 1640 quando a guarnição espanhola se rendeu.

No princípio de 1641 foi mandado à comarca de Beja levantar um terço de infantaria, de que havia de ser mestre de campo, e que fora destinado para guarnecer as vilas de Moura e de Serpa, queimou a vila de Barrancos (então na posse do inimigo) para castigar os habitantes da pouca firmeza que mostraram em defender a independência. Conjugando sua ação militar com Francisco de Mendonça alcaide-moir de Mourão, atacou e saqueou vila de Valença de Bomboy em 1642, Aroche e muitas povoações com gde castigo dos castelhanos e reduzidas perdas portuguesas.

Tomou parte em recontros desses primeiros tempos da guerra da Restauração. Nomeado governador das Armas de Setúbal, 1645.

Sendo já conde do Prado títuo concedido em 17 de março de 1644 por D. João IV por ter renunciado seu tio, D. Luís de Sousa, o 2º conde do Prado, e conselheiro de guerra, foi mandado ficar em Elvas com o governo das armas da província do Alentejo, enquanto Joane Mendes de Vasconcelos foi sitiar Badajoz, e depois quando os castelhanos vieram cercar aquela praça, assistiu dentro dela o Conde do Prado, com seus três filhos D. Antônio, D. João e D. Pedro.

Foi gentil-homem de Câmara do Infante D. Teodósio, veador da casa de El-Rei em 17 de janeiro de 1650, camareiro e estribeiro-mor do rei, sendo-o ainda depois de D. Afonso VI até setembro de 1660, data em que foi nomeado governador das Armas de Entre Douro e Minho.

Organizou o exército para defesa daquela província, na força de 11 mil infantes, 1.600 cavalos e 10 peças de artilharia. Com tal força enfrentou o invasor espanhol, capitaneado pelo Marquês de Viana na força de 12 mil infantes, 1600 cavalos e 10 peças de artilharia. Os espanhóis entraram no Minho a 19 de setembro mas foi obrigado a se retirar com grandes perdas em um mês. Por meio de uma tática fabiana, obrigou a repassar o Minho e a deixar livre Portugal.

Para impedir novas expedições contra Valença, mandou levantar junto da vila um forte que guarneceu com 400 homens.

Em 1662, tendo só 8.000 infantes, 1.000 cavalos e 7 peças de artilharia, e ainda de destacar algumas tropas para socorrerem conforme as circunstâncias Viana ou Caminha, ameaçadas por uma flotilha espanhola, manobrou com presteza sobre o flanco direito do inimigo, e prevenindo sempre por movimentos rápidos e acertados os projetos e desígnios do adversário, desconcertou inteiramente os planos de D. Baltazar Pantoje, chefe dos castelhanos que afinal retrogradou para Galiza, dizendo em ar de gracejo que tinha sido o quartel mestre general dos dois exércitos beligerantes, porque não preparava só os alojamentos para si, mas também para as tropas portuguesas, tal era a rapidez com que o conde do Prado lhe adivinhava os pensamentos e lhe aparecia na frente ou no flanco para lhos contrariar.

Para Nobreza de Portugal, tomo II pag 743 os espanhóis vinham capitaneados por D. Diogo Carrilho, arcebispo de Santiago, com 16 mil infantes, 2 mil cavalos e 16 peças de artilharia. Prado os impediu de cercar Valença, e forçou-os finalmente a se retirar em 23 de dezembro de 1662 com importantes perdas.

Em 1663 , ajudado pelo conde de São João, que governava em Trás-os-Montes, tomou a ofensiva, e atravessando o rio Minho em 25 de outubro, apoderou se do forte de Gaião, bem artilhado e guarnecido ficando morto o governador e muitos defensores. Deste modo incutiu grande ânimo nos habitantes da província, cujo mando lhe fora confiado, e que vendo-se assim livres da guarnição do inimigo nas suas terras, se achavam com grande alegria e entusiasmo transformados em invasores da Galiza. Tomou ainda o castelo de Lindoso.

Em 1664 fez nova investida em território inimigo, derrotando a guarnição do forte de São Luís. Em 1665 foram ainda mais importantes os sucessos militares nessa fronteira, porque o conde de Castelo Melhor, hábil ministro de D. Afonso VI, não descansando sobre os louros das vitórias que em grande parte eram devidos aos profícuos esforços da sua inteligente administração, reconhecendo que não havia pelos lados do Alentejo empresa alguma de valia que se tentasse, mandou grandes reforços para o Minho, e assim o exército dessa província ficou habilitado para recomeçar a guerra ofensiva com mais vigor do que nos anos antecedentes.

0 conde do Prado, passando a fronteira em 13 de outubro de 1665 devastou o fértil distrito que se estende entre Tui e Guardia, e foi pôr cerco a esta última praça que fica à beira-mar, e que no fim de 20 dias se entregou. Nobreza de Portugal à página 743 diz que «fez nova investida em território da Galiza, saqueou Gondomar e Porrinho e numerosas aldeias. Nesse mesmo ano em novembro sitiou La Guardia e a tomou por capitulação em oito dias, aprisionando 1.600 homens ao inimigo e toda a artilharia, com elevadas baixas de ambos os lados.

Em 1666 e 1667 teve novas escaramuças contra o exército do condestável de Castela, D. Iñigo Fernandez de Velasco, com êxito.» Nas campanhas seguintes ainda o conde do Prado continuou a mostrar-se habil general. 0 C da Ericeira, no seu Portugal Restaurado diz: "Se na província do Alentejo se pelejou com mais força, na de Entre-Douro-e-Minho com mais arte; se aquela província seguiu a escola de Marcelo, esta a de Fábio, ficando por este respeito ilustrada a província do Alentejo em vencer batalhas, a de Entre-Douro-e-Minho em defender terrenos."

Terminada a guerra, foi mandado por D. Pedro II embaixador extraordinário, em 1669 ao papa Clemente IX e depois a Clemente X.

Agraciado com o titulo de Marquês das Minas em 7 de janeiro de 1670 por carta de Dom Pedro, Príncipe-regente, futuro Pedro II de Portugal.

Voltando à pátria continuou no governo das armas da província de Entre-Douro-e-Mlinho, foi nomeado presidente do conselho ultramarino, membro do conselho de Estado e do de Guerra de D. Afonso VI, que lhe fez mercê em 23 de dezembro de 1666, de juro e herdade, do seu título de conde do Prado, duma comenda de 600$000 réis de renda, e do cargo de conselheiro de E.

[editar] Casamentos

  • (1) em agosto de 1638 com Dona Maria (Madalena) Manuel de Vilhena (Mascarenhas) (morta em 1639) filha do 1º Marquês de Montalvão e Conde de Castelo Novo, sem geração;
  • (2) em outubro de 1641 com D. Eufrasia Filipa de Noronha e Lima (Mascarenhas) (morta em 6 de maio de 1656) filha de D. Fernando Mascarenhas, 1° Conde da Torre e Dona Maria de Noronha, filha de Dom Luis Lobo da Silveira, senhor de Sarzedas). Pela mãe, ela descendia de Afonso III de Portugal, por seu filho bastardo Martim Afonso (de Souza, senhor de Baião) Chichorro.

Descendência:

  • 1 - 2o filho D. Fernando (1645, morto cedo).
  • 2 - João de Sousa (1647-1703 Viana) Governador de Pernambuco. Casado em 1688 com Maria de Nazareth de Lima (morta em 1718).
  • 3 - Pedro (1649-1706) Prior de Guimarães.
  • 4 - Luís.
  • 5 - Maria Margarida (1643-1675); casada em 1664 com Luís de Távora Manuel (morto em 1706) Conde de Atalaia.
  • 6 - Luísa (1648-1737); casada com Luís Baltasar da Silveira (morto em 1737)
  • 7 - Eufrazia Felipa (1651-?); casada com Francisco Fernando Carneiro, Conde da Ilha do Principe.
  • 8 - Maria Lourença (1652-?) senhora de Paco.
  • 9 - Constança (1654-?)
  • 10 - Inês (1655, morta cedo).

Teve um bastardo Plácido, abade em Lisboa.

O filho primogênito do segundo casamento foi Dom Antônio Luís de Sousa (1644-25 de dezembro de 1721 ) 4º Conde do Prado em vida do pai e 2º Marquês das Minas.

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