Furacão Dennis
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Furacão Dennis em 9 de Julho as 19:15 (UTC)[1]. | ||
Formação: | 4 de Julho de 2005 | |
Dissipação: | 13 de Julho de 2005 | |
Vento mais forte: | 240 km/h | |
Pressão mais baixa: | 930 hPA | |
Danos: | De 4 a 6 bilhões | |
Fatalidades: | 89 mortes | |
Áreas afetadas: | Haiti, Jamaica, Cuba, Flórida, Alabama, Mississippi, Geórgia, Tennessee e a região de Ohio (EUA). |
O furacão Dennis durou de 4 de Julho a 13 de Julho de 2005 no atlântico oeste. A sua intensidade em Cuba em 8 de Julho era de categoria 4 e ao chegar a Flórida regrediu a categoria 3, de acordo com a Escala de Furacões de Saffir-Simpson.
Dennis foi um ciclone tropical, afetou o Haiti, Jamaica, Cuba, Flórida, Alabama, Mississippi, Geórgia, Tennessee e a região de Ohio com ventos de 150 mph (240 km/h), pressão atmosférica de 930 (hPA). Causou 89 mortes e estragos de 4 a 6 bilhões de dólares.
Índice |
[editar] História
O ventos tropicais começaram em 29 de junho na costa da África, o sistema de ventos organizado começou em 2 de julho com ventos mais fortes e pressão diminuindo. Dia 4 de julho chegou ao sudeste do Caribe como uma depressão tropical, na noite de 4 de julho, na primeira tempestade da estação do México e na América Central. Quase imediatamente, fêz estragos em Granada como uma depressão tropical com vento de 30 mph[2], na manhã de 5 de julho, a tempestade tropical Dennis foi para as ilhas do Caribe orientais.
O Dennis não era um tempestade normal, ainda quando era uma tempestade tropical já teria o status de furacão. Alcançou a força real de um furacão na tarde de 6 de julho quando aproximou-se da costa do sul da ilha Hispaniola (nas Antilhas), e se transformou rapidamente em uma tempestade forte e bem-organizada da categoria 1 na escala de furacões de Saffir-Simpson. No dia seguinte, se transformou rapidamente em um furacão de categoria 4, o furacão mais rápido da estação do atlântico a alcançar essa força desde o furacão Audrey na estação de 1957. Chegou na Jamaica e Haiti em 7 de julho trazendo ventos fortes e muita chuva.
Meteorologistas do NHC diziam que o furacão chegaria em Cuba na sua maior força, de categoria 5 e balançando muito, diziam que não era um furacão comum, seria um furacão de grandes intensidades[3].
Dia 7 de julho, alarmes de furacões foram soados em Cuba, Dennis causou danos perto de Ponta do Inglês com ventos de 140 mph (220 km/h) regredindo a categoria 3. Movendo-se para o golfo de Guacanayabo em Cuba com ventos de 150 mph (240 km/h).
Nas montanhas de Cuba a circulação do furacão foi interompida, regredindo a uma intensidade de categoria 1. Entretanto, a NHC continuou indicando a possibilidade de retorno do furacão a categoria 4 e seu re-estabelecimento de rota, na tarde de 9 de julho o furacão logo se reestabeleceu, na manhã do dia 10 de julho a intensidade era de categoria 4. A pressão alcançou sua maior intensidade de 930 bar, superando o furacão Audrey e o furacão Emily com 929 bar.
O furacão continuou se movimentar de nordeste-norte pela costa do Golfo. Dia 10 de julho, o alarme de furacões foi dado na costa da Flórida, Alabama e Mississippi. Ao entrar no continente, na tarde do dia 10 de julho, o furacão devastou as praias da Flórida com uma intensidade de categoria 3.
A velocidade oficial do vento mais elevada relatada era de 121 mph (195 km/h) em Navarre Beach. A força da tempestade foi regredida para uma depressão tropical do dia 11 de julho. Dia 12 de julho a depressão continuou indo até o Estado de Illinois e no dia 13 de julho, o Dennis foi dissipado em Ontário (Canadá).
[editar] Preparação
Combinado com a tempestade do Furacão Cindy na costa do golfo dos Estados Unidos, os preços do óleo foram ajudados com a crescente incerteza que a tempestade do Furacão Dennis traria, em 6 de julho o preço era de $61.28/tambor[4] e outra vez subindo a $61.50/tambor em 7 de julho[5] embora caindo menos de $60 no dia 8 de julho. Dennis foi previsto originalmente para devastar Louisiana, uma das regiões mais produtoras de óleo da costa do golfo. A especulação nos preços de óleo foi devido ao furacão Dennis se aproximar dos estragos feitos pelo Furacão Katrina e pelo Furacão Rita em agosto e setembro passados.
Os oficiais do Haiti evacuaram todas as pessoas residentes ao longo da sua costa, mesmo não sendo a saída obrigatória.[6] em Cuba mais de 600.000 pessoas foram para abrigos do governo ou para outras regiões não afetadas[7].
Nos Estados Unidos, as regiões mais baixas do arquipélago de Flórida Keys foram colocadas sob uma ordem imperativa da evacuação, e uma evacuação de residentes e não-residentes de outras ilhas também foi pedida. Esta evacuação foi cancelada na noite do dia 8 de julho, porque não havia condições climáticas boas para a saída com segurança de todas as pessoas. Além disso, os governos da Flórida, Alabama, Mississippi e Louisiana declararam estado de emergência.
As 6:00 da manhã do dia 9 de julho, todas as rotas para as estradas entre Mobile até Montgomery (Alabama) foram fechadas. O tráfego foi direcionado para o norte, fazendo com que todas as pistas da rodovia fossem direcionadas para saída do Estado, permitindo as evacuações. Todas as pessoas ao redor do Condado Mobile até o Condado de Baldwin foi dada a ordem de evacuar a região. Ordens similares foram emitidas no Mississippi, no Condado de Jackson, Condado de Hancock e no Condado de Harrison; e para áreas litorâneas da Flórida, do Condado de Escambia até o Condado Bay. Do mesmo modo, as instalações militares de NAS Pensacola, Whiting Field, Eglin AFB, Hurlburt Field e Tyndall AFB foram todas evacuadas antes da tempestade.
[editar] Impactos
Região | Nº de mortes |
---|---|
Haiti | 56 |
Cuba | 16 |
Estados Unidos | 16 |
Jamaica | 1 |
Total | 89 |
Furacão Dennis causou de $4 a 6 bilhões de dólares e 89 mortes por onde passou.
[editar] Caribe
Dennis afetou primeiramente a Jamaica quando ainda era uma tempestade fraca. Uma pessoa foi morta e os danos foram estimados em $32 milhões de dólares[8].
No Haiti, a Organização Panamericana do Coração relatou 56 mortes e 36 feridos; a tempestade também destruiu 929 casas e danificou outras 3.000, deixando 1.500 famílias desabrigadas.[9] Entre os mortos foram 16 em uma ponte que desmoronou.
Chegando a Cuba, deixou 16 pessoas mortas e $1.4 bilhões em danos. De acordo com relatórios do governo cubano, 120.000 casas foram danificadas, 15.000 foram destruídas e indústrias também foram destruídas. Relatórios meteorológicos de Cuba indicaram que os ventos chegaram a 149 mph (239 km/h) em Cienfuegos com 85% das linhas de energia danificados e outros danos de infraestrutura e comunicações também. Dennis foi mais destrutivo que o Furacão Charley no ano anterior e considerado o furacão que mais destruiu Cuba desde a estação de furacões de 1963.
[editar] Estados Unidos
Nos Estados Unidos, os danos não foram tão altos como o esperado originalmente, principalmente porque o Dennis era mais compacto e se movia mais rapidamente do que previsto inicialmente. Dennis causou danos aproximadamente 30 milhas a leste de onde o furacão Ivan tinha passado a 10 meses atrás, mas não causou tantos danos quanto o Ivan. Dennis se moveu aproximadamente a 7 mph (11 km/h) mais rapidamente do que o Ivan, e teve ventos a 40 milhas (65 quilômetros) comparados a 105 milhas do Ivan (170 km/h).
Dennis deixou mais de 680.000 casas sem eletricidade em quatro estados do sul. Nenhum dano significativo foi relatado a infraestrutura das cidades; entretanto, os seguradores estimaram inicialmente que Dennis causaria de $3 a $5 bilhões em danos ou aproximadamente em um total de $6 a $10 bilhões. Entretanto, o relatório do NHC (Tropical Cyclone Report) relatou que os danos totais nos Estados Unidos foram somente de $2.23 bilhões.[10]. Furacão Dennis gerou pelo menos 10 outros furacões menores nos Estados Unidos, embora somente um deles alcançasse o status F1 na Escala Fujita[11].
No golfo do México a tempestade derrubou uma plataforma de óleo da companhia BP com ventos de aproximadamente 150 milhas (240 quilômetros) a sudeste de New Orleans, Louisiana[12].
Um efeito benéfico do furacão Dennis foi a virada do navio USS Spiegel Grove[13], Spiegel foi afundado no Santuário Marinho Nacional de Florida Keys em uma tentativa de criar um arrecife artificial. Entretanto, o navio ficou virado e aterrado no fundo do mar de cabeça para baixo. Os esforços para rolar o navio foram até bem sucedidos, mas o furacão Dennis terminou de rolar, trazendo o Spiegel em sua posição ereta pretendida.
[editar] Veja também
- Lista de furacões no Pacífico
- Lista de furacões no Atlântico
- Tempestade tropical
- Depressão tropical
- Ciclone
- Tornado
[editar] Notas
- ↑ Foto do Dennis em 9 de Julho as 19:15 (UTC) pela NOAA
- ↑ Relatório oficial sobre o Dennis NOAA, 2 de Dezembro de 2005
- ↑ Discussão sobre o Furacão Dennis Nº16 NHC-NOAA, 8 de julho de 2005.
- ↑ Dennis se aproxima do Golfo do México Associated Press, 6 de Julho de 2005.
- ↑ Preços do óleo batem recorde Bloomberg Television, 7 de Julho de 2005.
- ↑ Furacão Dennis mata 10 em Cuba BBC, 11 de Julho de2005
- ↑ Evacuações começam depois que Dennis vare a costa do Golfo MSNBC, 11 de Julho de 2005
- ↑ Relatório oficial sobre o Dennis NOAA, 2 de Dezembro de 2005
- ↑ International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies 26 de dezembro de 2005.
- ↑ Relatório oficial sobre o Dennis NOAA, 2 de Dezembro de 2005
- ↑ Relatório oficial sobre o Dennis NOAA, 2 de Dezembro de 2005
- ↑ Plataforma de óleo é derrubada pelo Dennis MarketWatch, 11 de Julho de 2005
- ↑ Navio encalhado é desenterado pelo Dennis FloridaKeys.com, 10 de dezembro de 2005.
[editar] Referências
- ((en)) Relatório oficial sobre o Furacão Dennis pela NOAA, incluindo estatísticas meteorológicas, história e destruições. (Arquivo PDF)
- ((es)) ANSA: Dennis continúa causando estragos
- ((es)) EFE: "Dennis" se adentra no golfo do México e ameaça sudeste dos EUA
- ((es)) Prensa Latina: Informação sobre os danos preliminares do furacão Dennis em Cuba
- ((en)) NowPublic - fotos e vídeos do furacão
- ((pt)) Pesquisa sobre o Furacão pelo Google