Geografia de Mato Grosso
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Mato Grosso ocupa uma área de 906.806 Km2 dentro do Brasil, localiza-se a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha do Equador e com fuso horário -4 horas em relação a hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Centro-Oeste fazendo fronteiras com os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Amazonas, Rondônia e um país, a Bolívia.
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[editar] Clima
Em Mato Grosso como também no Brasil há diversos tipos de climas, devido a variações de latitude e altitude, com grande influência na temperatura, as chuva, principalmente as frontais, continentalidade e massa de ar, agindo no estado as massas Equatorial Continenal, Tropical Continental e Polar Atlântica. A variação de temperatura é pouca e as chuvas acontecem principalmente no período de dezembro a fevereiro.
[editar] Vegetação
A vegetação do estado faz parte da vegetação da Floresta Amazônica, Cerrado e faixas de transição como o Pantanal, Xingu e Cachimbo. A vegetação amazônica é a maior floresta do mundo cobrindo parte de 8 países, cobrindo também a região norte do estado, chamada também de Amazônia Legal, suas principais características são as árvores grandes e o solo florestal pobre, sobrevivendo do húmus das folhas. A região com vegetação de cerrado é a maior parte do estado, de acordo com a organização Internacional Conservation 58% do cerrado foi substituído pela agricultura com soja e algodão. O complexo do Pantanal é a maior área alagada do mundo e a maior diversidade animal e vegetal do mundo na parte sul de Mato Grosso, em 2001 foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade.
[editar] Hidrografia
O estado faz parte de três bacias hidrográficas, a bacia amazônica é a predominante no Estado, grande parte da região norte com vários rios a margem direita do Rio Amazonas entre os principais rios são Rio Xingu, Rio Guaporé e Rio Teles Pires. A bacia Tocantins-Araguaia com o Rio Araguaia corta toda a parte a fronteira leste entre Mato Grosso e Goiás com 2.115 km formando a maior ilha fluvial do mundo a ilha do bananal. Faz parte da bacia platina o rio Paraguai que é o principal responsável pelo abastecimento do Pantanal, outros rios da bacia platina são o Rio Cuiabá, Rio São Lorenço e Rio Taquari. A navegação pelos rios da bacia Amazônia é mínima pois são áreas cristalinas com sedimentares e com isso se formam muitas cachoeiras, os principais rios navegáveis são o Rio Paraguai e Rio Araguaia.
[editar] Geologia
Na escala geológica o período Pré-cambriano foi a formação da região do Cachimbo e o assentamento da bacia do Araguaia-Tocantins, Xingu, Cuiabá e Alto Paraguai. Na era paleozóico com a formação da Serra de São Vicente. Na era mesozóico com a formação da bacia do Paraná, incluíndo Chapada dos Guimarães) e a chapada dos Parecis. Na era cenozóica ocorream sedimentos na bacia do Pantanal e Ilha do Bananal.
A classificação do relevo segundo Jurandy Ross como os Planaltos: Chapada da Bacia do Paraná, Chapada dos Parecis, Residuais Sul-Amazônicos e Serras reciduais do Alto Paraguai. Depressões: Marginal Sul-Amazônico, depressão do Araguaia, Depressão Cuiabana e depressão do Alto Paraguai-Guaporé. Planície do Rio Araguaia, Pantanal do Rio Guaporé e Pantanal mato-grossense.
[editar] Demografia
Mato Grosso tem uma população de 2.803.274 hab. segundo IBGE de 2005, com uma densidade demográfica de 2,6 hab/km2. Pelas características encontradas no Estado o predomínio é de pessoas adultas e com um índice de declínio para jovens e aumento de idosos. Segundo censo IBGE de 2000 há um predomínio de pessoas que se designam de cor pardas. Pela média do Estado há um predomínio de homens devido a emigração dos outros Estados para Mato Grosso, contudo, na grande Cuiabá há predomínio de mulheres, semelhante a média brasileira. Mato Grosso ocupa o IDH 9º entre os Estados do Brasil.
[editar] Referências bibliográficas
- PIAIA, Ivane Inêz. Geografia de Mato Grosso. 3 edição, EDUNIC, 1997.
O Pantanal é a maior planície inundável do mundo e apresenta uma das maiores concentrações de vida silvestre da Terra. Situado no coração da América do Sul, o Pantanal se estende pelo Brasil, Bolívia e Paraguai com uma área total de 210,000 km2. Aproximadamente 70% de sua extensão encontra-se em território brasileiro, nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Por causa da localização geográfica, que une características do Cerrado, da Floresta Amazônica e dos terrenos alagadiços do Chaco paraguaio, o Pantanal apresenta uma variedade enorme de espécies animais e vegetais.
O ecossistema pantaneiro abriga pelo menos 3.500 espécies de plantas, 432 de aves, 124 de mamíferos, 177 de répteis e 41 de anfíbios. Até o momento foram registradas 325 espécies de peixes de água doce e novas espécies ainda têm sido descobertas regularmente.
Cerca de 80% da área total do Pantanal está em excelentes condições de conservação e abriga populações numerosas de grandes mamíferos, aves, peixes e répteis. O modelo de pecuária extensiva adotado no começo do Século XIX é uma das principais razões do Pantanal encontrar-se praticamente intacto. Outras são: a baixa taxa de ocupação humana, o grande tamanho das propriedades, a dificuldade de acesso por estradas e a pouca atividade de caça em função da grande oferta de carne bovina.
Pelo seu estado de conservação, sua rica biodiversidade e as particularidades de seu ecossistema, o Pantanal é considerado uma das 37 últimas Grandes Regiões Naturais da Terra.
Mesmo encontrando-se bastante conservado, o Pantanal sofre ameaças constantes. A maior parte relacionada com a degradação do Cerrado. Os principais rios do Pantanal nascem nas chapadas do bioma vizinho que tem problemas ambientais associados à intensa produção agrícola que se desenvolve na região. A ocupação humana e a atividade pecuária no Pantanal também representam ameaças pelo desmatamento e a conversão de florestas em pastagens.
A pesca sem controle é outro grande problema na região. A agricultura e a mineração, em geral concentradas nas áreas mais altas que circundam o Pantanal, também trazem prejuízos. Outra ameaça a biodiversidade pantaneiras, ainda que potencial, é o projeto de construção de uma hidrovia, que prevê a drenagem e a mudança de curso do Rio Paraguai para permitir a passagem de navios pelo Pantanal.