Grande Oriente Lusitano
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O Grande Oriente Lusitano é uma obediência maçónica portuguesa e a mais antiga, fundada em 1802. Teve como primeiro Grão-Mestre o desembargador Sebastião José de São Paio de Melo e Castro Lusignan, neto do 1º marquês de Pombal, cujo nome simbólico era Egas Moniz.
O Grande Oriente Lusitano integra-se na corrente liberal maçónica, defendendo a absoluta liberdade de consciência e o adogmatismo.
A sua história está intimamente ligada à do País desde então. Algumas das grandes mudanças que Portugal conheceu nos séculos XIX e XX deveram-se sobretudo à acção da Maçonaria:
- Revolução Liberal de 1820;
- Abolição da pena de morte, em 1867;
- Implantação da República, em 1910.
Em oposição a toda e qualquer forma de opressão, o Grande Oriente Lusitano, conheceu ao longo da sua história, momentos de feroz perseguição, pelas alas mais conservadoras e reaccionárias da sociedade. Entre esses momentos, destaca-se:
- A proibição durante o Estado Novo (lei nº 1901 de 13 de Maio de 1935, proposta por José Cabral, que recentemente tinha aderido à União Nacional depois de militar entre os integralistas lusitanos e os nacional-sindicalistas liderados por Rolão Preto) que forçou os seus membros à clandestinidade e, por frequentes vezes, à prisão ou ao exílio políticos.
- Fernando Pessoa, apesar de assumidamente profano publicou um artigo no Diário de Lisboa em defesa da Maçonaria e, concretamente, do Grande Oriente Lusitano.
- Durante o período de clandestinidade, o Grande Oriente Lusitano viu os seus bens confiscados e o Palácio Maçónico ocupado pela Legião Portuguesa.
- Com a revolução de 25 de Abril de 1974 e a revogação da lei nº 1901, o Grande Oriente Lusitano pôde voltar à luz do dia, tendo-lhe sido devolvidos os bens anteriormente confiscados.
Entre os seus membros contam-se figuras ímpares da História de Portugal e do Mundo;
[editar] Maçons Ilustres
- Lista de Maçons Ilustres
Sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano trabalham lojas simbólicas do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito Francês. Estes ritos são administrados pelas respectivas potências filosóficas com as quais o Grande Oriente Lusitano tem tratado:
- Supremo Conselho dos Grandes Inspectores-Gerais do 33º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito para Portugal e sua jurisdição;
- Soberano Grande Capítulo dos Cavaleiros Rosa-Cruz
- Grande Capítulo Geral do Rito Francês de Portugal.
As três potências estão representadas na sociedade civil através do Grémio Lusitano, associação cultural e recreativa, com sede em edifício próprio na Rua do Grémio Lusitano, em Lisboa. O Palácio Maçónico como é designado, alberga também o Museu Maçónico Português, considerado um dos melhores da Europa na sua especialidade, e está aberto ao público.