Hemofilia A
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A hemofilia A é o transtorno mais freqüente da coagulação, deficiência recessiva ligada ao sexo, do fator VIII de coagulação. Segundo cifras da Organização Mundial da Saúde (OMS), representa 85% dos casos divulgados internacionalmente.
[editar] Sintomas
Hematomas são vistos freqüentemente. Hemartroses (sangramento nas articulações) são comuns em articulações tais como tornozelos, joelhos, quadris e cotovelos. Elas são freqüentemente dolorosas, e episódios repetidos podem levar à destruição da sinóvia e à diminuição da função articular. Sangramentos intracranianos também são comuns, e, antes do advento de um tratamento efetivo para os episódios de sangramento, essa era a causa que levava à morte entre os hemofílicos. Deve ser enfatizado que a atividade plaquetária é normal em hemofílicos, de modo que lacerações e abrasões secundárias normalmente não levam a um sangramento excessivo.
[editar] Diagnóstico Laboratorial
Um exame de Tempo de tromboplastina parcial ativada (ou TTPA) prolongado com tempo de protrombina (ou TP) e tempo de coagulação normal deve ser investigado. Dosagem de fator VIII pode classificar a hemofilia A em:
- Severa: se o nível está abaixo de 1% do normal.
- Moderada: se o nível está entre 1 a 5% do normal.
- Leve: se o nível está entre 5 a 40% do normal.
[editar] Patofisiologia
O gene do fator VIII foi mapeado no braço longo distal do cromossomo X e clonado. A clonagem e o seqüenciamento do gene levaram à várias deduções. Pacientes com mutações sem sentido normalmente desenvolvem hemofilia severa, enquanto aqueles com mutações de sentido trocado normalmente possuem uma doença relativamente branda. Isso é esperado, porque mutações sem sentido produzem uma proteína truncada, enquanto mutações de sentido trocado produzem a substituição de um único aminoácido sem um efeito dominante negativo. Cerca de 45% dos casos severos de hemofilia A são causados por uma inversão cromossômica que quebra o gene do fator VIII. Outros 5% de pacientes possuem deleções, as quais normalmente levam à doença relativamente severa. A clonagem do gene do fator VIII permitiu a produção de fator VIII humano usando técnicas de DNA recombinante, que atua tão efetivamente quanto à forma derivada de doador, e ele foi aprovado para uso comercial em 1994. O fator VIII recombinante possui, logicamente, a vantagem de não existir a possibilidade de contaminação viral.