Homofobia interiorizada
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Homofobia interiorizada (ou também Homofobia Internalizada) é o medo, ódio ou repulsa da homossexualidade ou de pessoas homossexuais da parte das próprias pessoas homossexuais. A Homofobia Interiorizada manifesta-se de diversas formas (como a repulsa pelos "gays assumidos", fazer gozo de outras pessoas homossexuais) e pode ter consequências graves na saúde mental e física da própria pessoa ou levá-la a cometer actos homofóbicos ou anti-sociais.
Existe também a classificação psiquiátrica para a Homofobia Internalizada, denominada de Transtorno da Preferência Sexual Egodistônica ou Orientação sexual egodistônica (CID-10 F66.1). Esta classificação no entanto, se aplica no caso daqueles que já reconhecem a sua orientação sexual homossexual porém discordam ou rejeitam essa forma de ser e lutam contra seus sentimentos. Termo usado em oposição ao Egosintônico, em que a pessoa concorda com seu próprio jeito de ser.
[editar] Manifestações de homofobia internalizada
- Negação da sua orientação sexual (do reconhecimento das suas atracções emocionais e sexuais) para si mesmo e perante os outros.
- Tentativas de mudar a sua orientação sexual.
- Sentir que nunca se é "suficientemente bom" (por vezes tendência para o "perfeccionismo").
- Pensamentos obsessivos e/ou comportamentos compulsivos.
- Fraco sucesso escolar e/ou profissional; ou sucesso escolar e/ou profissional excepcional, como forma de ser aceite.
- Desenvolvimento emocional e/ou cognitivo atrasado.
- Baixa auto-estima e imagem negativa do próprio corpo.
- Desprezo pelos membros mais "assumidos" e "óbvios" da comunidade Gay, Lésbica, Bissexual e Transgender.
- Desprezo por aqueles que ainda se encontram nas primeiras fases de assumir a sua homossexualidade.
- Negação de que a homofobia/o heterossexismo/a bifobia/a transfobia/o sexismo são de facto problemas sociais sérios.
- Desprezo por aqueles que não são como nós; e/ou desprezo por aqueles que se parecem connosco.
- Projecção de preconceitos num outro grupo alvo (reforçado pelos preconceitos já existentes na sociedade).
- Tornar-se psicologica ou fisicamente abusivo; ou permanecer num relacionamento abusivo.
- Tentativas de passar por heterossexual, casando, por vezes, com alguém do sexo oposto para ganhar aprovação social ou na esperança de "se curar".
- Crescente medo e afastamento de amigos e familiares.
- Vergonha e/ou depressão; defensividade; raiva e/ou ressentimento.
- Esforçar-se pouco ou abandonar a escola; faltar ao trabalho/fraca produtividade.
- Controlo contínuo dos seus comportamentos, maneirismos, crenças e ideias.
- Fazer os outros rir através de mímicas exageradas dos estereótipos negativos da sociedade.
- Desconfiança e crítica destrutiva a líderes da comunidade LGBT.
- Relutância em estar ao pé ou em mostrar preocupação por crianças por medo de ser considerado "pedófilo".
- Problemas com as autoridades.
- Práticas sexuais não seguras e outros comportamentos destrutivos e de risco (incluíndo riscos de gravidez e de ser infectado com HIV).
- Separar sexo e amor e/ou medo de intimidade. Por vezes pouco ou nenhum desejo sexual e/ou celibato.
- Abuso de substâncias (incluíndo comida, álcool, drogas e outras).
- Desejo, tentativa e concretização de suicídio.