Igreja Matriz de São Paulo
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Edificada dentro do velho e destruído amuramento que protegeu o paço fortificado dos Condes do Redondo, nenhum documento histórico, conhecido, se refere às suas origens e fundamentos.
Sucedeu, sem dúvida, à primeira igreja curada de Santa Maria, que já tinha existência paroquial no reinado de D. Dinis, em 1320. O edifício foi construído, segundo o exame da sua arquitectura, nos primeiros anos do século XVI, no estilo arcaizante dos templos fortalezas. Voltada para a banda do ocidente, a igreja oferece, nos prospectos laterais, a majestosa e severa perspectiva, de silhueta acastelada, protegida de sete torrelas cilíndricas, de andares, sobrepujadas de cones estilizados;coroa de ameias tipo muçulmano, de alvenaria grosseiramente rebocada. A porta travessa meridional é a primitiva, feita de rudes blocos de aparelho, com aro gótico, de chanfraduras, ábacos e capitéis esmagados para recobrimento de cal. Semi-destruidos, no mesmo alçado, alguns degraus e patim de acesso ao velho campanário exterior, em cujo flanco terminal e embebido na estrutura da torre, subsiste uma torrinha lateral. A fachada, de formas rectilíneas, abastardas, e de frontão triangular, infeliz obra de alvenaria barroca, setecentista, foi projectada para receber, angularmente, duas torres de secção quadrada: apenas se levantou a do lado sul, apilastrada, com remate cupular, populista. Grandes esferas de massa, se levantam nos acrotérios, e no eixo, tabela cega de cronograma sumido. O portal, com janelão sobrepujante, vasado em falso alpendre, compõe-se de vergas e jambas graníticas, do tempo do Rei D. José e posterior ao megassismo de 1755. Não tem qualquer merecimento arquitectónico. Lateralmente, embebidos nos alçados, antiga e tosca VIA SACRA, de pedra; na cornija dos beirais, algumas gárgulas zoomórficas, de barro cozido, trabalho de olaria popular alentejana. Época Dominante: Séculos XIV - XVI
Espaço Religioso
Bibliografia: L.º 3.º da Ordem de Avis, I-3-133 V.º; p.ºe Luis Cardoso, Dicionário Geográfico, vol. XXVIII, pp. 587-90; Reinaldo dos Santos e Raul Proença, Guia de Portugal, vol. II (1926); Túlio Espanca, Igreja Matriz de S. Paulo de Pavia, in "A cidade de Évora", nº 51 - 52, pp. 167-73