Impacto da Revolução Tecnológica na Sociedade
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[editar] Problemas das tecnologias na sociedade
Adam Schaff, em 1990, afirmou que o impacto das novas tecnologias na sociedade moderna seria percebido, principalmente, nas áreas do trabalho e da educação.
Podemos observar que a teoria de Schaff não só se concretiza como também abrange com velocidade e de forma intensiva as áreas por ele destacadas. Nos últimos anos temos visto uma revolução tecnológica crescente e que tem trazido novos direcionamentos econômicos, culturais, sociais e educacionais à sociedade. A acelerada transformação nos meios e nos modos de produção, causada pela revolução tecnológica focaliza uma nova era da humanidade onde as relações econômicas entre as pessoas e entre os países e a natureza do trabalho sofrem enormes transformações.
“Terceira Onda”, é assim que Alvin Toffler classifica o atual momento de transformação pelo qual passamos (sendo que a Primeira Onda foi a descoberta da agricultura e a Segunda Onda a Revolução Industrial). E essa actual conjuntura sócio-política económica e tecnológica aponta um caminho: a importância do conhecimento nas relações de produção e, “por consequência, na ordem e no poder mundiais” (Seabra, 1994, p. 02). Na Terceira Onda o conhecimento adquire importância extrema, o valor de conhecimento agregado aos produtos supera cada vez mais o do trabalho e da matéria-prima. Podemos dizer também que estamos na terceira revolução industrial, ou “revolução da inteligência”, onde a informação assume o papel de “moeda globalizante”: “as decisões tomadas no cotidiano das pessoas são avaliadas pelo acesso que se tem aos meios intermediários da informação...”
Temos, portanto, dois contextos: as novas tecnologias viabilizando transformações e desenvolvimento significativos para o indivíduo e a sociedade e as (mesmas) novas tecnologias possibilitando o aumento das desigualdades e da exclusão presentes no mundo capitalista. Observando que a revolução tecnológica afeta o sujeito, a comunidade, a sociedade, as nações e por conseqüência a educação, torna-se fundamental ressaltar que as perspectivas educacionais futuras estão fortemente relacionadas com o conhecimento e sustentadas em “uma tríplice constatação: o ritmo alucinante da produção e renovação dos saberes torna-os vulneráveis ao incômodo rótulo de obsoleto num curto espaço de tempo. Tal fato, por conseguinte, reflete na natureza do trabalho que, segundo Levy, passa a ser entendido como aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos.” ( Carvalho, 2001, p.15). A forma como cada sociedade, e/ou comunidade recebe essas novas tecnologias é o que vai diferenciar o impacto que recebe. Castels (1999, p.52) afirma: “o fato de países e regiões apresentarem diferenças quanto ao momento de dotarem seu povo do acesso ao poder da tecnologia representa fonte crucial de desigualdade em nossa sociedade.”
É nesse quadro que a educação também recebe os impactos causados pelas novas tecnologias. As instituições de educação, inseridas num contexto amplo da sociedade, deverão substituir seus contextos: não mais conteúdos pré-definidos, mas sim o aparecimento de percursos e perfis de competências, possibilitando a construção de novos espaços de conhecimento. “... espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo não lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos nos quais cada um ocupa uma posição evolutiva e singular” (Levy, 2000, p.158).
[editar] Referências
Carvalho, I. Impactos e Possibilidades das Tecnologias no Contexto Socioeducacional. http:www.ced.ufsc.br/bibliote/encontro/ Lévy, P. Cibercultura. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000 Nogueira, L. L. Educação a distância. In: EDUCAÇÃO a distância: eixo temático 1: educação a distância no contexto global. Brasília: Universa, 1999. Schaff, A. A Sociedade Informática. São Paulo: Unesp, 1990 Seabra, C. Uma Nova Educação para Uma Nova Era. In: A Revolução Tecnológica e os Novos Paradigmas da Sociedade: IPSO, 1994 Toffler, A. Powershift – As Mudanças no Poder. São Paulo: Record