Laje de Santos
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A Laje de Santos é um dos principais pontos de mergulho do Estado de São Paulo. Oferece mergulhos excepcionais, em termos de visibilidade e profundidade.
Com profundidades variando entre os dez e os vinte e dois metros, um paredão rochoso abriga uma fauna muito diversificada e exuberante.
A presença de animais de maior porte, como as raias jamantas são um espetáculo garantido.
Peixes de passagem como barracudas também podem ser apreciados com uma certa freqüência. Da mesma forma, tartarugas e polvos.
A distância do litoral (cerca de uma hora e meia de lancha rápida), aponta para uma maior transparência da água, trazendo maiores probabilidades de boa visibilidade.
Localizada numa corrente de águas frias do sul, exige do mergulhador, mesmo no verão, a utilização de roupa isolante.
Esta mesma corrente foi a responsável por trazer pinguins desgarrados para a Laje de Santos.
Complementando as informações, alguns detalhes sobre o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, que também constam na página da ONG INSTITUTO LAJE VIVA:
Partindo de São Vicente em direção a mar aberto, navegando a 16 nós, em mais ou menos uma hora e trinta minutos chega-se a Laje de Santos (24,5 milhas náuticas da costa).
A Laje em si é uma pedra grande, de aproximadamente 550m de comprimento, cujo formato lembra o de uma baleia, boca à esquerda (Leste), rabo à direita (Oeste).
É proibido ancorar na Laje. Por isso existem “poitas” construídas ao longo da "Grande Pedra", com cabos presos em cada uma delas, para que os barcos se amarrem sem danificar a vida marinha presente no local.
Os mergulhos na Laje são sempre muito interessantes, por diversas razões.
Uma delas é a sempre ótima e quase sempre excelente visibilidade, que costuma ser muito melhor na Laje do que nos outros pontos do litoral paulista e carioca, como Ilha Bela, Ubatuba, Parati, Angra dos Reis ou Arraial do Cabo. É difícil econtrarmos a visibilidade realmente ruim na Laje. Quando a visibilidade está ruim, costuma-se ter uns 8 metros. É normal que haja entre 15 e 20 metros de visibilidade. Em dias de sorte, mais de 20...
Outra, por causa da grande diversidade de vida marinha que se pode observar no local, como tartarugas de diversas espécies, corais como o “cérebro”, que pontuam todo o costão rochoso, crustáceos, esponjas, moluscos, poliquetas, além de um grande número de espécies de peixes, como moréias, garoupas, frades, budiões, bonitos, caranhas, meros entre tantos outros.
O ponto alto do mergulho na Laje de Santos, desejado pela maioria dos seus frequentadores, é o encontro com a Raia Jamanta (Manta birostris). Peixe cartilaginoso imenso, que chega a medir 6 metros de uma “asa” à outra, é dócil como um tubarão-baleia (ambos são filtradores de plâncton, não possuindo, portanto, a agressividade própria dos predadores). São animais de passagem que provavelmente seguem a corrente fria que banha a Laje nos meses de maio e setembro.
Muitos mergulhadores que já caíram nas cristalinas e morna águas caribenhas terminaram por fazer seus mergulhos mais alucinantes aqui mesmo, nas frias águas paulistas, com aqueles seres descomunais, que chegam a pesar cerca de uma tonelada, passeando tranqüilamente entre os mergulhadores...
Ponto obrigatório para mergulhadores preocupados em preservar nossas combalidas riquezas marinhas, a Laje costuma oferecer belíssimos mergulhos. Vale conferir.
O Parque
O Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (PEMLS) foi criado em 27 de setembro de 1993, através do Decreto Estadual nº 37.537. O PEMLS é o primeiro parque marinho dentre as Unidades de Conservação do Estado de São Paulo e tem como objetivo a proteção do ambiente marinho.
O PEMLS tem sede e administração próprias, sendo subordinada ao Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Em termos geográficos, o PEMLS pertence ao município de Santos e, conforme pode ser verificado na Carta Náutica nº 1711, está localizado a 164º e 16,8 milhas náuticas de seu ponto de referência náutica continental, o Farol da Ilha da Moela.
Para se chegar ao PEMLS, entretanto, a distância é de 24,5 milhas náuticas ou aproximadamente 45 quilômetros, tendo em vista que os principais ancoradouros da região estão localizados no Guarujá, Santos e em São Vicente, cidades centrais no litoral de São Paulo.
O acesso rodoviário a essas cidades pode ser feito pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, com início na cidade de São Paulo, ou pela Rodovia Rio-Santos que liga o litoral sul do Estado de São Paulo ao Rio de Janeiro, passando por todo o litoral paulista.
Confira mais detalhes no site: Instituto Laje Viva|[1]