Leonardo Mota
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Leonardo Mota (Pedra Branca, Ceará, 10 de maio de 1891), é um escritor brasileiro.
Muito cedo mudou-se de sua terra natal junto com sua família. O interesse de Leonardo Mota pelo sabedoria sertaneja teve início quando foi morar na cidade de Ipu, Ceará, onde a convite de seu irmão Cônego Aureliano Mota, dirigiu um Instituto Educacional.
Membro da Academia Cearense de Letras e do Instituto do Ceará, Leota (era assim que gostava de ser chamado), "cresci nas banhas e encurtei no nome." Era um nome requisitado para proferir palestras para platéias de estudiosos e interessados folcloristas. Era também um animador de rodas de amigos e intelectuais da antiga praça do Ferreira (coração da cidade de Fortaleza); para essa platéia declamava versos e contava histórias e pequenas anedotas.
"Fui um intrasigente na defesa do sertão esquecido, do sertão caluniado e só lembrado quando dele se quer o imposto nos tempos de paz ou o soldado nos tempos de guerra. E fui sobretudo, contra o labéu de cretinice do sertanejo nordestino que orientei a minha documentada contradita: em todo o meu "Cantadores" e nas conferências que proferi, de Norte a Sul, pus o melhor dos meus empenhos em fazer ressaltar a acuidade, a destreza de esperíto, a vivacidade da desaproveitada inteligência sertaneja, de que os menestréis plebeus são a expressão bizarra e esquecida, apesar de digna de estudos."
O "último boêmio do Ceará" ou "judeu errante do folclore nacional", como se intitulava, publicou: Alguns dos seus livros: Cantadores (1921), Violeiros do Norte (1925), Sertão Alegre (1928), No Tempo de Lampião (1930), Prosa Vadia (1932) e Padaria Espiritual (1938). "Adagiário Brasileiro" foram reconstituídos pacientemente por seu filhos Moacir e Orlando Mota, publicarem anos depois. Em sua terra natal Pedra Branca, existe uma biblioteca em sua homenagem e um monumento na praça que também leva seu nome, em frente ao local onde existiu a casa onde o "Princípe dos folcloristas brasileiro" nasceu um dia.