Luiz Carlos Alborghetti
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Luiz Carlos Alborghetti (Andradina, 12 de fevereiro de 1945) é um jornalista policial, radialista, showman de televisão e foi deputado estadual no Paraná.
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[editar] Carreira
Iniciou sua carreira em 1976, numa rádio de Londrina, Paraná, com um programa policial de nome Cadeia em que relatava os crimes ocorridos na cidade. Seu tom inflamado e desafiador contra os criminosos sempre foi uma característica marcante, e três anos mais tarde, Alborghetti estreou um programa de TV, também chamado Cadeia, inicialmente para a cidade de Londrina, sendo ampliado posteriormente para todo o Estado em 1982. Em 1986 Alborghetti foi eleito deputado estadual pela primeira vez, tendo sido reeleito em 1990.
Em 1992, Alborghetti estreou o Cadeia Nacional, levando seu programa para todo o Brasil, através da CNT (antiga Rede OM de Televisão - que possuía em seu quadro de afiliadas, a TV Gazeta-canal 11 de São Paulo-SP). Várias características marcaram a atuação de Alborghetti na TV: o discurso ácido, uma toalha dependurada sobre os ombros, os óculos de leitura, uma caneta entre os dedos da mão direita e um porrete de madeira, que ele usava para descontar sua raiva batendo em qualquer objeto que visse (principalmente em sua mesa) sempre que algo o enfurecia.
Dois anos mais tarde, Alborghetti deixou, provisoriamente, o comando de seu programa para concorrer à deputado estadual. Foi eleito pela terceira vez e, ao retornar ao programa, mudou de emissora e passou a concorrer com o antigo programa, com transmissão voltada - apenas - para o estado do Paraná. Em 1998, deixa o comando deste para tentar a sua terceira reeleição, sendo bem-sucedido. Pouco tempo depois, retorna ao comando de seu programa, de volta veículado na CNT.
Em 2002 tentou novamente a reeleição, sem sucesso. Perdeu por cinco mil votos.
Em 2006, Alborghetti estreou o programa Cadeia Sem Censura, veículado de segunda a sexta na Rede Intervalo de Comunicação, uma webradio (rádio pela internet) posteriormente transformada em TV, baseada em Curitiba. Ficou seis meses no ar, até agosto do mesmo ano. Por falta de patrocinadores, o programa saiu do ar, fazendo com que Alborghetti migrasse para a Rádio Colombo, também de Curitiba.
[editar] Momentos marcantes
- Ao denunciar o tráfico no Rio de Janeiro, chamou a facção criminosa Comando Vermelho de "bando de bichas".
- Impediu através do Ministério Público que a banda "Planet Hemp" fizesse um show no Paraná devido a apologia às drogas (em particular a maconha) relatada em suas músicas.
- Ao comentar sobre o PCC, chamou seu líder, Marcos Camacho, vulgo Marcola, de "bundeiro, dador de bunda".
[editar] Citações
- Vagabundo!
- Bandido bom é bandido morto!
- Traficante bom é traficante morto!
- Bandido tem que enterrar de pé, pra não ocupar espaço no cemitério!
- Cadeia nele já!
- Cemitério nele!
- Bandido é bandido, Malandragem! Bandido tem que mandar matar
- Tá no colo do capeta! (quando um bandido morria)
- Tá no bico do urubu! (quando um bandido morria)
- Tá no beiço do macaco (quando um bandido morria)
- Tá na tromba do elefante! (quando um bandido morria)
- Tá na boca do jacaré! (quando um bandido morria)
- Dá pra onça comer!
- A banana vai comer o macaco!
- Um beijo na sua alma!
- Mais quebrado(a) que arroz de terceira
- Ah, vá à merda, porra!
- Eu fico puto da cara!
- Eu vou contar uma história que vai arrepiar pentelho de cadáver no bandejão do IML!
- Bundeiro(s)
- Eu fico desgraçado da minha cabeça!
- Não tem que construir mais cadeias! Tem que construir mais cemitérios!
- Tá com pena dele? Leva pra tua casa. Põe pra dormir na tua cama. (frase dirigida a defensores dos direitos dos bandidos)
- Tu é burro, ô idiota? (para os cameramen do programa)
- Chupa aqui, idiota! Chupa, burro! (idem, mandando-os que fizessem zoom na sua cara)
- Ou vocês aprendem a fazer televisão ou vão trabalhar na rodoviária! (idem)
- Vamos tirar a máscara e lavar a cara!
- O "Fulano" (nome de alguma personalidade, geralmente político) é uma reserva moral do estado do Paraná!
- Se gostou, gostou! Se não gostou, pula no meu peito, porra!!
- Não devo pra vagabundo nenhum nesse Estado e neste País!
- Ah! Vá a merda, porra!
- Neste asfalto negro de violência, as drogas transformam seu filho num cadáver ambulante, e sua filha numa prostituta mercantilista!
- Os policiais militares do Paraná ganham um salário de privada!
- Os filhos vão pro mundo das drogas, enquanto as mães choram lágrimas de sangue!
- Vá pro inferno
- Tem histórias da noite que o dia desconhece!
- Quem fala demais dá bom dia a cavalo!
- Você não precisa gostar de mim, deixe eu gostar de você!
- Meu nome não é osso pra andar em boca de cachorro e de cadela nesse Estado e nesse País!
- Eu não tenho rabo preso com vagabundo nenhum nesse Estado e nesse País!
- Lilo (relação sexual por via oral)
- Sopão (relação sexual em grupo)
- Vagaranha (mistura de vagabunda com piranha)
- Falsos profetas, falsos moralistas (para os defensores dos direitos humanos)
- Cambada de vagabundos!
- Peidou pra Musenga (morreu)!
- Eu já estou com o saco na garganta!
- Majorengo / menino / bogolim! (designando o órgão sexual masculino)
- Ostra gratinada (designando o órgão sexual feminino)''
- Patente (privada)
- Ou você caga, ou você peida, se for fazer as 2 coisas ao mesmo tempo explode a patente!
- Se (insira fato impossível aqui) acontecer eu enfio um espanador na bunda e saio pelas ruas vestido de Carmem Miranda!
- Índio Caboclo Dalborga! (quando ele encarnava essa entidade, semelhante ao que acontece com o Beavis e seu Cornholio)
- Que trolha que o nosso Ministério Público Federal botou na sua bundinha, hein, queridinho?(se dirigindo ao "Comendador Arcanjo", chefão do crime organizado do Mato Grosso, preso em abril de 2003)
- Tem que mandar matar esses filhos da puta e cobrar a bala da família!(sobre os traficantes)
- Tô cagando e andando e limpo a bunda com o dedo!
- Porque eles são burros!(respondendo a um e-mail que perguntava por que era tão bravo com a produção do programa)
[editar] Relacionados
- O apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, vulgo Ratinho, foi repórter de Alborghetti durante 12 anos. Mais tarde, fez fama, copiando seus trejeitos em alguns quadros de seu programa.
- O programa Hermes e Renato, da MTV Brasil, fez uma paródia do programa de Alborghetti no quadro "Chapa Quente", onde o apresentador Bradock faz o papel de jornalista policial.
- A banda curitibana de ska-rock Boi Mamão fez uma música em homenagem a Luiz Carlos Alborghetti. A música se chama "Vagabundo" e foi lançada no CD independente "Ska com Pauleira".
- "Esse governador de São Paulo, Fleury, é um bundão!" Foi com essa frase, atribuida ao então governador do Estado de São Paulo na época, Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1994), que ele foi afastado do programa "Cadeia Nacional", dando oportunidade para o então quase desconhecido Ratinho apresentar o programa. Esta informação foi fornecida por um ex-funcionário da extinta Rede OM, que lá trabalhava na época dos fatos. Depois do incidente, Ratinho foi para a Record, para o SBT e hoje é multi-milionário.
- Seus vídeos atualmente fazem muito sucesso no site Youtube e é homenageado em uma comunidade no orkut que possui cerca de 9000 membros.
- Alborghetti é chamado por seus fãs de "Mestre" "Mestre Dalborgha" ou mais recentemente, "Charles Dal".