Márcio Thomaz Bastos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Márcio Thomaz Bastos (Cruzeiro, 30 de julho de 1935) é um advogado criminalista brasileiro. Foi ministro da Justiça do Brasil durante o primeiro mandado de Luís Inácio Lula da Silva (e durante três meses do segundo).
É Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (tradicional Largo de São Francisco), turma de 1958.
Nascido a 30 de julho de 1935 em Cruzeiro/SP, é casado com Maria Leonor de Castro Bastos. Tem uma filha, Marcela, uma neta, Rafaela e um neto, Diogo.
Participou de seu primeiro júri em 1957, ainda na condição de solicitador acadêmico. Entre defesas e acusações, ao longo desse tempo, trabalhou em quase 1000 julgamentos perante o Tribunal do Júri, quase sempre defendendo gratuitamente acusados que não tinham condições de arcar com honorários advocatícios.
Advogado exclusivamente criminal, atuou também na acusação dos assassinos de Chico Mendes (ao lado da colega e sócia Sônia Cochrane Ráo), do cantor Lindomar Castilho e, mais recentemente, do jornalista Pimenta Neves.
Fundador e chefe de um dos mais respeitados escritórios de advocacia criminal do país, atuou, nos 80, 90 e até 2003, quando tornou-se ministro, em diversas causas criminais bastante polêmicas. Teve como sócios, até assumir o governo, os advogados Sônia Cochrane Ráo, Dora Cavalcanti e Luiz Fernando Pacheco.
Em momentos importantes da política nacional foi presidente da Seccional da OAB de São Paulo, gestão 1983/85, com intensa participação no movimento pelas diretas-já, e do Conselho Federal da OAB, de 1987 a 1989, período da Constituinte.
Em 1990, após a eleição de Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo Partido os Trabalhadores como encarregado do setor de Justiça e Segurança. Em 1992, juntamente com o jurista Evandro Lins e Silva, participou da redação da petição que resultou no impeachment do presidente da República.
Mesmo militando na advocacia, continuou a acompanhar a evolução política do País e, em 1996, preocupado com as eleições municipais, defendeu uma campanha informativa, encampada pela OAB, para incentivar o voto consciente dos eleitores. A campanha visava ainda cobrar dos candidatos às eleições a divulgação dos financiadores de suas campanhas para que o público soubesse quem estava por trás de cada um deles.
Foi também fundador, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e dom Luciano Mendes de Almeida, do movimento “Ação pela Cidadania.” Recentemente, ao lado de profissionais liberais, fundou o IDDD - Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
Tem várias idéias polêmicas, como a liberação da maconha e demais entorpecentes, controle externo do judiciário e ampliação das penas alternativas.