Mêncio
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Mêncio (de 孟子, pinyin Mèngzǐ, Wade-Giles Meng Ke, literalmente "Mestre Meng"), pseudônimo de Ji Mèngkē (姓孟軻) (370 a.C. - 289 a.C.), foi um filósofo chinês, o mais eminente seguidor do confucionismo e verdadeiro sábio.
[editar] Biografia
Mencius nasceu na cidade-estado de Zoucheng (邹城; originalmente Zouxian). Tornou-se filósofo intinerante e livre, e foi um dos principais intérpretes do confucionismo. Assim como o mestre, segundo a lenda, ele viajou pela China durante quarenta anos oferecendo seus conselhos e orientando reformas.
Serviu como funcionário durante o Período da Guerra entre os Estados (403 a 221 a.C.).
Durante três anos afastou-se dos deveres oficiais para lamentar a morte de sua mãe. Depois, desapontado com o fracasso para operar as mudanças em seu mundo contemporâneo, aposentou-se da vida pública.
Sua interpretação do confucionismo foi em geral considerada como a versão ortodoxa pelos filósofos chineses subseqüentes, especialmente os neo-confucionistas da Dinastia Song.
O Mengzi, livro dos seus diálogos com os reis de seu tempo, constitui-se numa das quatro obras que formam o cerne do confucionismo ortodoxo. Em contraste com o estilo de Confúcio, que escrevera de forma sintética, Mêncius oferece longos diálogos, com extensa prosa.
A importância de Mêncio é superada apenas pela de Confúcio e só depois dos 40 anos de idade se tornou conhecido, após uma vida meditativa e envolta em estudos sobre os problemas sociais e morais.
[editar] Ideologia
Em sua obra, conhecida por Mengzi, defende que o homem é bom por natureza e deve poder desenvolver uma conduta razoável e reta. Segundo este pensador, em o coração de todo ser humano há quatro sentimentos naturais ou tendências que lhe orientam para o bom caminho:
- O sentimento de Compaixão ôu Empatia;
- O sentimento de Vergonha ôu Arrependimento;
- O sentimento de respeito e modéstia, e
- O sentimento que difere o bem do mal(bem e mal no sentido coletivista e comunitário das palavras).
Estes sentimentos são uma espécie de raiz que, cultivada, desenvolvem as virtudes da benevolência, a retidão, a urbanidade e a sabedoria. Mêncio intentou influir nos governantes de seu tempo para que criassem as condições mais favoráveis para o desenvolvimento das pessoas.
Em seu escritos deixou dito que o governante sábio é aquele que se preocupa pelo bem-estar de seu povo:
- "O soberano inteligente organiza a produção de seus súditos de forma que possam sustentar a seu pai e a sua mãe, a seus filhos e esposas, que nos anos bons possam comer à vontade, e nos maus não morrer de fome. Uma vez alcançado isto, os dirigirá até a prática do bem e o povo o seguirá." (Mengzi, 1 a 7).