Madame du Barry
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jeanne Bècu, a futura Madame du Barry, nasceu em Baucoleurs no ano de 1743, uma pequena aldeia da Lorena, conhecida desde o século XV graças às façanhas heróicas de Joana d’Arc.
Era filha de uma cozinheira de nome Anne Bècu, e de pai desconhecido, provavelmente um frei do convento de Picpus, de nome Jean-Baptiste Gormand de Vaubernier. Graças à ajuda do novo amante de sua mãe, a pequena Jeanne pôde ser educada no convento de Saint-Aure, de Paris, onde recebeu uma educação muito superior à que poderia esperar, em função de sua condição social humilde.
Aos 15 anos de idade abandonou o convento, trabalhou em diversas tarefas, sempre alternando seu trabalho com uma intensa vida social.
Em 1763 conheceu o Conde du Barry, homem de costumes libertinos, tornando-se logo sua amante. Com o nome de Condessa du Barry, passou a viver entre os membros da nobreza e da aristocracia.
Em 1768 conheceu Luís XV, numa situação até hoje ignorada, que se apaixonou perdidamente pela jovem. Para torná-la sua amante oficial, era indispensável que Luís XV fizesse com que ela se casasse com algum membro da nobreza. O Conde du Barry, homem de recursos, libertino e sem escrúpulos, encontrou rapidamente a solução para o caso, fazendo com que ela se casasse com seu irmão, Gullaume. Assim, em 1769, Jeanne converteu-se na legítima Condessa du Barry, e amante reconhecida do Rei Luís XV.
Apesar de sua influência política não ter sido tão notória quanto a de sua antecessora, Madame de Pompadour, durante os cinco anos em que desfrutou do favor real, ela protegeu muitos intelectuais e artistas, entre os quais Drouais, Augustine Pajou, Van Loo, Etienne Falconet e Lemoyne.
Foi grande amiga de Voltaire, e quando em 1769 Luís XV a presenteou com o castelo de Louveciennes, foi ele o encarregado de concluir a sua restauração. Coube a Fragonard pintar em seu interior, uma obra estilo rococó hoje conhecida como O Progresso do Amor.
Quando Luís XV faleceu em 1774, Madame du Barry foi confinada na abadia de Pont-aux-Dames, de onde pôde sair dois anos depois. Quando finalmente foi-lhe concedida a liberdade, tratou de reorganizar sua nova vida, primeiro em seu castelo de Saint-Vrain, e depois em seu lugar favorito, o castelo de Louveciennes, onde rodeou-se de uma corte íntima de amigos e admiradores. Entre esses, encontrava-se o Duque de Brissac, que viria a ser o seu novo amante.
Em 1790 foi vítima de um incidente desagradável. Uma parte de sua coleção valiosa de diamantes que estavam depositados no castelo de Louveciennes foi roubada, o que a levou a viajar em três oportunidades para Londres. Em 1792, quando estourou a Revolução Francesa, seu amante, o Duque de Brissac foi brutalmente assassinado. Durante suas viagens a Londres, a busca por informações sobre o destino dos diamantes roubados, levou-a a relacionar-se com alguns emigrantes franceses. O governo francês considerou suspeitas essas relações, e em 1793 ela foi acusada de conspirar contra o novo regime.
Foi presa, julgada e condenada à pena de morte. Madame du Barry morreu guilhotinada no dia 8 de dezembro de 1793, aos 50 anos de idade.