Manuel Rafael Gorjão
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Manuel Rafael Gorjão Henriques (Lisboa 24 de Maio de 1846 - Guarda, freguesia de S. Vicente, 22 de Setembro de 1918), foi um militar português.
Manuel Rafael Gorjão era o segundo filho dos 10 que tiveram Francisco Rafael Gorjão Henriques da Cunha Coimbra Botado e Serra (1823-1883) e sua mulher D. Maria Ana Isabel Coutinho Pereira de Seabra e Sousa (filha do 1.º Visconde da Bahía, de juro e herdade, e 1.º Conde da Bahía; neta paterna de José de Seabra da Silva, poderoso ministro dos Reis D. José e D. Maria I; e neta materna do 1.º Conde de Rio Maior. Para a sua ascendência varonil, v.g. http://genealogia.netopia.pt/0092/pessoas.php?id=1028661.
Apesar de liberal, nele caíu a Chefia da Casa dos Gorjão Henriques, por morte do seu irmão primogénito Duarte Rafael, em Oeiras, a 26.9.1893. Casou duas vezes, a primeira, na Quinta de Abrigada, a 5.1.1881, com sua prima co-irmã D. Leonor Beatriz Maria da Conceição Ernestina de Mendonça Coutinho Saldanha e Daun, filha e representante de seus Pais o 1.º Visconde da Abrigada, José Maria Camilo de Mendonça, e sua mulher D. Maria Leonor Ernestina Coutinho de Seabra de Saldanha e Daun. Enviuvando a 6.8.1891, casou a segunda vez, a 12.5.1897, com D. Feliciana de Portugal da Silveira Lobo de Vasconcelos, filha de José Maria Lobo Correia de Lacerda Lebrim de Vasconcelos e de sua mulher D. Ana Augusta Ribeiro Saraiva Portugal da Silveira. Teve filhos de ambos os casamentos, tendo-se extinto apenas a geração do segundo casamento.
- Manuel Rafael Gorjão seguiu a carreira militar, entre os quais destacamos:
- Cursou a escola politécnica (1863-1867) e a Escola de Engenharia Militar (1867-1870);
- Alferes (27.6.1860);
- Tenente (10.10.1866);
- Capitão (4.3.1874);
- Major (31.10.1884);
- Tenente-Coronel (4.1.1888);
- Coronel (13.8.1890);
- General de Brigada (23.2.1898);
- General de Divisão (15.6.1906);
- Cargos públicos:
- Director das Obras Públicas de Cabo Verde;
- Director das Obras Públicas da Província de Angola (1876);
- Prestou serviço em Cabo Verde durante 1873.
- Colaborou no estudo da construção do caminho de ferro de Ambaca no Cuanza Norte em Angola.
- Governador de Manica e Sofala da Companhia de Moçambique (1897-1899);
- Governador da Companhia de Moçambique (1898-1900).
- Governador Geral de Moçambique entre Outubro de 1900 a Dezembro de 1902, cargo que lhe permitiu impulsionar as obras no porto de Lourenço Marques. Durante a guerra anglo-boer, negociou o modus vivendi entre Moçambique e o Transvaal, que lhe valeu a atribuição, pelo Rei Eduardo VII de Inglaterra, da Ordem de Bath com o título de "Sir" na Corte de Inglaterra;
- Ministro da Marinha e do Ultramar entre 23 de Fevereiro de 1903 a 20 de Outubro de 1904.
- Comandante militar de Lisboa, aquando da Revolução de 1910.
- Comendas:
- Comendador e Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (31.12.1901);
- Par do Reino (1902);
[editar] Referências
A sua vida, ascendência e descendência foi estudada por Nuno Gorjão Henriques/Miguel Gorjão-Henriques, no livro Gorjão Henriques,Lisboa, 2006.
Precedido por Joaquim José Machado |
Governador de Moçambique 1900 — 1902 |
Sucedido por Tomás António Garcia Rosado |
Precedido por ' |
Ministro da Marinha e do Ultramar Monarquia Constitucional |
Sucedido por ' |