Maoris
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Os maoris são um povo indígena da Nova Zelândia e também, juntamente com o inglês, a língua oficial da Nova Zelândia.
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[editar] Nomeação e auto-nomeação
Na língua maori, a palavra maori significa "normal" ou "ordinário". Em lendas e outras tradições orais, a palavra distinguia seres humanos mortais de divindades e espíritos. Maori tem cognatos em outras línguas da Polinésia, como na língua havaiana ('Maoli') e na língua taitiana ('Maohi'), e todos têm sentidos semelhantes.
Os primeiros exploradores europeus às ilhas da Nova Zelândia se referiam às pessoas que lá encontraram como "índios", "aborígenes", "nativos" ou "neozelandezes". Maori permaneceu como o termo usado pelos maoris para descreverem a si mesmos. Em 1947, o Departamento de Relações Nativas foi renomeado para Departamento de Relações Maoris para reafirmar a decisão.
[editar] Origens maoris
A Nova Zelândia foi uma dos últimos lugares da Terra a serem descobertos e colonizados.
Provas arqueológicas e lingüísticas (Sutton, 1994) sugerem que provavelmente ondas de migrações vieram do leste da Polinésia para a Nova Zelândia entre 800 e 1300 a.C. A história maoris descrevem a chegada em Hawaiki (um lugar lendário na parte tropical da Polinésia) por grandes canoas que cruzavam os oceanos (wakas).
Não existe nenhuma prova de assentamento humano na Nova Zelândia antes dos viajantes maoris; por outro lado, evidências fortes da arqueologia, lingüística e antropologia física indicam que os primeiros povoadores vieram do leste da Polinésia e se tornaram os maoris.
[editar] Interações com a Europa antes de 1840
A colonização européia da Nova Zelândia foi relativamente recente. O historiador neozelandês Michael King conta em The Penguin History Of New Zealand que os maoris são "a última comunidade humana na Terra intocada e não-afetada pelo resto do mundo".
Os primeiros exploradores europeus — incluindo Abel Tasman (que chegou em 1642) e o capitão James Cook (que visitou pela primeira vez em 1769) — relataram encontros com maoris. Estes primeiros relatos descreviam os maoris como uma raça de guerreiros ferozes e orgulhosos. Guerras inter-tribais ocorriam freqüentemente durante este período, com os vitoriosos escravizando ou até comendo os perdedores.
No começo dos anos 1780 os maoris tiveram encontros com marinheiros e baleeiros; alguns até eram tripulantes dos navios estrangeiros. A corrente contínua de presos que escapavam e de outros desertores em navios da Austrália também expôs a população indígena da Nova Zelândia à influências de fora.
Em 1830 estimava-se que o número de europeus vivendo entre os maoris fosse de cerca de 2.000. As posições dos recém-chegados variavam de escravos a conselheiros de alto nível, de prisioneiros a outros que abandonaram a cultura européia e se indentificaram como maoris. Quando Pomare comandou um destacamento de guerra contra Titore em 1838, ele tinha 132 mercenários entre seus guerreiros. Frederick Edward Maning, um dos primeiros colonos, escreveu dois livros contemporâneos de sua vida, que se tornaram clássicos na literatura neozelandeza: Old New Zealand e History of the War in the North of New Zealand against the Chief Heke.
Durante este período, a aquisição de mosquetes pelas tribos em contato com os europeus desestabilizou o equilíbrio de poder antes existente entre as tribos maoris, e então começou um período de guerrilha sangrenta inter-tribal, conhecida como "Guerra dos Mosquetes", que resultou na exterminação efetiva de várias tribos e a migração de várias outras para fora de seus territórios tradicionais. Doenças européias também mataram um grande número de maoris durante este período (o número exato é desconhecido, mas as estimativas variam entre 10% e 50%).
Com a crescente atividade missionária européia e a colonização durante os anos 1830s — somada à falta de leis européias na colônia — a Coroa Inglesa, como potência mundial da época, foi pressionada para interferir contra o extermínio dos maoris.
[editar] Referências
- Australian Bureau of Statistics (2004). Australians' Ancestries: 2001. Canberra: Australian Bureau of Statistics, Catalogue Number 2054.0.
- Biggs, Bruce (1994). "Does Maori have a closest relative?" in Sutton (ed.) 1994, pp. 96–105.
- Hiroa, Te Rangi (Sir Peter Buck) (1974). The Coming of the Maori. Segunda edição. Primeira edição, 1949. Wellington: Whitcombe and Tombs.
- Irwin, Geoffrey (1992). The Prehistoric Exploration and Colonisation of the Pacific. Cambridge: Cambridge University Press.
- Simmons, D.R. (1997). Ta Moko, The Art of Maori Tattoo. Edição revisada; primeira edição, 1986. Auckland: Reed.
- Statistics Canada (2003). Ethnic Origin (232), Sex (3) and Single and Multiple Responses (3) for Population, for Canada, Provinces, Territories, Census Metropolitan Areas and Census Agglomerations, 2001 Census — 20% Sample Data. Ottawa: Statistics Canada, Cat. No. 97F0010XCB2001001.
- Statistics New Zealand (2005). Estimated resident population of Māori ethnic group, at 30 June 1991–2005, selected age groups by sex. Wellington: Statistics New Zealand.
- Sutton, Douglas G. (Ed.) (1994). The Origins of the First New Zealanders. Auckland: Auckland University Press.
- United States Census Bureau (2003). Census 2000 Foreign-Born Profiles (STP-159): Country of Birth: New Zealand. Washington, D.C.: U.S. Census Bureau.
- Walrond, Carl (2005). Māori overseas, Te Ara — the Encyclopedia of New Zealand.
[editar] Ver também
[editar] Links externos
- Maori.info — Página que aborda vários aspectos da cultura Māori. ((en))
- Aotearoa Cafe — Fórum de discussão sobre os maori, sua política, sua história e sua arte. ((en))
- Aotearoa Māori Internet Organisation — Fórum de discussão acerca dos maoris e sua cultura. ((en))
- Lista de sites relacionados à cultura maori. ((en))