Marshall McLuhan
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Herbert Marshall McLuhan (Edmonton, 21 de julho de 1911 — Toronto, 31 de dezembro de 1980) foi um filósofo e educador canadiano.
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[editar] Formação
Começou por estudar Engenharia, na Universidade de Manitoba, em 1932, mas acabou por se formar em Literatura Inglesa, em 1934.
Ensinou na Universidade de Wisconsin, entre 1936 e 1937. Fez o mestrado em Cambridge, em 1939, e doutorou-se, em 1943, com uma tese sobre o autor satírico Inglaterra|inglês Thomas Nashe.
Entre 1944 e 1946, foi professor na Universidade de Assumption, em Ontário, e na Universidade de Toronto, entre 1946 e 1979. Das suas cerca de 15 obras, fazem parte livros como The Medium is the Message: An Inventory of Effects, e War and Peace in the Global Village.
[editar] As idéias
McLuhan introduz as frases o impacto sensorial, o meio é a mensagem e aldeia global como metáforas para a sociedade contemporânea, ao ponto de se tornarem parte da nossa linguagem do dia-a-dia.
Teórico dos meios de comunicação, foi precursor dos estudos midiológicos. Seu foco de interesse não são os efeitos ideológicos dos meios de comunicação sobre as pessoas, mas a interferência deles nas sensações humanas, daí o conceito de "meios de comunicaçao como extensões do homem" (título de uma de suas obras), ou "prótese técnica". Em outras palavras, a forma de um meio social tem a ver as novas maneiras de percepção instauradas pelas tecnologias da informação. Os próprios meios são a causa e o motivo das estruturas sociais.
[editar] A Fama
Adquiriu proeminência internacional com idéias que têm estimulado milhares de artistas, intelectuais e jornalistas, em todo o mundo, ao ponto da revista Fortune o nomear como "uma das principais influências intelectuais do nosso tempo". Tamanho reconhecimento deve-se, entre outros fatores, ao pionerismo no estudo das tecnologias e seus impactos na construção da sociedade humana em suas diferentes fases, ou nas palavras do próprio, "galáxias".
As suas publicações contribuíram para combater a inércia de um público tanto académico como popular, numa altura em que o otimismo estava na moda. Segundo a revista The New Yorker, "o que continua importante é a postura global de McLuhan e a sua busca do novo. Ele deu o necessário impulso ao grande debate sobre o que está a acontecer ao Homem nesta idade de rápida aceleração tecnológica".
É de sua autoria uma famosa frase que descreve a TV: Visão, som e fúria.
[editar] Últimos pensamentos
Na sua última aparição na televisão, na Universidade de York, em Toronto, durante a primavera de 1979, fez uma síntese final da sua teoria. Tinha começado a olhar todos os artefactos humanos, desde os primeiros instrumentos até aos media electrónicos, incluindo os computadores, como extensões do corpo humano e do seu sistema nervoso - e como componentes da evolução humana, de um modo que Darwin nunca poderia ter imaginado.
Em Setembro de 1979, McLuhan sofreu uma trombose que o deixou incapaz de falar, ler ou escrever. Morreu enquanto dormia a 31 de dezembro de 1980.
[editar] Obras
No mundo (em Inglês)
- 1962. The Gutenberg Galaxy: The Making of Typographic Man. Toronto: University of Toronto Press.
- 1964. Understanding Media: The Extensions of Man. New York: McGraw-Hill.
- 1967. The Medium is the Massage: An Inventory of Effects. New York: Bantam Books.
- 1968. War and Peace in the Global Village. New York: Bantam Books.
- 1969. "Communication in the Global Village." In This Cybernetic Age, edited by Don Toppin. 158-67. New York: Human Development Corporation.
Em Espanhol
- 1996. La aldea global
No Brasil
- 1972. A Galáxia de Gutenberg : a formacao do homem tipografico. Ed. da Univ. de Sao Paulo,
- 1969. O meio sao as massa-gens. Ed. Record
- 1996. Os meios de comunicação como extensões do homem. Editora Cultrix