Matias de Albuquerque
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Matias de Albuquerque, 1° Conde de Alegrete, nasceu na Vila de Olinda, sede da Capitania de Pernambuco, no Estado do Brasil, da qual seu irmão era donatário, na última década século XVI.
Exercendo o governo de Pernambuco, quando da invasão holandesa da capital do Brasil, Salvador (1624), foi designado interinamente pela Câmara (refugiada na Vila da Vitória, na Capitania do Espírito Santo) para o cargo de Governador-Geral dos Estados do Brasil, diante da captura e deportação do seu antecessor, D. Diogo de Mendonça Furtado (1621-1624).
Assim que foi informado da nomeação, pretendeu partir imediatamente em socorro da capital ocupada. Atendendo a conselhos, permaneceu em Olinda, de onde enviou expressivos reforços para a guerrilha sediada no arraial do rio Vermelho e no Recôncavo.
Em fins de 1626 transmitiu o cargo a seu sucessor, Diogo Luís de Oliveira (1626-1635). Chamado à Corte, diante dos rumores da preparação de uma grande expedição neerlandesa para invadir o nordeste do Brasil, foi nomeado Visitador e fortificador das capitanias do norte, retornando em fins de 1629 ao Brasil com os pouquíssimos recursos que lhe foram disponibilizados para o encargo.
Assim mesmo, enfrentou em fevereiro de 1630 a segunda das invasões holandesas do Brasil em Olinda e Recife, sendo forçado a recuar diante da superioridade dos atacantes. Incendiou os armazéns do porto de Recife, impedindo o saque do açúcar pela Companhia das Índias Ocidentais. Reorganizou a defesa luso-espanhola a partir do arraial (velho) do Bom Jesus, a meia-distância entre Olinda e Recife, confinando os agressores ao perímetro urbano daquela povoação e vila até 1634.
Após o cerco e destruição do Arraial do Bom Jesus, foi forçado a recuar com suas forças para a Capitania da Bahia. De passagem por Alagoas, reconquistou temporáriamente Porto Calvo, capturando na ocasião Domingos Fernandes Calabar, que julgou e sentenciou à morte por traição.
Intimado a retornar a Portugal, foi responsabilizado pela perda de Pernambuco e detido no Castelo de São Jorge.
Libertado com a Restauração da independência em 1640, foi designado para o Alentejo, onde complementou as defesas da Praça-forte de Olivença, da praça de Elvas e da praça de Campo Maior.
Ao vencer a batalha do Montijo contra os espanhóis (1644) confirmou os seus méritos de militar (general), sendo recompensado com o título de 1º conde de Alegrete. Em «História do Portugal Restaurado», do conde da Ericeira, diz-se que em 26 de maio, junto ao Montijo, fez uma prática aos soldados a quem exortou ao combate. ´No sucesso de hoje, consiste a conservação de nossas vidas, a liberdade da nossa Pátria e a opinião da nossa monarquia... A pelejar, valorosos portugueses, que o inimigo vem chegand! A pelejar, que é o mesmo que mandar-vos a vencer!» E conta Veríssimo Serrão em seu volume V da «História de Portugal»: ´De tal modo a batalha de Montijo revigorou o ideal da Restauração que a notícia logo se divulgou pela via diplomática e Matias de Albuquerque foi agraciado com o título de conde de Alegrete.´
Foi o único possuidor do título condal, que veio a perder em 1646, morrendo pouco depois em Lisboa -1647.
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