McDonnell Douglas A-4 Skyhawk
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McDonnell Douglas A-4 Skyhawk | |
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Descrição | |
Fabricante | Douglas Aircraft Corporation |
Primeiro vôo | 1954 |
Entrada ao serviço | 1956 |
Missão | Aeronave de Ataque |
Tripulação | 1 (ou 2 na versão de treinamento) |
Dimensões | |
Comprimento | 12,2 m |
Envergadura | 8,4 m |
Altura | 4,6 m |
Área (asas) | 24,15 m² |
Peso | |
Tara | 4.750 kg |
Peso total | 8.318 kg |
Peso bruto máximo | 11.136 kg |
Propulsão | |
Motores | 1 x Pratt & Whitney J52 |
Força(por motor) | kN |
Performance | |
Velocidade máxima |
1.077 km/h (Mach: ) |
Alcance bélico | km |
Alcance | km |
Tecto máximo |
m |
Relação de subida | m/min |
Armamento | |
Metralhadoras | 2× 20 mm Colt Mk 12 cannon, 100 tiros por arma |
Mísseis/ Bombas |
AIM-9 Sidewinder e 4,490 kg em bombas |
O McDonnell Douglas A-4 Skyhawk é um avião de ataque naval especialmente desenvolvido para operar a partir de porta-aviões. Desenvolvido nos anos 1950 para a Marinha dos EUA, o pequeno, econômico, mas versátil Skyhawk continua em uso em diversas forças aéreas do mundo.
Índice |
[editar] História
Em janeiro de 1952, a equipe do respeitado Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha Americana em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555km, capaz de transportar 908kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13.600kg e que não deveria custar mais de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares) por unidade. Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou a Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passsaram logo depois para para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.
O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01m, peso de 5.440kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2.250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões. O primeiro vôo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de 1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas como YA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1 (A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro vôo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500km, atingindo 1.118 km/h.
As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2.960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes. A último versão produzida nova para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.
No decorrer de sua carreira, o Skyhawk perdeu a função de ataque nuclear mas ganhou a capacidade para operar em qualquer tempo, sendo que a principal modificação visível foi uma espécie de "corcunda" ou "corcova", introduzida, a partir do modelo A-4F, na parte superior da fuselagem, para receber aviônicos. Os aviões assim fabricados (e os modelos mais antigos que também ganharam a "corcova") ficaram conhecidos como camel (camelo). Mas o A-4 possuía outros apelidos, como bantam (o equivalente em inglês ao peso galo do boxe) e scooter (patinete) uma alusão à grande altura do trem de pouso. Devido ao apelido bantam, alguns pilotos se referiam (referem) ao Skyhawk como galinho-de-briga ou bombardeiro peso galo. Interessante lembrar que o nome Skyhawk significa gavião do céu.
A serviço dos EUA, os Skyhawks continuaram voando na função Agressor para o fuzileiros e para a marinha até o final do século XX. Esta última também operou o aparelho na equipe acrobática Blue Angels e o modelo TA-4J operou nos esquadrões de treinamento avançado até 1999, quando foram substituídos por T-45A Goshawk.
A grande versatilidade do Skyhawk fez dele uma ótima opção para diversas forças aéreas ao redor do mundo, razão pela qual o avião ainda continua em plena atividade no início do século XXI. 2.960 aeronaves foram produzidas.
Pela Força Aérea e Marinha Argentinas, teve destacado papel na Guerra das Malvinas. A Argentina, junto com Israel, foi um dos maiores operadores do Skyhawk. Desde 1998, uma versão modernizada conhecida como A-4AR Fightinghawk está operando pela Força Aérea Argentina. Esta versão está equipada com o radar ARG-1, uma versão do AN/APG-66 do F-16. 36 unidades estão operacionais.
[editar] Operadores
Entre os operadores do A-4 Skyhawk nas suas diversas variantes incluem-se os seguintes países e as seguintes forças armadas:
- Argentina (Força Aérea e Marinha)
- Brasil (ver abaixo)
- Israel (Força Aérea)
- Kuwait (Força Aérea)
- Singapura (Força Aérea)
- Austrália (Marinha)
- Malásia (Força Aérea )
- Nova Zelândia (Força Aérea)
- EUA (Marinha e Corpo de Fuzileiros)
[editar] Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil possui 23 exemplares de Skyhawk da versão A-4KU, a última a ser produzida. Desses, 20 são monopostos (versão A-4KU) e 3 bipostos de treinamento (versão TA-4KU). Destas aeronaves, cinco monoplaces são utilizados como fontes de peças.
O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A.
Os Skyhawk brasileiros ficam sediados na Base Aérea Naval de São Pedro Aldeia (BAeNSPA) e operam embarcados no NAe São Paulo.