Muleta
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Designa um pedaço de flanela vermelha que se usa como instrumento de engano para tourear no último terço da lide. Na parte superior coloca-se-lhe um pau, do qual ela fica suspensa, caindo simetricamente para ambos os lados, estando fixada na extremidade de fora por um espigão de ferro e na parte de dentro, junto ao toureiro, por um camarão. Juntamente com a espada, constitui aquilo a que se chamam aprestos para matar.
Muleta de tartaranha é uma das mais vulgares embarcações portuguesas, caída em desuso em finais do séc. XIX. Os seus portos de armamento eram o Seixal e o Barreiro. Embarcação de pesca de arrasto à vela, aparelhava uma arte de rede de arrasto pelo fundo em forma de saco, chamada arte de tartaranha. A sua zona de actuação limitava-se aos estuários do Tejo e do Sado e à plataforma continental entre os Cabos da Roca e Espichel. Pescava principalmente peixe areado (azevia, linguado e solha). Considerada durante muito tempo como uma embarcação de tipo romano (ou mesmo mais antiga), a moderna investigação situa-a em Portugal numa data muito mais recente (sécs. XVI-XVII). A muleta de tartaranha foi substituída nos finais do séc. XIX pelo bote de tartaranha, embarcação tradicional do tipo dos barcos do Tejo, que desenvolveu a sua actividade até finais da II Guerra Mundial. Um dos aspectos mais característicos da muleta e do bote de tartarenha é o aspecto vélico, constituido por um conjunto grande de velas armadas a vante e a ré, triangulares e rectangulares.