Munio de Zamora
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Munio de Zamora (falecido em 1300) tornou-se o sétimo Mestre Geral da Ordem dos Pregadores em 1285, entre acusações de manipulação e influência política do seu patrono, Sancho IV de Castela, mas foi dramáticamente removido do seu posto em 1290, numa operação que envolveu o Arcebispo de Génova, Jacob de Voragine, o qual é recordado como o autor da Legenda Dourada. Múnio foi parcialmente reabilitado em 1294 quando foi indicado como bispo de Palência, graças à intervenção do seu protector, o rei Sancho.
Em 1285 Munio promulgou a Regra dos Irmãos e Irmãs da Penitência de São Domingos (Regula Fratrum et Sororum Ordinis of Paenitentia Beati Dominici), a qual providenciava uma regra de vida (que esteve em vigor até ao início do século XX)) para os leigos, homens e mulheres, integrando-os na Ordem dos Pregadores. Tal regra foi mais conhecida como Regra da Ordem Terceira de São Domingos e mais recentemente (1985), foi adoptada uma nova, sob a desingação de Regra das Fraternidades Leigas de São Domingos.
Múnio de Zamora regularizou uma situação que vinha já desde os tempos de Domingos de Gusmão, pela qual homens e mulheres, inspirados no modelo de vida dos frades e monjas particopavam, ao seu estilo, no esforço e missão de pregação da Ordem. Por intermédio de uma promessa feita ao Mestre Geral, a Regra de Múnio permitia que os leigos vivessem em família, isoladamente ou mesmo em comunidades, participando de pleno direito na Ordem. Dos leigos dominicanos mais conhecidos encontram-se Catarina de Sena, Rosa de Lima, Sigrid Undset, Dante Alighieri, Giorgio La Pira ou Aldo Moro.
Só por esse feito, Múnio de Zamora é louvado e recordado na historiagrafia oficial da Ordem.
Munio está sepultado na antiga Basílica de Santa Sabina, a sede oficial actual da Ordem, em Roma.
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