Museu Nacional dos Coches
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O Museu Nacional dos Coches está situado no bairro de Belém em Lisboa, junto ao rio Tejo na Praça Afonso de Albuquerque.
Era antigamente uma escola de equitação, O Picadeiro Real do Palácio de Belém, construída pelo arquitecto italiano Giacomo Azzolini, em 1726. Em 1905, foi transformada num museu pela rainha D. Amélia, a esposa do rei D. Carlos.
Feitos em Portugal, Itália, França, Áustria e Espanha, os coches abrangem três séculos e vão dos mais simples aos mais sofisticados. A galeria principal, no estilo Luís XVI, é ocupada por duas filas de coches construídos para a realeza portuguesa. A colecção começa pelo coche de viagem de D. Filipe I de Portugal (II de Espanha), de madeira e couro vermelho, do século XVII. os coches são forrados a veludo vermelho e ouro, com exteriores esculpidos e decorados com alegorias e as armas reais, trabalho denominado talha dourada. As filas terminam com três enormes coches barrocos feitos em Roma para o embaixador português no Vaticano D. Rodrigo Almeida e Menezes, marquês de Abrantes em embaixada enviada ao papa Clemente XI a mando do rei João V de Portugal. Estes coches de 5 toneladas têm interiores luxuosos e esculturas douradas em tamanho natural, durante muitos anos nenhum monarca europeu enviou embaixadas ao Vaticano por não se conseguir igualar tamanha magnitude.
A galeria seguinte tem outros exemplos de carruagens reais, incluindo cabriolés de duas rodas e landaus da Família Real. Têm também um táxi da Lisboa do século XIX, pintado de preto e verde, as cores dos táxis até à década de 90. A caleche do século XVIII, com janelas que parecem olhos, foi fabricada durante a época de Pombal. A galeria superior exibe arneses, trajos da corte e retratos a óleo da família real.
O Museu Nacional dos Coches possui ainda um anexo no Paço Ducal de Vila Viçosa, onde vêem-se algumas viaturas de aparato, sendo o seu forte viaturas de campo, caça e passeio. Está em Vila Viçosa o coche onde foram assassinados o rei Carlos I de Portugal e seu filho o príncipe herdeiro Luís Filipe, onde pode-se observar os buracos de bala feitos no atentado republicano de 1910.