O Berço da Civilização
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As primeiras cidades resultaram do crescimento populacional que se sucedeu à adoção da agricultura como forma de vida, em oposição à caça.
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[editar] Summer (8000-3000ac)
O aparecimento das primeiras cidades ocorreu no sul da Mesopotâmia (4000 ac), junto às férteis planícies dos rios Tigre e Eufrates. Os sumerianos organizavam-se em Cidades-Estados que lutavam entre si, procurando o poder hegemônico. Os êxitos sempre foram pouco significativos, porém Nippur e Kish sempre mantiveram um certo domínio cultural. No sul, os Estados ricos de Ur e Lagash controlavam a região, lutando continuamente com Umma, o seu vizinho do norte.
O comércio era fundamental para as cidades sumerianas, uma vez que a Mesopotâmia carecia de matérias-primas básicas, tais como a madeira e metais. Os sumerianos comerciavam a distâncias impressionantes: até o Afeganistão, com o lápis-lazúli; até o Indo, com pedras preciosas; até as montanhas da Anatólia e Pérsia, para obter minerais metálicos; e até os montes Zagros e Síria, para a madeira.
[editar] Império Acádio (2371-2230ac)
Sargão I (2371-2316ac), da dinastia de Agadé, funda o primeiro império da história universal ao centralizar o poder das Cidades-Estados, estendendo suas conquistas desde o sudoeste da Pérsia até a Síria.
[editar] Império de Ur (2112-2004ac)
A invasão dos guti dos Zagros Centrais iniciou a ruína do Império Acádio e o renascimento do sistema sumeriano de Cidades-Estados. Contudo, em pouco tempo, Ur surgiu como potência dominadora, estabelecendo um novo império altamente burocrático, porém mais compacto e estável que o de Agadé.
O Império de Ur foi destruído pela invasão estrangeira dos amoritas (2000ac), um povo semítico do leste da Síria.
[editar] Babilônia (1750-1595ac)
Após a morte do amorita Shamishi-Adad I, a Babilônia surgiu como a cidade mais importante na Mesopotâmia durante o reinado de Hammurabi (1792-1750ac).
As dinastias oponentes se concentraram no reino de Mari, na Síria, porém todas acabariam sendo conquistadas por Hammurabi.
[editar] Hititas e Mittani (1600-1200ac)
A queda da primeira dinastia da Babilônia (1595ac) foi seguida por um Egito, a mais antiga destas potências, tinha um governo forte e centralizado. O interesse egípcio na Síria devia-se tanto por sua importância mercantil, bem como o controle deste território significava uma forma de proteção contra novas invasões de povos asiáticos.
Os hititas, estabelecidos na Anatólia central, eram a segunda potência. O Estado hitita (1650-1200ac), com sua poderosa capital fortificada em Bogazköy, expandiu seu poder gradativamente ao oeste no sentido do Mar Egeu, e ao sul em direção à Síria.
A terceira potência era o reino Mitanni (±1500-1300ac), um Estado predominantemente hurrita, concentrado nas estepes do norte da Mesopotâmia, e que, em sua maior extensão, alcançou o controle de todo o norte da Síria e Cilícea.
[editar] Queda do Império Assírio (605ac)
A aliança entre Nabopolasar (625-605ac) da Babilônia e Ciaxares dos medos (633-584ac) foi a causa da captura de Niníve e destruição da Assíria (612 ac).
Houve ainda a resistência de alguns remanescentes do exército assírio, que viriam a ser aniquilados em Karkemish (605ac).
[editar] Nabucodonosor (605-562ac)
Os vitoriosos babilônicos ficaram com as terras baixas da Mesopotâmia, as quais transformaram-se na base do Novo Império da Babilônia durante o reinado de Nabucodonosor.
O filho de Nabopolasar tornou-se o mais conhecido governante babilônico, sendo o responsável pela conquista de Judá e a destruição de Jerusalém (586 ac), bem como pela construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do Mundo Antigo.
Os sucessores de Nabucodonosor deixaram o vasto império babilônico desparecer ante o imperador persa Ciro I (539ac).
[editar] Pérsia (550-330ac)
Ciro, então príncipe da Pérsia e vassalo dos medos, uniu as tribos persas e rebelou-se contra o rei dos medos, dando origem ao primeiro Império Persa (ou Aquemênida/ 550ac). O reinado de Ciro I (550-525ac) estendeu-se pela Ásia Menor, Babilônia e Afeganistão. Depois do falecimento de Ciro, Cambises (525-522ac) e Dario I (522-486ac) continuaram com as campanhas expedicionárias e conseguiram anexar o Egito, formando assim o maior e mais poderoso império conhecido daquela época.
O grande Palácio de Persépolis, uma das principais residências dos reis aquemênidas, foi construído durante o reino de Dario I (500ac). Outras cidades, como Susa, o centro administrativo do Império, também possuíam palácios igualmente suntuosos e que eram frequentados pela corte conforme as estações do ano.
A consolidação do Império Persa coincidiu com a expansão das relações comerciais que, pela primeira vez, conseguiu a união entre a Ásia Oriental e Ocidental. A rota comercial mais conhecida cruzava as estepes e desertos da Ásia Central, por onde se transportava a seda vinda da China até o Oriente Médio e Europa (o Caminho da Seda/ a partir de 550ac).