Osho
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Osho originalmente é um título de reverência concedido a certos mestres na tradição Zen do Budismo. Por exemplo, "Osho Boddhidharma".
Atualmente, o título é mais comumente relacionado com o controvertido filósofo indiano originalmente conhecido como Bhagwan Shree Rajneesh. Mesmo não sendo budista ou um mestre pertencente à tradição Zen, a partir de certo momento, ele passa a ser chamado de Osho por seus discipulos e começa, então, a ser reconhecido mundialmente com esse nome. Isso se dá no final dos anos 80, no momento em que ele abandona definitivamente todos os seus nomes e os títulos pelos quais era conhecido anteriormente.
Em um de seus discursos sobre o Zen, registrado no capítulo 2 do livro "Zen: The Diamond Thunderbolt", ele diz o seguinte sobre esse nome: "'Osho' é uma palavra muito respeitosa. É um modo de chamar alguém de quase divino. Ela é, em essência, tão respeitosa, que somente um discípulo chama um mestre de "Osho"."
De fato, Osho nunca foi budista, nem teve qualquer outra religião, mas, de acordo com seus discípulos e admiradores de sua obra - até mesmo mestres contemporâneos do Zen, no Japão - pode-se compreender muito do budismo e do espírito do Zen lendo seus livros sobre os mais diferentes mestres dessa tradição. Ao comentar os velhos textos do budismo, Osho não se refere ao budismo formal, institucional, mas ao significado profundo dos ensinamentos de Gautama, O Buda. O mesmo acontece quando ele fala de Jesus e de todos os outros mestres sobre os quais se criou uma tradição. Osho nunca deu apoio a nenuma religião estabelecida e ficou conhecido nos meios de comunicação social como o guru do sexo e dos ricos - em função de seu trabalho contra a repressão sexual e da frota de 93 Rolls-Royces que existiam em sua comuna nos Estados Unidos, uma cidade que passou a se chamar 'Rajneeshpuram' e que recebia, no início dos anos 80, milhares de visitantes de todo o mundo. A nova cidade se vê então sob a mira de ataques legais abundantes e crescentes, por parte do governo do Óregon e da maioria cristã nesse Estado norte-americano. Osho é então acusado, entre outras coisas, de perversão, realização de lavagem cerebral e de fuga aos impostos. Foi preso e posteriormente deportado dos Estados Unidos. A partir daí, a sua entrada ou estadia lhe foi negada em cerca de vinte e um países.
Em julho de 1986 Osho chega a Bombaim, Índia, onde fica por seis meses, e, então, muda-se para o ashram em Puna, onde ele tinha morado a maior parte dos anos setenta. Imediatamente após a chegada de Osho, o chefe de polícia da cidade ordena-lhe que saia de lá, sob os argumentos de que Ele era uma “pessoa controversa” que poderia “perturbar a tranqüilidade da cidade”. Mas a ordem é revogada no mesmo dia pelo Supremo Tribunal de Bombaim. As Embaixadas indianas ao redor do mundo e os funcionários de imigração no aeroporto de Bombaim começam a dificultar a entrada de ocidentais “identificados como seguidores do Acharya Rajneesh”. Todavia, apesar das tentativas dos governos do “mundo livre” para isolar Osho, num virtual exílio interno, seus discípulos e admiradores de todo mundo chegam aos milhares a Puna. Em novembro de 1987, após sete semanas doente, quando uma simples infecção negava-se a responder a qualquer tratamento, seus médicos diagnosticam uma deterioração generalizada das suas condições físicas, devido a envenenamento; uma análise posterior conclui que era envenenamento por tálium, um metal pesado de efeito lento, progressivo e fatal. Durante um discurso público, Osho afirma a convicção de que o governo dos Estados Unidos o havia lentamente envenenado durante os 12 dias em que ele estivera sob sua custódia, em setembro de 1985. Em 19 de janeiro de 1990, Osho morre. Em um dos seus últimos discursos, resumindo o que espera que aconteça após sua morte ele diz: "Permanecerei uma fonte de inspiração para o meu povo, e é isso que a maioria dos meus saniássins sentirá. Quero que eles desenvolvam por si mesmos qualidades como o amor, à volta do qual nenhuma igreja pode ser criada; como consciência, que não é o monopólio de ninguém; como celebração, deleite; e que se mantenham rejuvenescidos, com os olhos de uma criança... Quero que as pessoas se conheçam a si mesmas, que não sigam as expectativas dos outros. E a única maneira é voltando-se para dentro.”
Atualmente, as meditações criadas por Osho continuam a ser oferecidas no Osho Resort em Puna, na Índia e nos vários centros de meditação espalhados em diferentes partes do mundo. Os seus discursos estão disponíveis em livros, vídeos, DVDs, cassetes, e no site oficial em http://www.osho.com/.