Palácio dos Capitães-Generais
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O Palácio dos Capitães-Generais também chamado Palácio de S. Paulo, é um dos principais monumentos históricos da Ilha de Moçambique. Foi construído em 1610 para servir como colégio de jesuítas, exactamente no sítio duma capela construída pelos portugueses junto à Torre de S. Gabriel no ano de 1507, data em que tinham ocupado a Ilha, e que tinha sido recentemente (1608) destruída por holandeses.
O palácio foi destruído pelo fogo em 1670, mas reconstruído quatro anos mais tarde. Com as reformas pombalinas, os jesuítas foram expulsos e, em 1759, o palácio foi adaptado para servir como residência do Governador Geral - ou "Capitão-General" do "Estado de Moçambique" e manteve-se nessa função até 1898 quando a capital da colónia passou para Lourenço Marques.
A partir dessa altura, o Palácio de S. Paulo passou a ser ocupado pelo Governador do Distrito de Moçambique, até 1935, quando a capital do distrito foi mudada para Nampula. Manteve-se desocupado até 1956, ano em que passou a servir para o presidente da República Portuguesa e seus ministros, em visita à colónia.
Em 1969, o edifício foi remodelado, por ocasião da inauguração da ponte que liga a ilha ao continente. Em 1975, nele pernoitou Samora Machel, durante a sua histórica viagem do Rovuma ao Maputo e, como um dos seus guarda-costas, destruiu uma valiosa poltrona de palhinha, o futuro primeiro presidente de Moçambique decretou que o Palácio fosse transformado em museu, a fim de preservar o seu rico património.
O palácio contém uma das maiores colecções do mundo de mobiliário indo-português. A igreja de S. Paulo, anexa (e que deu ao palácio o seu nome alternativo), possui um majestoso retábulo em talha dourada, em estilo barroco, e um púlpito no mesmo estilo com as figuras de oito santos em talha pintada. Ao lado, existe a Igreja da Misericórdia, que funciona como Museu de Arte Sacra.