Porto Murtinho
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Município de Porto Murtinho | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Porto Murtinho é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul. Localiza-se a uma latitude 21º41'56" sul e a uma longitude 57º52'57" oeste, estando a uma altitude de 90 metros. Sua população estimada em 2004 era de 13 577 habitantes.
Possui uma área de 17782,9 km² Porto Murtinho A Cia. Mate Laranjeira surgiu de uma concessão imperial a Tomás Laranjeira, por serviços prestados na guerra do Paraguai. A primeira sede foi em Concepción. Posteriormente, Laranjeira associou-se à família Murtinho e à família Mendes Gonçalves.
A Mate Laranjeira foi a principal responsável pela fundação de Porto Murtinho (MS), no rio Paraguai, de onde passou a embarcar chá para a Argentina. O transporte do mate — colhido num vasto império extrativo no atual estado de Mato Grosso do Sul — exigia 800 carretas e 20 mil bois. Ao aproximar-se do rio Paraguai, o terreno torna-se pantanoso, e a Mate Laranjeira viu-se obrigada a construir um "aterro ferroviário" de 22 km, para chegar ao porto.
Comboio na saída de Guaíra ("Obrageros, mensus e colonos") No início de 1990, Luiz Octávio (ABPF-RJ) informava a descoberta dessa extinta ferrovia, com bitola de 60 cm e 8 locomotivas a vapor. A loco n° 2 ainda estava exposta na praça principal de Porto Murtinho; e vagões gôndola e guindaste no Hotel Saladero.
Até a edição de 1980, o Atlas Geográfico Escolar do MEC ainda indica o trajeto dessa ferrovia.
Guaíra Em 1909, a Mate Laranjeira estabeleceu-se em Guaíra, para facilitar o escoamento. Pelo novo esquema, a erva mate passou a ser levada em chatas rebocadas por pequenos vapores, descendo os afluentes sul-matogrossenses do rio Paraná até Guaíra. Daí, seguia por carroças de boi até Porto São João, 45 km ao sul. Logo, construiu uma via férrea tipo decauville, para vagões puxados por muares, para melhorar o trajeto.
Depósito de Porto Mendes ("Desafios, lutas e conquistas") Em 1913, adquiriu de Isnardi, Alves & Cia. uma concessão estadual para construir uma ferrovia ligando o alto ao baixo Paraná. Com isso, estendeu a linha até Porto Mendes e substituiu os muares por locomotivas a vapor inglesas e alemãs, recondicionadas.
A ferrovia foi inaugurada em 1917/Jun/1° e, até a Revolução de 30, resistiu às pressões do governo para abrir seu uso ao público — o que ocorreu com a posse de Getúlio Vargas. Durante a II Guerra Mundial, aliás, Vargas criou o território federal de Iguaçu, por motivos de segurança. Nessa época, a Argentina criou restrições ao mate brasileiro e a empresa entrou em dificuldades, sendo encampada pelo Serviço de Navegação da Bacia do Prata (SNBP).
A estrada da Mate Laranjeira esteve em foco nos anos 20, quando os rebeldes paulistas de 1924 refugiaram-se no oeste do Paraná, até receber o reforço gaúcho e formar a Coluna Prestes. Siqueira Campos, um dos líderes revoltosos, é hoje homenageado com o nome de uma cidade paranaense. Rondon, que os combateu, é homenageado com o nome de outra.
As terras para fundação de Porto Murtinho foram cedida pelo Capitão de Mar e Guerra Joaquim Pedro Alves de Barros, casado com a paraguai Maria de la Cruz Brittes, desmembradas da Fazenda Tarumã.
Denominado na região "Coronel Barros", Joaquim Pedro Alves de Barros abrigou os kadiweus, descendentes dos guaicurus, os quais desde então o reverenciam como "grande protetor". Na época, 1898-1904, o irmão de Joaquim Pedro, Anronio Pedro Laves de Barros, era o Presidente da Província de Mato Grosso. Ao ser criado POsto Alves de Barros em homenagem ao Coronel Joaquim Pedro, acabou-se referenciando-se indevidamente Antonio Pedro ao invés do irmão, Joaquim Pedro Alves de Barros, o proteto rdos guaicurus e dos kadiweus. Bibliografia Revista "Oeste", ano V, n° 45. Endereço: — Av. Brasil, 2318 / 205, Caixa Postal 1104, Cascavel, PR. Este exemplar me foi remetido em 1990 por Floriano Peixoto, então residindo em Foz do Iguaçu. "A Coluna Prestes", livro do brazilianist Neill Macaulay, editora Difel. A saga dos revoltosos é apresentada em diversos mapas ferroviários do Brasil dos anos 20. "Trem de Ferro — A Ferrovia no Contestado", Nilson Thomé (ABPF), Editora Lunardelli, R. Victor Meirelles, 28, Tel.: 22-4637, Florianópolis, SC.