Quarteto 1111
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Quarteto 1111 iniciou-se em 1967 no Estoril. Numa década de inovações e experimentalismos, muitas bandas tentavam copiar o que era difundido pela rádio e ouvido em ocasionais discos trazidos do estrangeiro. Começava-se com material rudimentar e terminava com a Censura. Os Beatles ou os Shadows eram a inspiração para a maioria das bandas.
Índice |
[editar] História
Um dos muitos grupos inspirados nos Shadows era o Conjunto Mistério, mais tarde chamado Quarteto 1111. Este nome foi inspirado no nº de telefone onde decorriam os ensaios. O grupo era formado por Miguel Artur da Silveira, José Cid, António Moniz Pereira e Jorge Moniz Pereira.
[editar] Primeiro EP
O primeiro EP é "A Lenda de El-Rei D. Sebastião", que conseguiu ser o primeiro disco português a tocar no programa "Em Órbita" do Rádio Clube Português. Os trabalhos seguintes do Quarteto 1111 seguem o caminho iniciado com a "A Lenda de El-Rei D. Sebastião". Em 1968 concorrem ao festival RTP da Canção interpretando "Balada para D. Inês", que se classifica em 3.º lugar.
[editar] Primeiros Singles
Em 1968, já com Mário Rui Terra no lugar de Jorge Moniz Pereira, é publicado o single "Meu Irmão / Ababilah", e no ano seguinte saem dois outros trabalhos no mesmo formato ("Nas Terras do Fim do Mundo" e "Génese/Monstros Sagrados")
[editar] Primeiro Album e Censura
O grupo teve bastantes problemas com a Censura, por causa de canções que tinham uma forte carga política e contestária. Em 1970 é assim publicado o primeiro LP, simplesmente intitulado "Quarteto 1111". Este álbum foi mandado retirar do mercado, pela Comissão de Censura, devido a temas como "Lenda de Nambuangongo" e "Pigmentação".
Ainda em 1970, Tozé Brito, proveniente dos Pop Five Music Incorporated, entra para o lugar de Mário Rui Terra. Logo de seguida, o grupo começa também a cantar em inglês.
[editar] Evolução
Em 1971, o grupo actua no Festival de Vilar de Mouros. Um ano depois, surge a oportunidade de ir gravar a Inglaterra as canções que tinham apresentado ao vivo no Festival dos Dois Mundos, em Lisboa. Surgem assim os Green Windows, grupo de cariz mais ligeiro que o Quarteto 1111 e que co-existe com este.
Em 1973, o Quarteto 1111 grava com Frei Hermano da Câmara o LP "Bruma Azul do Desejado". Um ano depois, é publicado o LP "Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra-Ensaio de José Cid", um trabalho nitidamente influenciado pelo rock progressivo de grupos como os King Crimson ou os Renaissance.
[editar] Final do Grupo
Depois do abandono de José Cid, em 1975, o Quarteto 1111 continua, chegando a participar de novo no Festival RTP da Canção, em 1977, com o tema "O Que Custar". A formação de então já não tinha, no entanto, nenhum membro da original, dissolvendo-se pouco depois. José Cid, Mike Sergeant, Tozé Brito e Michel ainda voltariam a juntar-se em 1987, para gravar o single "Memo / Os Rios Nasceram Nossos", que marca o final da carreira discográfica do grupo.
[editar] Discografia
[editar] EP's
- 1967 - A Lenda de El-Rei D.Sebastião
- 1967 - Balada para D. Inês
- 1968 - Dona Vitória
- 1970 - Domingo Em Bidonville
[editar] Singles
- 1968 - Meu Irmão / Ababilah
- 1969 - Nas Terras do Fim do Mundo
- 1969 - Génese / Os Monstros Sagrados
- 1970 - Todo o Mundo e Ninguém
- 1970 - Back to the Country
- 1971 - Ode to the Beatles
- 1972 - Sabor a Povo
- 1976 - Lisboa À Noite/Canção do Mar
- 1977 - O Que Custar
- 1987 - Memo / Os Rios Nasceram Nossos
[editar] LP's
- 1970 - Quarteto 1111
- 1973 - Bruma Azul do Desejado (com Frei Hermano da Câmara)
- 1974 - Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra-Ensaio de José Cid