Recordações da casa dos mortos
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Recordações da casa dos mortos é um romance publicado em 1862 pelo autor russo Fiódor Dostoiévski, retratando a vida de condenados nas prisões da Sibéria.
O livro é uma união imprecisa de uma coleção de fatos e eventos ligados à vida nas prisões da Sibéria, organizado particularmente mais pelo tema do que com a intençãao de formar uma história contínua. O próprio Dostoiévski passou quatro anos exilado em uma dessas prisões, em função de sua condenação por envolvimento com o Círculo de Petrashevsky, um grupo literário russo banido por Nicolau I, devido à sua preocupação quanto ao perigo representado pelo relativo potencial subversivo lincado à revolução de 1848). A experiência deu-lhe condições de descrever com grande autenticidade as condições da vida nestas prisões e do caráter dos condenados que nelas viviam.
Em 1927-28, o romance foi reescrito e adaptado para ser apresentado em forma de ópera por Leoš Janáček; a adaptação foi chamada de From the House of the Dead.
[editar] Sinopse
O narrador, Aleksandr Petrovich Goryanchikov, foi sentenciado à deportação e a dez anos de trabalho pesado pelo assassinato de sua esposa. A vida na prisão é particularmente difícil para Aleksandr, que é um homem nobre e acaba por ficar sujeito às malícias dos outros prisioneiros, sendo estes em sua maioria camponeses. Gradualmente, Aleksandr submete-se a reagir em relação à sua situação e à de seus companheiros condenados, passando assim por um "re-despertar espiritual" que culmina com sua libertação da prisão. É um trabalho de grande humanidade; Dostoiévski retrata os companheiros da prisão com grande simpatia por seus apertos, e também expressa admiração pela energia, ingenuidade e talento deles. Ele conclui que a existência da prisao, com os absurdos praticados e com as selvagens punições físicas, são ambos trágicos fatos para os prisioneiros da Rússia.