Rhodia
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1919 - Rhodia chega ao Brasil
A Rhodia começou a se instalar no Brasil em 19 de dezembro de 1919, na sede do consulado brasileiro em Paris, na França, com a constituição da Companhia Chimica Rhodia Brasileira. O objetivo era construir uma fábrica para produção do lança-perfume, que a empresa havia lançado mundialmente no final do século 19 e que fez sucesso enorme ao ser comercializado no Brasil, no carnaval de 1907.
O nome Rhodia tem origem em Rhône (Ródano, em português), que era o endereço telegráfico das Usines du Rhône na França e na Suíça. A construção da primeira fábrica da Rhodia, para a produção de lança-perfume, teve início em fevereiro de 1920, em um terreno entre o rio Tamanduateí e a estrada de ferro ligando o porto de Santos a Jundiaí (SP), hoje município de Santo André. A produção efetiva começou em 1921, com as primeiras linhas de cloreto de etila, éter e ácido acético.
1929 - Início da atividade têxtil no Brasil
Em 1929, a Rhodia implantou sua primeira atividade no setor têxtil: a Companhia Brasileira de Sedas Rhodiaseta, para produzir fio de acetato de celulose, oferecendo fios artificiais quando todo o mercado girava em torno dos fios naturais, principalmente o algodão. Em 1931, começou a fabricação de seda artificial e, em 1935, foi instalada em Santo André uma unidade da Valisère. Seus primeiros produtos foram lingeries de jérsei indesmalhável. A Valisère ficou com a Rhodia até 1986, quando foi vendida.
1942 - Fazenda São Francisco, em Paulínia
Em meio à Segunda Guerra Mundial, os problemas provocados pelo conflito levaram a empresa à decisão de plantar cana e produzir o álcool. Depois de um minucioso estudo, em dezembro de 1942, a Rhodia comprou a Fazenda São Francisco, próxima a Campinas.
A primeira safra de cana foi colhida em junho de 1944 e, algumas semanas depois, a Rhodia já podia operar suas fábricas de Santo André usando álcool de sua própria destilaria - que se tornaria o embrião de um dos mais importantes complexos industriais do setor químico no País.
Com as esperanças renovadas, ao final da Guerra, o Brasil recomeçou seu desenvolvimento e a Rhodia, no setor industrial, apostou firme no crescimento do pós-guerra. Constituiu a Companhia Rhodosá de Rayon, em São José dos Campos (SP), para produzir rayon viscose, que começou a operar em 1949.
Nesse mesmo ano, a empresa começou a fabricar penicilina cristalizada, o mais eficiente antibiótico até então desenvolvido pela indústria farmacêutica. Aliás, a atividade farmacêutica da Rhodia havia começado em 1921.
1955 - Início do náilon têxtil no Brasil
A partir de 1955, Rhodia lançou os fios sintéticos. O primeiro foi a poliamida (náilon), usado inicialmente na confecção de meias e maiôs. Posteriormente, o náilon teve outras aplicações, dentro e fora do setor têxtil, como na produção de pneus.
Em 1956, a empresa iniciou a implantação da Unidade Química de Paulínia, hoje um conjunto industrial com três dezenas de fabricações diferentes, como os grandes intermediários, intermediários têxteis, látex, solventes, sílicas, entre outros.
Anos 60 - Moda e diversificação
Os anos 60, marcados pelo underground, para a empresa foram de investimentos em variadas frentes do setor têxtil, para difusão do uso dos fios e fibras sintéticas como o poliéster, lançado em 1961, e o acrílico, em 1968. A indústria da moda surge no Brasil em 1960, tendo a Rhodia como principal apoiadora.
Essa década viu nascer, também, em 1961, a Estação Agrícola Experimental, uma área de 60 hectares, onde a Rhône-Poulenc Agro realizava pesquisas e ensaios com defensivos agrícolas. Em 1966, a Rhodia instalou-se no Nordeste, no município de Cabo de Santo Agostinho, próximo a Recife, com uma fábrica para produção de poliéster.
Em 1967, a Rhodia continuou diversificando e iniciou no Brasil a produção de cabo acetato (filter tow). Em 1968, iniciou a produção de polímeros de náilon 6.6. No ano seguinte, surgiu em Paulínia a Rhodia Mérieux Veterinária (hoje Merial Saúde Animal), para ampliar as atividades veterinárias da empresa, inauguradas em 1948.
1970 - Implantação do Fenol
Nos anos 70, a Rhodia iniciou a produção de Fenol em Paulínia e criou a Rhodiaco, para produzir, na área química, todas as matérias-primas necessárias ao desenvolvimento de seu setor têxtil. Em 1975, a empresa implantou seu Centro de Pesquisas em Paulínia.
Em 1977, começava a produção de silicone, um material sofisticado de alta tecnologia e, em 1979, foi lançado o filme de poliéster, utilizado tanto na embalagem de alimentos como em cabos telefônicos.
1980 - Portas abertas e empresa do ano
Os anos 80 começaram sob o signo do segundo choque do petróleo, ocorrido em 1979. Para a Rhodia, porém, essa não foi uma "década perdida". Em 1981, foi fundada a Rhodia Nutrição Animal, que começou a produzir metionina - um aditivo à alimentação animal. Em 1984, criou-se a Rhodia Bahia, seguindo-se a compra da Celanese, que produzia fios têxteis e fio tapete, em São Bernardo do Campo (SP). Em 1985, ocorreu a aquisição da Companhia Nacional de Defensivos Agrícolas, atividade reforçada em 1986 com a compra da divisão de defensivos agrícolas da Union Carbide. Nesse mesmo ano, a Rhodia adquiriu o licenciamento de produtos da UpJohn, que foi agregada à Rhodia Farma. No início de 1989 começou a operar, no conjunto industrial de Paulínia (SP), uma nova fábrica de bisfenol e criou-se a unidade de negócios Ingredientes Alimentares.
Foi também nos anos 80 que a Rhodia assumiu uma nova postura no País. De empresa fechada e desconhecida do grande público, transformou-se em uma organização de "portas abertas", adotando um Plano de Comunicação Social que revolucionou a relação empresa-sociedade. Como decorrência disso, a empresa implantou o DVC - Departamento de Valorização do Consumidor - em todas as áreas de atuação e criou a figura - até então inédita - do ombudsman.
Anos 90 - Rhodia se torna marca mundial
Desde junho de 1998, o nome Rhodia ganhou dimensão global ao ser escolhido para batizar a empresa do grupo que reúne as atividades de Química e Fibras e Polímeros. A empresa se tornou uma das líderes mundiais em química de especialidades, com ações cotadas em bolsas de valores e com uma política de crescimento sustentado.
Os anos 90 representaram para a Rhodia profundas transformações, provocadas por fatores internos, com a implantação de uma nova cultura organizacional, e externos, com a enorme mudança ocorrida na economia brasileira a partir da abertura das fronteiras à competição internacional.
Por exemplo, no final de 1993, a matriz da Rhodia à época, o grupo Rhône-Poulenc, seguindo a estratégia do governo francês e uma tendência mundial, foi totalmente privatizado, o que abriu novas perspectivas para sua expansão. No Brasil, de acordo com essa tendência, a Rhodia constituiu uma joint venture com a Celbrás, formando a Rhodia-ster S.A., que nasceu líder sul-americana na produção e comercialização de poliéster, atendendo a diferentes mercados como resina PET, pré-forma e embalagem PET, Bidim, filmes e fibras de poliéster.
Em 1995, a Rhodia, associada com a Hoechst, criou a Fairway Filamentos para produção e comercialização de filamentos de náilon e poliéster. Essa associação foi desfeita no final de 1998, pela reorganização estratégica das matrizes das duas empresas, e a Rhodia assumiu a parte de náilon têxtil e industrial. Em 1999, a Rhodia, de acordo com sua estratégia de fortalecimento em mercados-chave para o sucesso de seus negócios, fez uma associação com a empresa Gelymar, do Chile, para a produção e comercialização de carragenatos, reforçando suas posições em Ingredientes Alimentares.
Século 21 - Globalização e crescimento
A Rhodia, sintonizada com os novos tempos da economia globalizada, adotou um novo modelo de negócios com uma forte orientação para os seus clientes, oferecendo-lhes serviços, produtos e soluções sob medida, baseadas no cruzamento de suas tecnologias, expertise e mercados.
Sustentado por equipes de pessoas altamente motivadas, esse novo modelo de negócios é a base de crescimento da Rhodia no novo milênio.
Instalada no Brasil desde 1919, a Rhodia tem feito investimentos constantes em fábricas, processos e desenvolvimento de novos produtos, respondendo às necessidades dos mercados nos quais tem ampla atuação, para atender às exigências dos consumidores finais.
Rhodia no Mundo
A Rhodia é um dos principais produtores mundiais do segmento de química de especialidades. A empresa, com presença em 130 países, atende a indústrias e mercados de calçados, automobilístico e construção civil, vestuário, beleza e cosméticos, eletro-eletrônico, setor moveleiro, limpeza doméstica, setores agroquímico e de intermediários para a produção de medicamentos, entre outros. A Rhodia fornece uma ampla gama de serviços e produtos inovadores, oferecendo a seus clientes soluções sob medida, baseadas na fertilização cruzada de tecnologias, pessoas e expertises. O grupo endossa mundialmente os princípios de Desenvolvimento Sustentável, divulgando seus compromissos e atuações abertamente a seus acionistas.
A Rhodia investe constantemente em Pesquisa & Desenvolvimento. A inovação, considerada uma ferramenta poderosa para o crescimento dos negócios, vem se consolidando como um dos principais pilares da companhia. As equipes de P&D são estimuladas a promover a fertilização cruzada (cross-fertilization), formar parcerias entre os centros de expertise e apoiar a interação global (network). São 1.500 pesquisadores em cinco centros de pesquisa no mundo (dois na França, um no Brasil, um nos Estados Unidos e um na China), e mais de 30 centros de desenvolvimento técnicos espalhados por todo o mundo, com foco nas necessidades dos clientes locais.
O objetivo desses centros de expertise é acelerar o tempo de introdução de inovações no mercado, já que isso é uma prioridade constante e crítica para os clientes. Com isso, a Rhodia oferece condições a seus parceiros para que estes se posicionem várias etapas à frente em seus mercados.
Link externo: Rhodia Brasil