Rio Tinto (Gondomar)
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Brasão | |
Gentílico | Riotintense |
Concelho | Gondomar |
Área | 9,5 km² |
População | 47 137 hab. (2001) |
Densidade | 5 317,2 hab./km² |
Localização no concelho de Gondomar | |
Fundação da freguesia | 1867 |
Orago | S. Cristóvão (fim-de-semana seguinte a 11 de Julho) |
Código postal | 4435 Rio Tinto |
Endereço da Junta de Freguesia |
Largo do Mosteiro, s/n - 4435-346 Rio Tinto |
Sítio | www.jf-riotinto.pt |
Endereço de correio electrónico |
geral@jf-riotinto.pt |
Freguesias de Portugal ![]() |
Rio Tinto é uma freguesia portuguesa do concelho de Gondomar e do distrito do Porto, com 9,5 km² de área e 47 137 habitantes (censo de 2001). Densidade: 5 317,2 h/km².
Índice |
[editar] História
Rio Tinto tem o seu nome ligado ao rio que a atravessa, havendo mesmo uma lenda que explica o seu topónimo.
No início do século X, os Cristãos ganhavam terreno aos Mouros. Governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto.
Contudo, o Califa Abdelramam III, com um poderoso exército, fez uma violenta investida, cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da cidade.
Junto a um limpído ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto.
O rio atravessa a freguesia sensivelmente a meio, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da freguesia e é a principal, e quase única, linha de água que existe na localidade. Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, proliferavam nas margens os moinhos, cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas. Mais recentemente, durante a última década do século XX, o rio que corre em Rio Tinto foi alvo de um crime ecológico, tendo uma parte considerável da sua extensão sido entubada e enterrada a alguns metros abaixo da superfície do solo, de forma a facilitar a expansão urbanística do pequeno município.
A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reinado de Portugal. O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência de um antigo convento de Agostinhas, fundado em 1062. D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal, protegeu-o dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141, foro esse renovado pelos monarcas posteriores. Este couto englobava as aldeias de Vila Cova, Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasoleiro, Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas, Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastão, Vale de Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Em 1801 tinha 2 675 habitantes.
Do mosteiro que caracterizava e dava importância ao couto de Rio Tinto nada resta actualmente. Sabe-se, porém, que foi extinto a a 6 de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilégios o mosteiro beneditino de Avé Maria no Porto.
Em 10 de Dezembro de 1867, através de um decreto, deu-se a criação do concelho de Rio Tinto. Dele faziam parte sete paróquias civis: Águas Santas, Covêlo, Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom, São Vicente de Alfena e Valongo. Este concelho existiu até 14 de Janeiro de 1868. Em 28 de Junho de 1984 voltou a ser vila, agora com duas freguesias - Rio Tinto e Baguim do Monte. Desde 21 de Junho de 1995, onze anos depois de ter sido elevada a vila, foi oficialmente criada a cidade de Rio Tinto, constituída pelas freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte.
[editar] Brasão
O seu significado:
Fundo azul com uma espada espetada no Rio, Tinto do sangue (lenda que atribui o nome da localidade à batalha entre Cristãos e Mouros).
À direita da espada, temos 2 espigas (milho e trigo) e à sua esquerda, uma roda dentada - que lembra a actividade agrícola de outrora, e a segunda que simboliza a indústria que se foi desenvolvendo a partir do início deste século.
[editar] Património
- Igreja Matriz de Rio Tinto
- Cripta (ou Igreja de Santa Maria de Rio Tinto) junto à Igreja Matriz
- Antigo lugar do Mosteiro
- Capela de Nossa Senhora da Lapa
- Capela de Nosso Senhor dos Aflitos (na Triana e em Rebordãos)
- Igreja de Santo António de Corim
- Estação Ferroviária
- Quinta das Freiras
- Pelourinho
- Centro Cultural Amália Rodrigues
- Prédio da Junta de Freguesia
- Piscinas Municipais
- Capela de Nossa Senhora do Amparo
- Capela de Nosso Senhor do Calvário
- Cruzeiro junto à Igreja Matriz
- Capela de Nossa Senhora da Ponte
- Capela do Mártir São Sebastião
- Capela de São Joaquim (da Obra ABC)
- Capela de Nossa Senhora da Conçeição
- Quinta do Sá (típica e bela quinta dos imigrantes no Brasil do séc.XIX)
- Quinta da Campaínha
- Quinta do Perdigão (também belo exemplar da quinta dos imigrantes brasileiros do séc.XIX)
[editar] Festas e Romarias
- São Sebastião, na sua Capela (dia 20 de Janeiro e fim de semana seguinte)
- São Bento das Pêras e São Cristóvão, na Igreja Matriz (inicia-se no fim de semana anterior a dia 11 de Julho, que é o dia de São Bento, e dura até ao fim de semana seguinte, dia da Procissão e do padroeiro São Cristóvão)
- Nosso Senhor dos Aflitos, na Triana (primeiro fim de semana de Agosto)
- Além destas festas com carácter mais popular realizam-se numerosas Procissões como a do Senhor Morto ou Procissão Santa, na Sexta-Feira Santa de cada ano. É também de destacar as Procissões de velas como a do dia 12 de Maio na Igreja Matriz ou do dia 31 de Maio na Capela de Nossa Senhora da Ponte, Senhora da Conceição e Rebordãos
[editar] Instituições Desportivas
[editar] Colectividades
[editar] Riotintenses ilustres
- Fernando Rocha
- Tó Neves (Jogador de hoquei no FCP)
- José Malhoa
- Ana Malhoa
- Nelo Silva e Cristiana
[editar] Ligações externas
- Movimento em Defesa do Rio Tinto - Sítio do movimento em defesa do rio Tinto.
- Águas fortemente poluídas - Sobre a poluição no rio Tinto.