Ritmo
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Ritmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenómeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música, à dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se métrica. O estudo do ritmo, entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico pertencenta à linguística. Na música, todos os instrumentistas lidam com o ritmo, mas é frequentemente encarado como o domínio principal dos bateristas e percussionistas.
[editar] Música
É a ordenação dos sons de acordo com os padrões estabelecidos. É a variação dos valores das notas. Na música ocidental, os ritmos estão em geral relacionados com uma notação de tempo, que em parte implica uma métrica. A velocidade do pulso subjacente, chamada batida, é o tempo. A duração da métrica divide-se quase exclusivamente em duas ou três batidas, chamando-se assim métrica dupla ou métrica tripla, respectivamente. Se cada batida for dividida a seguir em duas, chama-se métrica simples, se se dividir em três, chama-se métrica composta.
O uso que os géneros musicais fazem do ritmo varia. A maior parte da música ocidental baseia-se num ritmo divisivo, ao passo que a música não-ocidental usa mais ritmos aditivos. A música africana faz um uso intenso de polirritmos, e a música indiana usa ciclos complexos, como 7 ou 13, enquanto que a música balinesa usa frequentemente ritmos entrecruzados. Comparativamente, muita da música clássica ocidental é bastante simples no que diz respeito ao ritmo: não sai de uma métrica simples, como 4/4 ou 3/4 e usa pouco a sincopação. No século XX, compositores como Igor Stravinsky, Philip Glass, e Steve Reich escreveram música de maior complexidade rítmica, usando métricas estranhas e técnicas como o faseamento ou o ritmo aditivo. Ao mesmo tempo, modernistas como Olivier Messiaen e os seus seguidores usaram um aumento na complexidade para quebrar a sensação de uma batida regular, o que levou ao uso generalizado de ritmos irracionais na Nova Complexidade. LaMonte Young também escreveu música na qual a sensação de uma batida regular está ausente, porque a sua música consiste apenas de longos tons sustentados (drone).
A clave é um ritmo subjacente comum na música africana, cubana e brasileira.
Uma secção rítmica geralmente consiste de instrumentos de percussão e possivelmente de instrumentos de cordas (por exemplo, a guitarra ou o banjo) e instrumentos de teclas, como o piano.
[editar] Poema
No poema há a regência métrica, que não é, como no compasso da música, uma regência implacável sobre o ritmo. Nos poemas, o ritmo se sobrepõe à métrica. Além da rima, é o ritmo que dá beleza ao poema, bem como à música.
A unidade rítmica do poema é o pé. Na antiguidade, o poeta recitava seus poemas acompanhado de lira ou marcando o ritmo com o pé (de onde lhe veio o nome). O pé compõe-se de duas ou mais sílabas métricas (ou sílabas poéticas). Os pés básicos (mais freqüentes) são:
- Troqueu - Pé formado por uma sílaba longa (tônica) e uma breve (átona);
- Iambo ou Jambo - Pé formado por uma sílaba breve e uma longa;
- Dátilo - Pé formado por uma sílaba longa e duas breves;
- Anapesto - Pé formado por duas sílabas breves e uma longa.
[editar] Ver também
- notação musical
- tripleto
- unidade rítmica
- gesto rítmico
- Métrica (poesia)