Santa Maria do Oeste
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Município de Santa Maria do Oeste | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Santa Maria do Oeste é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2004 era de 13.705 habitantes.
Apresenta altitude de 1.049 metros, seu território foi desmembrado do município de Pitanga em 11 de julho de 1990 e instalado em 1 de janeiro de 1993. Possui área terrestre 845,530 km². Principais distâncias: Curitiba 345 km, Guarapuava 95 km, Ponta Grossa 256 km, Foz do Iguaçu 376 km.
Número de Eleitores (TRE 2004) 8.875 pessoas
[editar] História
A história de Santa Maria do Oeste está sendo registrada pelo Sr. Amilton Schreiner, que através de pesquisas e entrevistas com antigos moradores conseguiu resgatar fatos importantes da história local. O resumo apresentado se baseia nas informações por ele disponibilizadas.
As primeiras referências datam de 1911, quando os irmãos Laurindo e Rosendo Pereira, adquiriram uma área de terras de 714 alqueires, junto ao governo do Estado, com títulos definitivos de posse e provavelmente com o objetivo de cultivar as terras. A região era conhecida como Campina dos Pereira, numa alusão à família pioneira. Mais tarde Laurindo Pereira vendeu sua parte de terras a Manoel Pereira, que optou por enviar João Romão de Carvalho e Sebastião Vitoriano gonçalves da luz, para administrarem a propriedade adquirida.
Em 18 de dezembro de 1920 chegou à região a família de Francisco Mendes Teixeira, conhecido como Chico Velho, apelido esse que o diferenciava de seu filho Francisco Teixeira dos Santos, que ficou conhecido por Chico Novo.
Chico Velho adquiriu a gleba de terras de Manoel Pereira, que nunca morou na região, e a dividiu em pequenas chácaras e lotes. A partir daí passou a vendê-las às famílias de imigrantes europeus, que chegavam ao local em busca de terras para criar gado, suínos e cultivar o solo.
No final de 1920, Chico Novo, pôs-se a construir a primeira igreja do local, ao lado do cemitério, sendo ajudado por Vergílio Martins de Moraes. Quando ficou pronta, o padre Paulo Schorn, da paróquia Nossa Senhora de Belém, de Guarapuava, vinha celebrar missa regularmente. Outra iniciativa de Chico Novo foi a implantação da primeira casa comercial do povoado, que abastecia toda comunidade e aos fazendeiros da região.
A partir desta época a localidade passou a ser conhecida por Campina de Santa Maria, em homenagem à Imaculada Conceição, cuja data comemorativa é 8 de Dezembro, data em que a família Teixeira chegou à região.
Em 1932 Bernardino Grande chegou à região e adquiriu a bodega do Sr. Amalio Cardoso de Mello, comprando também uma área de terras provavelmente de Chico Velho, para criação de porcos em sistema de safras. A primeira tropa de suínos registrada foi encaminhada em 1934, para Ponta Grossa, por Bernardino Grande, iniciando então a exportação da produção local para outras praças. Estas tropas eram conduzidas à pé e a viagem durava em torno de um mês, dependendo do clima, pois o calor excessivo castigava os animais.
Coincide com esta data, 1934, a adoção de carretões para transporte de cargas, de erva mate, feijão, cera e outros produtos, feitos por Reinaldo e Leopoldo Krüeger, juntamente com Alcindino Rosa, José Ulchak e Jorge Rother. Em 1937 foi fundada a primeira escola particular na localidade, e as primeiras aulas dadas pelo professor Leonildes Cordeiro e pela professora Adelaide Bueze. Somente dois anos após (em 1939) foi criada a primeira escola pública.
A agricultura até 1940 era quase que somente para consumo interno, a partir de então começou a ter alguma importância comercial. Data desta época o surgimento das culturas de trigo e centeio. João Golanoski montou a primeira trilhadeira com tração animal, utilizada para bater os feixes de trigo. Na década de 1950, Bernardino Grande, vendeu à prefeitura municipal de Pitanga uma área de 5 alqueires para que fosse implantada a se de do patrimônio.
Em 14 de novembro de 1951, através de Lei Estadual nº 790, foi criado o Distrito Policial de Santa Maria, com território pertencente ao município de Pitanga. Pela lei nº 29 de 22 de maio de 1979, o núcleo foi elevado à categoria de Distrito Administrativo. Em 11 de julho de 1990, devidos aos esforço de lideranças locais, onde pode-se destacar o próprio Sr. Amilton Schreiner, pioneiro (nascido na própria região em 1929), foi alcançanda a emancipação municipal por meio da Lei Estadual 9.320, onde se alterou a denominação local, passando a se chamar Santa Maria do Oeste. A instalação oficial deu-se em 1 de janeiro e 1993, quando tomou posse o primeiro prefeito, Evaldo Leal.
[editar] Geografia
O município econtra-se situado no 3º Planalto paranaense (ou planalto de Guarapuava), estando na região central do Paraná, faz divisa com os municípios de Palmital a oeste, Pitanga ao norte, Boa Ventura de São Roque e Turvo a leste, Campina do Simão e Goioxim ao sul.
Diversos sãos o rios que cruzam seu território. Entre eles destacam-se o Rio Piquiri (foto ao lado) servindo de divisa ao sul com os municípios de Campina do Simão e Goioxim, e Rio Cantu, que tendo suas nascentes no próprio município, margeia-o em sua borda norte demarcando divisa com o município de Pitanga. Além desses já citados, pode-se destacar ainda: Rio Santo Antonio, Rio das Antas, Rio do Soita, Rio Araguaí, Rio da Prata, todos com belas quedas d'água.

O município apresenta declividades acentuadas principalmente ao norte e leste onde varia de 20% a 45%, visíveis em vários acidentes geográficos, tais como o cerro do Romão, cerro da Prata e o Morro do Chápeu-do-sol a Serra do Melo ponto culminante do município com aproximadamente 1250 metros de altitude estando este entre os pontos mais altos do "hinterland" paranaense. Na medida em que se percorre o território santamariense na direção sudeste percebe-se a diminuiçao da declividade, que gira em torno de 5% a 10% na porção mais oriental do município.
Como foi colonizada principalmente por gaúchos e catarinenses (o que se reflete em suas tradições, entre elas o chimarrão, o rodeio crioulo e os bailes no CTG), seus habitantes são em maioria descendentes de imigrantes europeus, tais como alemães, italianos, ucranianos e poloneses. Encontra-se também entre o contingente populacional o estereótipo do caboclo paranaense, muito comum na zona rural.