Teotihuacan
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Patrimônio Mundial da UNESCO | |
Cidade pré-hispânica de Teotihuacan | |
Calçada dos mortos vista desde a pirâmide da Lua
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Informações | |
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Inscrição: | 1987 |
Localização: | 19° 41' 30" N 98° 50' 30" O |
Critérios: | C (i)(ii)(iii)(iv)(vi) |
Descrição UNESCO: | fr en |
Teotihuacan ou Teotihuacán, é um sítio arqueológico localizado a 40 km da Cidade do México, declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1987.
Teotihuacan foi a maior cidade conhecida da época Pré-Colombiana na América e o nome Teotihuacan é também usado para referir a civilização desta cidade dominante, a qual estendeu a sua influência sobre grande parte da Mesoamérica.
A cidade está situada no que é hoje o município de San Juan Teotihuacán, no Estado do México, México, 40 km a nordeste da Cidade do México, ocupando uma área total de 82.66 km2.
Índice |
[editar] História
Existem evidências arqueológicas de que Teotihuacan terá sido um local multi-étnico, incluindo Zapotecas, Mixtecas, Maias e mesmo Nahuas, por exemplo. Os Totonacas sempre afirmaram que haviam sido eles a construir esta cidade, o que era corroborado pelos Astecas. Na antiguidade esta cidade foi também conhecida pelo nome Tollan, nome este também usado séculos depois para designar a capital Tolteca, Tula. Considera-se que Teotihuacan é a sede da civilização Clássica no Vale do México (o período clássico vai de 292 a.C. até ao ano 900). O primeiro povoado data do ano 600 a.C. Foi um povoamento estratégico com acesso ao rico sistema lacustre do Vale do México, a nascentes de água próximas e numerosas, ao vale de Puebla e à costa de Veracruz. Nas imediações abundavam a obsidiana e a argila, matérias-primas para os seus utensílios.
Todos os diferentes povos que ocuparam as terras mexicanas eram oriundos do norte do continente americano. Alguns deles ficaram por aí, continuando as suas tradições de nómadas e transumantes. Os que chegaram às terras mais a sul, as terras do México, tornaram-se sedentários e evoluíram em direcção a um sistema cultural que teve o seu apogeu na civilização de Teotihuacan. Aqueles povos ergueram no meio da planície, montes de terra sem muros de retenção. Crê-se que estes montes foram murados por civilizações mais avançadas até à formação das pirâmides. O padre franciscano Bernardino Sahagún, chegado ao México em 1529 recolheu da boca dos nobres astecas muitas lendas e muita da história dos seus antepassados. É o padre Sahagún quem conta que ali se enterravam os principais senhores em túmulos de terra. Esses nobres eram canonizados como deuses e não morriam mas despertavam de um sonho e convertiam-se em espíritos ou deuses. Para os astecas tratava-se de um local lendário e acreditavam firmemente que aí havia sido criado o Quinto Sol, ou Quinto Mundo, ou época actual.
[editar] O quinto Sol
As civilizações mexicanas tinham uma lenda, segundo a qual, uma primeira geração de homens havia sido destruída em tempos remotos por Jaguares (Primeiro Sol). A geração seguinte fora destruída por furacões ou Vento (Segundo Sol). Uma terceira por erupções vulcânicas ou Fogo (Terceiro Sol). A quarta havia desaparecido com um dilúvio de Água (Quarto Sol). Estes sóis de cada uma das idades não eram como o sol actual que aquece temperadamente e que dá vida; este último sol teria sido criado em Teotihuacan (Quinto Sol).
[editar] A expansão
Os historiadores concluíram que os fundadores desta civilização faziam parte de um povo desconhecido do qual não se tem qualquer conhecimento. Estão certos de que não foram nem os olmecas nem os toltecas. Sabe-se, a partir dos dados obtidos a partir de escavações, que o mais antigo de Teotihuacan é anterior à cultura Tolteca. Aquela civilização organizava a sua religião por confrarias. Nos primeiros séculos da nossa era, Teotihuacan passou a ser um estado imperialista que se expandiu grandemente para lá das suas fronteiras. Durante o seu apogeu influenciou muito povos vizinhos e inspirou outras culturas tendo ainda legado conhecimentos científicos e culturais às sociedades posteriores. Por esta razão, é frequente encontrar por todo o território mexicano rastos e evidências desta cultura.
A expansão do império de Teotihuacan foi conseguida, não pelas armas, mas pelo uso sábio do comércio e da religião. Quando a cidade se tornou grande e poderosa, as casas passaram a ser edifícios de pedra substituindo cabanas de madeira e palha. A classe governante, a aristocracia, vivia num bairro rodeado por uma muralha, construído nas proximidades do que actualmente se designa por calçada dos Mortos. Os seus palácios eram ricamente decorados com pinturas murais onde se encontravam representadas figuras de determinados animais, deuses e outros personagens religiosos. O resto da população vivia em construções tipo apartamento de um só piso em que chegavam a juntar-se entre 60 a 100 indivíduos. A certa altura existiriam cerca de 2000 construções deste tipo. No centro tinham um pátio e um ou dois templos.
[editar] A decadência
Cerca do ano 650 começou paulatinamente a sua decadência. O número de habitantes foi diminuindo, devido a factores de ordem social e climática. No século VIII encontra-se já no seu ocaso, ainda que o vale nunca foi abandonado. Não se conhece muito bem qual a causa da sua decadência e posterior total destruição. Os historiadores pensam que talvez tenha acontecido uma invasão, ou que o solo se esgotou acabando assim os recursos agrícolas ou ainda, que simplesmente tenha havido uma má administração. A verdade é que com o declínio de Teotihuacan, outros centros que dela dependiam cultural e comercialmente entraram também por sua vez em declínio, como Monte Albán e inclusivamente a civilização Maia.
[editar] A lenda
Foi também o padre Sahagún quem nos deu a conhecer a bonita lenda que nos fala da criação do Sol e da Lua, os deuses a quem forma dedicadas as duas magníficas pirâmides. A lenda reza assim: Antes que existisse dia, os deuses reuniram-se em Teotihuacan e disseram, "Quem iluminará o mundo?". Um deus rico (Tecuciztecatl) disse "Eu me encarregarei de iluminar o mundo". "Quem será o outro?", e como ninguém respondia, nomearam um outro deus pobre e sarnento (Nanahuatzin). Depois da nomeação, os dois começaram a fazer penitência e a rezar. O deus rico ofereceu penas valiosas de uma ave chamada quétzal, pepitas de ouro, pedras preciosas, coral e incenso de copal. O deus sarnento por seu lado, oferecia canas verdes, bolas de feno, espinhos de maguei cobertos com o seu sangue e no lugar de incenso oferecia as crostas das suas pústulas. À meia-noite terminou a penitência e começaram os rituais. Os deuses ofereceram ao deus rico bela plumagem e um casaco de linho enquanto que ao deus pobre era oferecida uma estola de papel. Depois, junto ao fogo, ordenaram ao deus rico que se atirara a ele. Este teve medo e recuou. Voltou a tentar e mais uma vez recuou, isto por quatro vezes. Chegou então a vez de Nanahuatzin, que fechou os olhos e se atirou ao fogo sendo consumido por este. Quando o deus rico viu isto, imitou-o. De seguida entrou no fogo uma águia, que também se queimou (e é por isso que as águias têm as penas foscas, de cor morena muito escura); de seguida entrou um jaguar que se chamuscou e ficou manchado de branco e negro. Então os deuses sentaram-se à espera para ver de onde sairia Nanahuatzin; olhando para oriente viram aparecer o sol com uma cor forte; radiava luz em todas as direcções e não conseguiam olhar directamente para ele. Voltaram a olhar para oriente e viram aparecer a Lua. Ao princípio os dois deuses resplandeciam com igual intensidade, mas um dos deuses presentes atirou um coelho à cara do deus rico e desta maneira diminuiu o seu brilho. Todos ficaram quietos; depois decidiram morrer para assim dar a vida ao Sol e à Lua. Foi o Vento que os matou e que em seguida começou a soprar, fazendo deslocar primeiro o Sol e mais tarde a Lua. Por tudo isto é que o Sol nasce durante o dia e Lua mais tarde, durante a noite.
[editar] A cidade e a sociedade
A partir sua configuração actual pode deduzir-se que o trabalho de planificação foi cuidadoso. Destacam-se quatro zonas ou eixos principais. De norte a sul estende-se a avenida principal, a calçada dos mortos. Recentemente foi descoberto, perpendicular a aquela, um outro eixo, constituído por dois arruamentos que atravessam a cidadela e que não são actualmente visíveis. Foram designadas pelos arqueólogos de Avenida Este e Avenida Oeste.
A cidade era claramente dividida em bairros e centro cerimonial religioso, onde se podiam encontrar os edifícios de actividades administrativas e os grandes palácios, para além dos templos e grandes pirâmides.
Os sacerdotes tinham um papel muito destacado no que tocava à religião e administração. Os arquitectos e os artistas eram alvo de elevada consideração e possuíam oficinas especializadas. No que toca ao corpo militar desta sociedade conhece-se muito pouco. Sabe-se que não se tratava de uma sociedade militarista ainda que na época final apareceram, mais frequentemente, representações de militares nas pinturas murais.
[editar] Os monumentos
[editar] A Calçada dos Mortos
Conhecida também como a "Rua dos Mortos", foi o verdadeiro eixo central da cidade, bem como o seu centro cerimonial. Encontrava-se flanqueada pelas maiores construções de toda a América Central. A organização urbana desta grande cidade influenciou grandemente toda a América Central.
Esta avenida tem o seu início no recinto da pirâmide da Lua e termina num recinto a que os espanhóis do século XVI chamaram Cidadela. O seu comprimento é de 4 km, com uma largura total de 45 m. Está orientada 15º 30' a oriente do norte astronómico, como aliás ocorre com quase todas as construções aqui encontradas. Ao longo da rua encontram-se os edifícios mais importantes que albergavam templos, palácios e casas de personagens importantes. Além destes, também as duas grandes pirâmides, a Casa dos Sacerdotes, o palácio de Quetzalpapalotl (borboleta quetzal), o palácio dos Jaguares, a estrutura dos Caracóis emplumados, o templo de Quetzalcóatl, a cidadela e muitas outras edificações que no seu tempo eram de grande beleza, se situam junto a esta avenida. Num dos aposentos foram encontrados pisos construídos com duas camadas de mica com 6 cm de espessura, mais tarde cobertas com pavimento de tezontle.
[editar] As grandes pirâmides
Os seus núcleos estão feitos de adobe. Posteriormente foram revestidas com estuque e pedra, tendo sido acrescentado um friso adornado por relevos com motivos geométricos. Foram construídas como base para um templo que se situava na plataforma. Os conquistadores espanhóis, no século XVI, ainda chegaram a ver os ídolos do Sol e da Lua. Segundo eles, eram feitos de pedra coberta de ouro e o ídolo do Sol tinha uma cavidade no peito na qual se podia ver uma imagem do astro feita de fino ouro. Ainda segundo eles, eram também visíveis plataformas de mais de 2000 pirâmides secundárias, todas situadas ao redor das duas mais importantes, do Sol e da Lua.
[editar] A Pirâmide do Sol
Trata-se da maior das pirâmides da cidade. A sua estrutura é a mais volumosa de todo o recinto e é também a segunda em tamanho de todo o México, apenas superada pela Pirâmide de Tepanapa de Cholula. Está orientada para o ponto exacto onde o Sol se põe.
Tem 65 m de altura e no vértice superior existiu um templo. O seu núcleo é de adobe e era totalmente revestida de estuque pintado.
Estudos e escavações levados a cabo em 1971, conduziram à descoberta de uma gruta sob a pirâmide. A partir desta gruta e através de quatro portas dispostas como pétalas de uma flor, tem-se acesso a outras tantas salas. O acesso à gruta é feito através de um poço com 7 m de altura situado junto às escadas na base da pirâmide.
[editar] A Pirâmide da Lua
Ainda que menor que a pirâmide do Sol, os seus vértices encontram-se à mesma cota, pois está construída em terreno mais elevado. Tem uma altura de 45 m. Junto a esta pirâmide foi encontrada uma estátua chamada deusa da Agricultura, que os arqueólogos acreditam ser da época Tolteca primitiva.
Esta pirâmide situa-se bastante perto da pirâmide do Sol, fechando o lado norte do recinto da cidade. Desde a sua esplanada inicia-se o percurso pelo eixo principal, a Calçada dos Mortos.
[editar] A Cidadela
Situa-se no topo sul da calçada dos Mortos. Foi assim denominada pelos conquistadores espanhóis do século XVI, que julgavam que este espaço rectangular era uma instalação militar. É constituída por um pátio com casas à sua volta, onde se supõe que viviam os sacerdotes e os governantes. No seu lado este encontra-se o templo de Quetzalcóatl.
[editar] Palácio de Quetzalpapálotl
Também designado da Borboleta Quetzal ou Borboleta emplumada. Situado a oeste da praça da pirâmide da Lua. Trata-se provavelmente do edifício mais luxuoso e um dos mais importantes da cidade. Terá sido a residência de um personagem notável e influente. Encontra-se amplamente decorado com murais muito bem preservados, sobretudo no que toca à cor vermelha que era a cor preferida desta civilização. As zonas baixas do edifício conservam a cor original. Tem um pátio, chamado pátio dos pilares; estes estão decorados com belos baixos-relevos. No centro pode ver-se a representação do deus Quetzalpapalotl com os símbolos que o relacionam com a água. Este palácio constitui um bom exemplo do que deveria ser a decoração teotihuacana.
[editar] Palácio dos Jaguares
Igualmente situado no lado oeste da praça da pirâmide da Lua. Em ambos lados da porta da entrada vêem-se duas imagens de felinos bastante grandes, com as cabeças emplumadas; com as patas sustentam uma concha de caracol, através da qual parecem soprar, como se de um instrumento musical se tratasse. No dorso e na cauda são visíveis incrustações de conchas do mar. Na bordadura da parte superior do mural podem ver-se os símbolos do deus da chuva e num glifo vêem-se, como decoração, plumas que representam o ano solar teotihuacano.
[editar] Edifício dos caracóis emplumados
Trata-se da estrutura mais antiga de todas as que formam a cidade de Teotihuacan. O acesso é feito por um túnel situado por baixo do Palácio de Quetzalpapálotl. Parece ter pertencido a um templo ricamente decorado. Podem ver-se ali imagens simbólicas de instrumentos musicais em forma de caracol, com boquilhas e elegantes plumas. Na parte inferior da estrutura há uma plataforma profusamente decorada com um grande número de aves que se pensa serem papagaios. Destes brota água em abundância. Segundo os arqueólogos é um dos templos mais formosos da zona.
[editar] O templo de Quetzalcóatl
Encontra-se a uma certa distância das pirâmides, na calçada dos Mortos, tendo sido descoberto em 1920. Encontrava-se até então sob uma pirâmide de paredes lisas, sem qualquer decoração.
Ao descobrir Teotihuacan, os toltecas adoptaram a cidade como sua e como cidade santa. Passaram a enterrar ali os seus grandes senhores, tendo sido por eles construído este templo. Foi mandado construir pelo rei Mitl (770- 829). Quando foi descoberto, veio à luz a sua decoração de mosaicos de pedras, as cabeças e símbolos divinos do deus Tláloc (o deus da chuva e senhor do trovão e divindade do vale do México) e do deus Quetzalcóatl (a estrela da manhã, a serpente emplumada, génio nacional). Este último deus seria adoptado pelos astecas, que acreditaram vê-lo na figura de Hernán Cortés.
Encontrava-se também no templo um artefacto muito antigo em forma de rã, razão pela qual nos tempos anteriores à conquista espanhola este templo era conhecido como o templo da rã. Conhece-se este facto graças à descrição feita nas suas crónicas por uma personagem muito erudita de finais de 1600 chamado Ixtlilxochitl, cultíssimo descendente dos reis de Texcoco.
Segundo ele, A rã do templo construído pelo rei Mitl em Teotihuacan, era de esmeralda, tendo sido encontrada pelos espanhóis, que deram boa conta dela. Efectivamente, a rã era um animal associado aos deuses da água; há mesmo especialistas que asseguram que Tláloc representa este animal. Os toltecas consideravam-na a deusa da água. As rãs anunciavam as chuvas. Em algumas festividades ofereciam estes pequenos animais aos deuses, depois de assados. Os mazatecas comiam as rãs e cobras vivas durante a celebração de uma festividade chamada atamalcualiztli.
Na crónica referida, Ixtlilxóchiltl acrescenta que numa montanha a este de Texcoco, chamada monte de Tláloc, havia uma grande estátua deste deus, talhada em lava de cor branca. Trata-se da estátua descoberta no século XX e que actualmente se encontra na entrada do Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México, pesando 300 toneladas. Este templo é de um gosto e cultura muito diferentes da dos monumentos primitivos de Teotihuacan.
[editar] As máscaras
Teotihuacan é a cidade dos deuses e também a cidade dos mortos, aqueles que passam a ser teutl, isto é, heróis divinizados. Por estas razões, ao enterrar aqui pessoas notáveis, supunha-se que estas tinham categoria suficiente para converter-se em teutl; mas para que assim fosse era necessário que fizessem a passagem levando consigo uma máscara, pois os deuses nunca mostram a sua cara, cobrindo-a com uma máscara. Por este motivo os grandes senhores enterrados em Teotihuacan foram sempre providos de máscaras, podendo assim aceder a uma existência heróica além-túmulo.
Em todas as necrópoles pré-cortesianas foram encontradas, sobre os cadáveres, máscaras de vários tipos e de grande tamanho, nunca mais pequenas que o tamanho natural de uma cara. Para os povos índios do sudoeste dos Estados Unidos, falar de máscaras era falar de deuses. Na cultura grega da antiguidade também se utilizavam máscaras no teatro, quando a representação se convertia em acto religioso. Para os povos orientais, a máscara sempre teve um poder mágico. Mesmo no teatro italiano do Renascimento os personagens protagonistas por excelência, Pierrot e Arlequim, usavam máscara, como representação mais divina que humana, enquanto que os outros personagens (Colombina, Polichinelo), não a usavam.
No entanto, as máscaras de Teotihuacan são de uma beleza excepcional. Nunca reproduzem os traços especiais de cada indivíduo mas sim os traços gerais de cada povo. As suas linhas são correctas e mostram o retrato físico e espiritual de uma estirpe. Em Teotihuacan foram capazes de talhar estas máscaras em pedras duríssimas e de grande qualidade, escolhidas cuidadosamente de acordo com a sua cor natural e iridescências apresentadas. As máscaras que haviam sido feitas de pedra menos dura e de pior qualidade foram posteriormente estucadas e pintadas. Outras eram revestidas de mosaicos de turquesas, coral e obsidiana:
- Turquesa, a cor de Tláloc (deus da chuva e da água).
- Vermelho (coral), a cor de Xiuhtecutli (deus do fogo).
- Negro, a cor do Quetzal (O Quetzal é uma ave de bela plumagem; no entanto Quetzal é um nome genérico também aplicado à plumagem propriamente dita).
O historiador de Arte José Pijoan, no volume X da colecção Suma Artis, descreve a descoberta de todas estas máscaras em Teotihuacan defendendo que são os objectos de arte mais preciosos de todos os encontrados no México.
[editar] Polémica sobre Tollan
Em 1941, um grupo de antropólogos mexicanos designou a cidade de Tula, no estado de Hidalgo, como sendo Tollan, a capital mítica dos toltecas, mas alguns arqueólogos, como Laurette Séjourné criticaram esta afirmação, fazendo notar que, após várias etapas de escavação, não se tinha conseguido revelar uma cidade que justificasse a lenda dos toltecas, afirmando por sua vez, que a origem de Tollan e da lenda deveria situar-se em Teotihuacan, sendo Tula um dos refúgios dos sobreviventes de Teotihuacan que, por essa razão, se diziam toltecas.
Actualmente, o historiador mexicano Enrique Florescano, do Instituto Mexicano de História, retomou esta interpretação, baseando-se na em textos maias anteriores a Tula, que se referem a Teotihuacan como Tollan.
[editar] Bibliografia
- Teotihuacan, la ciudad y sus monumentos. Adrián García Valdés. Editorial Dicesa. México 1975
- Historia general del arte, Tomo X, colección Summa Artis, Arte precolombiano, mexicano y maya. Autor, José Pijoan. Editorial Espasa Calpe S.A. Madrid 1952
- Atlas cultural de México. Arqueología. Editorial Planeta. Instituto Nacional de Antropología e Historia. Grupo Editorial Planeta. México, 1987.
- Diccionario de mitología y religión de Mesoamérica. Yolotl González Torres. Ediciones Larousse, México 1991.
- Diccionario Espasa. Mitología universal, dirigido por Jaime Álvarez Ezquerra. Espasa Calpe, Madrid 2000.
[editar] Ver também
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