Tina Modotti
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Tina Modotti, grande personalidade nos cenários artístico e político das décadas de 20 e 30.
Assunta Adelaide Luigia Modotti Mondini, filha de Assunta Mondini Modotti e Giuseppe Saltarini Modotti. Leonina, nasceu no dia 17 de agosto de 1896 na cidade de Undine, Itália.
Tina viveu sua infância em uma família muito pobre, onde por um tempo teve de abandonar seus estudos devido ao nascimento de um novo irmão. Ela e sua família chegaram a passar fome quando seu pai Giuseppe decidiu por viajar aos Estados Unidos em busca de dinheiro para mandar à família.
Com o passar dos nos a situação financeira de Giuseppe passou a melhorar e acabou por mandar buscar primeiro sua irmã mais velha, e alguns anos depois foi Tina quem desembarcou em São Francisco, dando início a sua vida promissora americana.
Foi nesse período que Tina começou a trabalhar como costureira, e sua extrema e incomum beleza fez com que fosse iniciada no mundo da arte por aplaudidas aparições em peças teatrais. Também foi nesse período de sua vida que em uma apaixonante mostra de arte moderna e fotografia encontrou “Robo” (Roubaix de l’Abrie Richey), jovem pintor e poeta que veio a ser seu amante por muitos anos.
Algum tempo depois, Tina conheceu Edward Weston, famoso e já na época renomado fotógrafo. Por muito tempo trabalhou como sua modelo fotográfica, mas após a morte de Robo, depois do seu pai Giuseppe, decidiu por aprender essa arte com Weston que muito lhe ensinou e foi a ele grata por toda a vida. Tina e Edward viajaram para o México, assumindo sua paixão mútua já por anos vivenciados. Lá, Tina passou a evoluir no seu trabalho como fotógrafa. Principalmente nos anos em que ficou trabalhando sozinha, situação em que Weston teve de voltar a Califórnia.
E foi em meados da década de 20 que Tina teve seu primeiro contato no mundo da política, influenciada pelas idéias de liberdade propagadas pelo seu círculo de amizades, tendo contato com o jornal El Machete e com o próprio Partido Comunista, vindo a se tornar sua ativista futuramente.
Tina realizou muitas exposições de seus trabalhos, com seu talento sendo igualmente comparado com as fotografias de Weston.
Em 1929, Weston com a ajuda de Tina produziu 200 fotos sobre arte religiosa e folclórica mexicana para ilustrar o livro Ídolos por trás dos altares, de Anita Brenner. Devido ao longo e árduo tempo desse trabalho, o relacionamento de Tina e Edward veio a terminar, fazendo com que Tina se focalizasse na fotografia revolucionária, retratando as desigualdades sociais e outros aspectos que emanavam essa mensagem – reflexo do seu cada vez maior envolvimento com o Partido Comunista.
Tina também se envolveu amorosamente com Júlio Antonio Mella, um dos maiores e importantes ativistas revolucionários da América Latina, pelo qual teve seus ideais em comum. Talvez por esta personalidade desafiadora de Mella, veio a ser assassinado e o crime acabou por respingar por muito tempo na vida de Tina Modotti. Depois de muitas falsas acusações e sensacionalismo exagerado por parte da imprensa, Tina acabou por ser inocentada.
Depois de uma profunda depressão, Tina passou a se envolver cada vez mais no meio ativista o Partido Comunista como meio de esquecer o que aconteceu em relação a Mella; e acabou por aos poucos abandonar a fotografia.
Na década de 30 foi que, banida do México, Tina mergulhou de cabeça nos ideais revolucionários. Depois de ter trabalhado avidamente em missões para o Comitern na Europa fascista naqueles infantes tempos do stalinismo desempenhou um importante papel na Guerra Civil Espanhola.
Em 1939 volvou ao México, vindo a falecer em 1943 por uma morte controversa e solitária, aparentemente por motivos naturais.
Tina Modotti foi, sem sombra de dúvida, uma das mulheres mais fascinantes de todo o seu tempo. Como fotógrafa ou como revolucionária sempre fez questão de retratar a realidade da maneira complexa e concisa como via.
