Torre das Águias
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Torre das Águias, Portugal. | ||
Construção | (1520) | |
Estilo | Manuelino | |
Conservação | Mau | |
Homologação (IPPAR) |
MN
(DL 136 de 23 de Junho de 1910)
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Aberto ao público | ||
Site DGEMN | 0707010002 | |
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Site IPPAR | 70383 |
A Torre das Águias, no Alentejo, localiza-se na povoação de Águias, freguesia de Brotas, concelho de Mora, Distrito de Évora, em Portugal.
Vizinha ao rio Divor e ao Santuário de Nossa Senhora das Brotas, integrava a chamada vila das Águias, da qual ainda subsistem algumas casas. É um dos exemplares mais significativos de torres manuelinas na região (Torre do Esporão, Solar da Camoeira), Castelo de Torre de Coelheiros e Quinta da Torre do Carvalhal), embora careça de urgente intervenção de consolidação e restauro por parte do poder público.
Índice |
[editar] Histórico
Erguida a partir de 1520 por D. Nuno Manuel, guarda-mor do rei D. Manuel I (1495-1521), possivelmente sobre uma estrutura anterior, esta torre, um solar senhorial, era utilizada para repouso dos fidalgos nas caçadas de grande montaria frequentes na região. Também se conjectura que a edificação da torre estaria ligada ao culto de Nossa Senhora das Brotas, no Santuário vizinho.
Embora tenha resistido ao terramoto de 1755, começou a degradar-se a partir do século XIX.
Classificada como Monumento Nacional pelo Decreto n° 136 publicado em 23 de Junho de 1910, sofreu intervenção de reparos, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em 1946.
Actualmente encontra-se em mãos de particulares e carecendo de conservação, em adiantado estado de degradação.
[editar] Características
Esta robusta torre, em estilo manuelino, apresenta planta no formato quadrado com cerca de 18 metros de lado por cerca de 20 metros de altura, em alvenaria, silharia e cantaria de granito, dividido internamente em quatro pavimentos, nos quais se rasgam janelas também quadradas. A cobertura seria em adarve ou terraço, coroada por merlões com balcões de matacães nos cunhais, arrematados por coruchéus cónicos.
Internamente, o pavimento térreo é constituído por um amplo salão, coberto por abóbada de ogivas nervuradas; o segundo pavimento divide-se em salão nobre, com vasto fogo de chão e cobertura em abóbada de ogivas nervuradas, e divisões contíguas; o terceiro e quarto pavimentos não apresentam divisões, com cobertura em abóbadas de cúpula abatida.
[editar] A Lenda de Santa Maria de Aguiar
Na região conta-se uma lenda envolvendo a torre, segundo a qual, à época das lutas dos cristãos contra os mouros, o senhor da torre foi emboscado e morto pelos mouros enquanto andava à caça. Um escudeiro salvou-se e correu para avisar à senhora, dama muito piedosa, pedindo-lhe que fugisse, uma vez que os inimigos vinham para atacar a torre. A senhora, com devoção, implorou a proteção de Santa Maria de Aguiar. A santa, acudiu milagrosamente, fazendo surgir um cavalo alado junto a uma das janelas superiores, que a transportou para um lugar seguro. O chefe dos mouros, que assistiu ao milagre, converteu-se ao cristianismo. A senhora, ao falecer, legou todos os seus bens ao Convento de Santa Maria de Aguiar.
[editar] Ligações externas
- Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
- Torre das Águias (Pesquisa de Património / IPPAR)
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