Ulrike Meinhof
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Ulrike Meinhof (Oldenburgo, 7 de Outubro 1934 - Estugarda, 9 de Maio de 1976) foi uma jornalista alemã de esquerda conhecida pela sua participação no grupo guerrilheiro de extrema-esquerda Facção Exército Vermelho (mais conhecido como o grupo Baader-Meinhof), responsável por vários atentados a bomba, homicídios e assaltos a bancos na Alemanha Ocidental .
Ulrike tornou-se órfã em 1948, tendo sido educada por Renate Riemack, uma amiga da mãe. Renate era uma fervorosa adepta do socialismo e as suas ideias viriam a influenciar Ulrike.
Enquanto ainda frequentava a universidade, Ulrike casou com Klaus Rainer Röhl, editor de um jornal estudantil de esquerda, o Konkret, financiado pelo Partido Comunista Alemão (KPD). O casal teve gémeas, Betinna e Regine, nascidas a 21 de Setembro de 1962. Ulrike tornou-se uma respeita jornalista, conhecida pelo seu envolvimento em causas pacifistas e contra o uso do nuclear.
Ulrike separou-se do marido em finais da década de sessenta. Foi então que se iniciou a radicalização política de Ulrike motivada por eventos como o baleamento pela polícia do estudante Benno Ohnesorg em 1967 ou o atentado contra o líder estudantil Rudi Dutschke em 1968.
Ulrike tornou-se famosa a 14 de Maio de 1970 quando ajudou Andreas Baader a escapar da prisão em Berlim, onde este se encontrava por ter incendiado um estabelecimento comercial. Andreas Baader era lider da Facção Exército Vermelho, grupo de extrema-esquerda que desejava destruir a sociedade capitalista e acabar com a presença norte-americana na Alemanha Ocidental, à qual atribuía vários males. Sob o pretexto de realização de uma entrevista a Baader, Ulrike visitou a prisão, enquanto Gudrun Ensslin e outros membros de Facção Exército Vermelho deveriam libertar Baader. O plano não correu como se esperava, tendo Andreas Baader e Ulrike acabado por ter que escapar por uma janela. No dia seguinte, o seu nome surgia nos jornais, sendo classificada como criminosa, sendo oferecida um recompensa de 10 mil marcos para quem fornecesse informações sobre o seu paradeiro.
A partir de então os jornalistas passaram a referirem-se à Facção Exército Vermelho pelo nome grupo Baader-Meinhof, transmitindo a ideia que Ulrike Meinhof seria líder do grupo junto com Baader. Contudo, esta posição era ocupada pela namorada de Baader, Gudrun Ensslin. Um nível secundário de liderança era ocupado por Jan-Carl Raspe e outros militantes.
Nos dois anos seguintes o grupo foi perseguido, ao mesmo tempo que realizou os seus atentados, sequestros, assaltos e assassinatos. A 15 de Junho de 1972, Ulrike e um outro membro do grupo foi detida pela polícia.
Em Agosto de 1975, Gudrun Ensslin, Andreas Baader, Ulrike Meinhof e Jan-Carl Raspe são acusados em conjunto da prática de quatro homicídios, cinquenta e quatro tentativas de homicídio.
Ulrike Meinhof suicidou-se a 9 de Maio de 1976 na cela 719 da prisão de Stuttgart-Stammheim por enforcamento, depois de um período marcado por depressões e várias greves de fome.
