Vítor Norte
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Vítor Norte (n. Borba - Alto Alentejo, 29 de Janeiro de 1951) é um actor português.
Frequenta o ensino liceal na Escola Comercial de Estremoz e muda-se para Lisboa aos 17 anos. Passa por vários empregos começando a receber formação em Ballet Clássico e, mais tarde, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Mímica e Pantomima. Inicia o seu trabalho como actor no Teatro da Casa da Comédia. Desde então salienta as peças Ai Carméla de E. Sanchis, encenado por Blanco Gil no Teatro Ibérico; Volpone de Ben Johnson, sob a direcção de Norberto Barroca no Teatro Aberto; Às Seis o Mais Tardar de M. Perrier, encenado por Alexandre de Sousa no Instituto Franco Português; Horácios e Curiácios de Brecht com António Solmer, entre outras. Trabalhou também com Carlos Avilez em Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente; Herlander Peyroteo em Os Quatro Cubos de Fernando Arrabal; João Canijo em Jogos de Praia de Whitehead.
Para a televisão, onde se estreou na novela Vila Faia (RTP, 1982), participou em inúmeras séries como Rua Sésamo (1990) e mini-séries, como Cluedo (1995) e Alentejo Sem Lei (1990) de João Canijo, Os Melhores Anos (1990) de Jorge Paixão da Costa, O Bairro da Fonte (SIC, 2000) ou Capitão Roby (SIC, 2000); telefilmes - Mustang de Leonel Vieira, Monsanto de Ruy Guerra, entre outros; e novelas (2007 - Ilha dos Amores, 2005 - Ninguém como Tu, 2003 - Queridas Feras, 2001 - Ganância, 1995 - Desencontros, 1994 - Na Paz dos Anjos).
Actor regular no cinema, com uma filmografia de mais de trinta títulos, estreou-se em 1982 com A Vida é Bela de Luís Galvão Telles. Trabalhou depois como realizadores como Jorge Silva Melo, Luís Alvarães ou José Fonseca e Costa que o viria a dirigir em Cinco Dias, Cinco Noites (1995) uma das suas interpretações mais significativas no cinema. Com o mesmo realizador participou em A Mulher do Próximo (1988), Os Cornos de Cronos (1992) e O Fascínio (2003). Salienta ainda No Dia dos Meus Anos de João Botelho, Ao Sul (1995) de Fernando Matos Silva, Sapatos Pretos (1998) de João Canijo, Jaime (1999) de António Pedro Vasconcelos, Respirar Debaixo de Água (2000) de António Ferreira, O Gotejar da Luz (2002) de Fernando Vendrell, A Mulher Polícia (2003) de Joaquim Sapinho, Tarde Demais (2000) e A Monte (2006) de José Nascimento.
Distinguido com os Globos de Ouro na Categoria de Melhor Actor de Cinema em 1999 (Jaime, de António Pedro Vasconcelos); em 2000 (Tarde Demais, de José Nascimento); 2002 (O Gotejar da Luz, de Fernando Vendrell). Recebeu em 1996 o Troféu Nova Gente como Melhor Actor por Cinco Dias, Cinco Noites de Fonseca e Costa (1996).