Édipo Rei
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- Nota: Se procura pela "ópera-oratório" de Igor Stravinsky, consulte Oedipus Rex.
Édipo Rei (OΙΔΙΠΟΥΣ ΤΥΡΑΝΝΟΣ em grego, que transliterado seria Oedipus Tyrannos) é uma peça de teatro grega, mais precisamente uma tragédia, escrita por Sófocles por volta de 427 a.C..
Trata de uma parte do mito de Édipo, especificamente sua investigação sobre o assassinato de Laio e de sua própria origem. Esta peça é a segunda na chamada "trilogia tebana" de Sófocles a ser escrita, mas descreve eventos que ocorrem antes dos narrados em Antígona e Édipo em Colono.
Considerada por Aristóteles, em sua obra A Poética como o mais perfeito exemplo de tragédia grega. Até hoje é estudada e discutida e tem grande influência na cultura universal.
O mito de Édipo Rei é um dos pilares da psicanálise clássica. A definição do Complexo de Édipo remonta a uma carta enviada por Freud a seu amigo Fliess, em que discute relações de poder e saber num drama encenado tipicamente por pai, mãe e filho.
Em "A verdade e as formas jurídicas", Michel Foucault fez uma análise das práticas judiciárias da Grécia antiga através da história de Édipo contada por Sófocles.
[editar] Traduções
- Mário da Gama Cury traduziu a peça em dodecassílabos. A empreitada que já tem algumas décadas foi precursora no uso desse verso para tradução dramática.
- Domingos Paschoal Cegalla (ed. Difel, Rio de Janeiro, 2001) - finalista do Prêmio Jabuti;
- Trajano Vieira (ed. Perspectiva, 2001) traduziu a peça em decassílabos. Tradução de leitura penosa. A escolha do verso decassilábico forçou o tradutor a simplificar muitas passagens, sem contudo ter tido algum ganho artístico relevante.
- Donaldo Schüler (ed. Lamparina, 2004) apresentou há alguns anos uma boa tradução em versos livres. Bastante fiel, tentando seguir a sintaxe do original linha a linha, não é uma tradução artística, mas certamente honesta.