2,5G
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2,5G (segunda e meia geração) é um termo genérico que cobre várias tecnologias para redes de telefonia sem fio.
A indústria classifica os sistemas de telefonia celular em gerações: a primeira geração (1G) analógica; a segunda geração (2G), já digital e em uso intenso no Brasil; a segunda e meia geração (2,5G), com melhorias significativas em capacidade de transmissão de dados e na adoção da tecnologia de pacotes e não mais comutação de circuitos; a terceira geração (3G), ainda em experiências iniciais no Japão e na Europa. E já em desenvolvimento a 4G (quarta geração).
Em 2002, começam no Brasil os serviços de maior valor agregado com a tecnologia intermediária 2,5G, que já estavam em operação no mundo inteiro. Esses serviços utilizam tecnologia de pacotes, e a cobrança será por bits transmitidos e não mais por tempo de conexão. Esse modelo de cobrança é usado na mais bem-sucedida iniciativa de Internet móvel no mundo, a experiência da DoCo-Mo japonesa.
A 2,5G tem velocidades superiores à 2G e, através de tecnologias de pacotes, permite acesso à Internet mais flexível e eficiente. A geração 2,5 pode ser considerada uma etapa intermediária antes da 3G. A geração 2,5 utiliza tecnologias como GPRS (General Packet Radio Service), EDGE (Enhanced Data for GSM Evolution), 1XRTT (primeiro degrau da migração CDMA 2000) e HSCSD (High Speed Circuit Switched Data). O EDGE é uma versão de maior banda do GPRS (e por isso muitos o chamam de E-GPRS) e permite velocidades máximas de até 384 Kbps.
A 2,5, não traz mudanças na hora de falar ao telefone. Mas, quando o assunto é Internet móvel, as diferenças em relação à tecnologia atual são gritantes. A velocidade é muito maior (pode chegar a 144 Kbps, mas alcança na média cerca de 70 Kbps) e principalmente a grande diferença será a adoção da tecnologia de pacotes, que permitirá acessos à Internet com custos muito mais baratos.
Para efeitos práticos, é como se o usuário estivesse sempre conectado à rede. Hoje, com tecnologia de circuitos voltada à voz, cada vez que queremos acessar um site WAP precisamos fazer uma conexão, pagando pelo tempo dessa conexão, mesmo que estejamos digitando alguma coisa no celular, lendo a tela ou esperando que o site nos responda. Essa tecnologia encarece a operação e invalida muitas aplicações. Na geração 2,5, o usuário paga apenas pelo volume de dados trafegado. Novas formas de cobrança serão adotadas. Existirão opções de cobrança por pacote de dados recebidos ou preços fixos por uma determinada quantidade de bytes (por exemplo 100 Mb) transmitidos por mês. Além disso, existirão também tarifas especiais, como notícias de determinados eventos, como campeonatos de futebol.
Com a 2,5G, será adotada a comutação de pacotes e para isso os serviços de bilhetagem terão de tratar o chamado IPDR (IP Detail Record) que é o registro do uso de pacotes. Com comutação de pacotes, os usuários ficarão permanentemente conectados à rede, e a cobrança deverá ser efetuada pelo que eles utilizarem e não pelo tempo que utilizarem. O IPDR leva em consideração a medição de informações na rede e a distribuição dos dados dentro de diferentes modalidades de cobrança. Os sistemas de bilhetagem devem ter condições de cobrar por pacote, tempo, download, serviços fixos e móveis. Além disso, devem ter capacidade de não só analisar o tamanho dos pacotes, mas também o que está trafegando neles. Dessa maneira podemos pensar Panorama das principais tecnologias da Internet móvel em cobranças denominadas micropagamentos, tarifas bastante pequenas cobradas para o acesso a informações específicas.
Os celulares que suportarão a 2,5G e principalmente a 3G (não estamos mais falando de tecnologias de voz, mas computadores que também terão recursos de voz) deverão implementar diversas funções como software de reconhecimento de voz mais potente que o utilizado hoje, chip Bluetooth embutido, reconhecimento automático de textos (para agilizar digitação), receptor GPS para localização geográfica, além, obviamente, de facilidades similares às encontradas nos notebooks, como joysticks, para facilitar a navegação e telas coloridas maiores.
Provavelmente, alguns terão recursos multimídia como câmeras digitais embutidas, audio player para músicas MP3 e suporte para streaming video. Além disso, seu software deverá suportar diversos protocolos, pois durante vários anos conviverão simultaneamente com as gerações 2G, 2,5G e 3G. A capacidade computacional necessária para suportar essa demanda de software será muito maior que a existente hoje.