A Ideia Perigosa de Darwin
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A Ideia Perigosa de Darwin é um livro da autoria de Daniel C. Dennett (1995) que explora os efeitos que a teoria da evolução de Darwin terá produzido no pensamento filosófico ocidental.
Segundo o autor, a teoria de Darwin sugere que a vida no planeta Terra foi produzida por um processo algorítmico absolutamente cego, enquanto que a corrente de pensamento seguida pelos principais pensadores na época de Darwin defendia que só Deus, um ser que possuísse uma Mente, é que poderia criar todas as coisas concebidas.
Através da selecção natural, a Concepção e a própria Mente são criadas a partir de coisas mais simples. Darwin encontrou uma solução para um problema antigo em filosofia que era o de saber como é que a Concepção terá sido originalmente efectuada.
[editar] Gruas e Ganchos Celestes
Dennett introduz os termos Gruas (mecanismos que produzem concepção de baixo para cima sem a necessidade de uma entidade superior) e Ganchos Celestes (mecanismos que criam concepção por meios milagrosos), colocando-os com um papel preponderante de entre os possíveis mecanismos susceptíveis de criar Concepção. Defende também a ideia de que Darwin conseguiu encontrar um processo de criação de Concepção que dispensa a existência de uma inteligência superior, baseado na ideia de selecção natural.
O autor procura rebater os defensores de Ganchos Celestes como Stephen Jay Gould, Noam Chomsky, Roger Penrose, Richard Dawkins e John Maynard Smith, utilizando-se de metáforas interessantes tais como a Biblioteca de Babel ou a Biblioteca de Toshiba
[editar] Adaptacionismo
Um dos temas discutidos no livro é o adaptacionismo. O autor procura mostrar que os tímpanos de Stephen Jay Gould na realidade não existem e são de facto exaptações. Dennett concede que Stephen Jay Gould chamou a atenção para alguns problemas importantes como o pan-adaptacionismo, mas defende que os darwinistas clássicos nunca foram adaptacionistas e que sempre tomaram em consideração outros factores. Dennett mostra que Stephen Jay Gould não refutou o adaptacionismo. Pelo contrário, deu-lhe mais consistência.