Abelardo Camarinha
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José Abelardo Guimarães Camarinha (Santa Cruz do Rio Pardo, 22 de março de 1952) é um político brasileiro da região de Marília, município em que já foi vereador e prefeito (três vezes), além de ocupar (por duas vezes) o cargo de deputado estadual.
Em 2006 foi eleito deputado federal. Camarinha, como é mais conhecido, é filho de Josué Camarinha que foi, por duas vezes vereador na Câmara Municipal de Marília.
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[editar] Vida
Assim como milhares de moradores de Marília, a família Camarinha não é mariliense, apesar disso, Abelardo angariou votos e tem se elegido a cargos públicos há décadas.
[editar] Caso CMN
Em 8 de setembro de 2005, a CMN (Central Marília de Notícias) — onde funciona o Jornal Diário — foi incendiada criminosamente. O Jornal é conhecido por fazer sérias denúncias de desvios de dinheiro público quando Camarinha era prefeito da cidade. As investigações foram iniciadas e a prisão do filho de Abelardo, Rafael, foi pedida depois que Anderson Ricardo Lopes, conhecido como Ricardinho, foi preso em Embu (Grande São Paulo) por envolvimento no caso. Ele confessou ter rendido o vigia e iniciado o incêndio. A polícia pediu a prisão de Rafael Camarinha por suspeita de participação no crime, mas a Justiça negou.
[editar] Morte de Rafael
Em 14 de março de 2006, Rafael morreu após ser baleado na cabeça por três homens armados que invadiram a casa dele. Segundo a empregada, por volta das 8h 30m, três homens encapuzados chegaram à casa da família Camarinha e, após renderem a empregada, um dos integrantes disparou contra a cabeça do filho do ex-prefeito. A empregada levou um tiro no ombro esquerdo, mas não correu risco de perder a vida.
Camarinha acusou José Ursílio, diretor de jornalismo e marketing do Jornal Diário de Marília, pelo assassinato. A cobertura dos principais jornais do assassinato de Rafael Camarinha, foi fraca se comparada a reportagens especiais produzidas pelos principais canais de televisão. Enquanto Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo deram notas, Roberto Cabrini da Rede Bandeirantes produziu pelo menos duas matérias especiais em Marília. O caso é polêmico, porque a polícia alega crime comum e o ex-prefeito garante que a morte foi encomendada [1].
O pai de Rafael, o ex-prefeito de Marília, Abelardo Camarinha, compareceu à delegacia de investigações criminais e disse ter conhecimento de um homicídio anterior cometido por Renan quando este era menor de idade. O ex-prefeito informou ainda ter perdoado Renan pelo crime, mas disse que pediria para o rapaz revelar o nome da pessoa que supostamente teria encomendado o assassinato de seu filho.
Não há informações suficientes quanto à motivação e a existência de um mandante. Há duas possibilidades: execução, ou roubo a residência mal-sucedido que levou a um homicídio.
[editar] Eleições de 2006
Nas Eleições de 2006, Camarinha lançou a sua candidatura à Câmara Federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) utilizando o slogan Os Candidatos de Marília e Região encabeçado por uma foto dele e de seu filho — Vinícius Camarinha — que concorreu a uma vaga na Assembléia Legislativa de São Paulo.
[editar] Censura ao Diário de Marília
Às 2h48 da madrugada de 1 de outubro (dia das eleições), a juíza Jacqueline Paula Bredariol determinou a suspensão da distribuição de todos os exemplares do jornal Diário de Marília do inimigo histórico de Camarinha, José Ursílio. O pedido partiu da família Camarinha que alegava que o jornal divulgara notícias caloniosas a seu respeito. A capa apresentava informações quanto a uma suposta ineligibilidade em decorrência de uma representação da Procuradoria Regional da República de São Paulo por abuso do poder econômico e uso de funcionários e bens públicos em campanha. A representação acusa os três de promover abuso do poder econômico, político e de autoridade com uso de servidores e equipamentos públicos para promover encontros de promoção eleitoral em dois encontros, um no dia 4 de julho no Sindicato dos Bancários e outro no dia 18 de setembro, no Clube dos Bancários de Marília. O jornal foi notificado da decisão às 4h09. A ordem judicial determinou a suspensão da circulação até que fosse retirada a matéria e alterada a manchete do jornal, o que só pode ser feito no começo da manhã deste domingo. A decisão também determinou censura na divulgação de informações pela internet, a manipulação de informações pelo Grupo CMN de noticias - Rádio Dirceu AM 730 e Diário FM 93,9 e de seu diretor José Ursilio foi decisiva para a censura, com informações erroneas tentando prejudicar á candidatura dos candidatos.
[editar] Deputado federal
José Abelardo Camarinha obteve 78 357 votos nas Eleições de 2006, e pôde, assim, ocupar a quarta vaga que o PSB conseguiu na Câmara dos Deputados. Apesar disso, seu nome não apareceu na lista de eleitos, pois sua candidatura constava como "indeferida com recurso" no Tribunal Eleitoral de São Paulo e, por conta disso, aguardou julgamento de recurso. [2]. Em 9 de novembro de 2006, a Justiça Eleitoral aceitou o pedido de registro de sua candidatura [3]. Os votos foram recontados, e Camarinha assumiu a vaga em 2007.
[editar] Referências
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
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