Banco do Estado do Rio de Janeiro
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Banco do Estado do Rio de Janeiro mais conhecido como BANERJ foi uma instituição financeira brasileira fundada na década de 1960 e, posteriormente, mudada para Banco Banerj S/A em 1997. Foi incorporado em julho de 2004 pelo Grupo Itaú.
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[editar] História
Originário do antigo Banco do Estado do Rio de Janeiro S/A (BANERJ) e fundido em 1975 com o Banco do Estado da Guanabara S/A (BEG), resultado da também fusão daqueles estados, sempre foi um banco pagador e recebedor presente em todas as cidades do estado. Chegou a contar com 250 agências em quase todos os estados brasileiros na década de 80, destas, pouco mais de 60 sobraram na incorporação pelo banco Itaú em 2004.
[editar] A fase de administração conjunta (Banco Bozano-Simonsen e Governo do Estado)
Em dezembro de 1994 o BANERJ quebra e a saída do governo do estado é contratar o Banco Bozano-Simonsem para sanear o banco falido, imediatamente os novos administradores demitem funcionários, introduzem altas taxas de manuntenção de conta e fecham dezenas de agências deixando fora do estado do Rio apenas uma agência em São Paulo e outra em Brasília aberta, prenunciando o fim do BANERJ.
Apesar disso tudo, durante os anos de 1994-1997 o banco volta a dar lucro e grandes avanços se dão com a administração do Bozano-Simonsem como a troca dos caixas eletrônicos pelas primeiras máquinas com saída de dinheiro; integração à rede 24 horas; integração à rede Verde-Amarela de Bancos estaduais (rede existente até hoje); primeiro site da internet e instalação de terminais eletrônicos nos principais pontos do estados (formando a Rede Caixa Verde)
O Resultado: o BANERJ não só volta a dar lucro mas também se moderniza, afastando momentaneamente a possibilidade de venda, mas com o estado do Rio necessitando "fazer caixa", o governo Marcello Alencar resolve vendê-lo para pagar parte das dívidas existentes.
Para vender o BANERJ, o estado do Rio de Janeiro teve que adquirir o Previ-Banerj (Fundo Previdenciário dos funcionários do BANERJ) que tinha prejuízo de mais de 350 milhões de reais. Da venda em si o Estado do Rio só obteve 300 milhões, ou seja, para vender o BANERJ, o estado do Rio teve ainda que desenbolsar 50 milhões.
Em setembro de 1997 o grupo ITAÚ arremata as 170 agências remanescentes, 1.000.000 de clientes e imediatamente esse novo grupo toma posse das agências.
[editar] A fase associativa (BANERJ e ITAÚ)
Desde o início o ITAÚ demonstrava que não tinha interesse em manter o BANERJ como um banco independente, primeiramente, já na primeira semana de administração muda o nome do banco de Banco do Estado do Rio de Janeiro S/A para Banco BANERJ S/A, oficialmente em setembro de 1997 o estado do Rio de Janeiro se tornava o único estado da federação naquele momento a não ter independência bancária.
Já em dezembro de 1997, todas as operações com boleto bancário, fundos, previdência, seguros, cartões de crédito, número das agências, investimentos passavam a portar na pessoa jurídica do Banco Itaú transformando o BANERJ uma simples corretora de serviços bancários. É fechada toda rede de caixas eletrônicos Caixa Verde (avanço implantado nos tempos de administração do Banco Bozano-Simonsen) e os cartões BANERJ são aceitos a partir da rede de caixas eletrônicos ITAÚ evidenciando uma futura incorporação.
O grupo Itaú rompe com a REDE 24Horas (na qual somente os clientes do BANERJ tinham direito) e deixa os clientes presos somente ao REDESHOP e aos caixas eletrônicos do ITAÚ.
Já em 2000, os principais municípios do estado do Rio de Janeiro orientam seus servidores a escolher qualquer outro banco para onde poderá ir seus salários, uma verdadeira debandada onde centenas de milhares de contas são fechadas esvaziando ainda mais o que foi um dia um dos principais bancos do estado do Rio de Janeiro.
Em 2002, mais agências são fechadas (inclusive a de São Paulo) e o banco não tem mais presidente próprio, sendo seu principal dirigente um gerente sem maiores poderes (a não ser um procurador) da presidência do ITAÚ em São Paulo. Ou melhor dizendo, o BANERJ só existia mesmo no papel e era apenas uma subsidiária de um grande grupo empresarial.
Mesmo condenado a ser incorporado, o BANERJ ainda salva o estado, como no passado, com um empréstimo de aproximadamente 600 milhões para pagar o 13º salário de 2002 já em dezembro de 2003. Mesmo assim, é fechada a agência de Brasilia e o banco conta com menos de 70 pontos de atendimento no estado do Rio, é iniciada a incorporação definitiva do BANERJ pelo ITAÚ.
[editar] A Incorporação
Pelo contrato de privatização de setembro de 1997, em sete anos o BANERJ teria exclusividade para ser o agente bancário do estado, ou seja, pagamento dos funcionários e movimentações financeiras do governo estadual e suas empresas estatais. Esse contrato terminaria em setembro de 2004, e o governo estadual decide fazer outro contrato onde a figura do BANERJ era dispensável.
Após a assinatura do acordo em julho de 2004, o Grupo Itaú anuncia imediatamente a incorporação do BANERJ em duas fases: a primeira com agências do interior em 13 de setembro de 2004 e na capital no dia 13 de dezembro de 2004.